Celebre em casa o Domingo
Jesus prometeu que onde dois ou três estejam reunidos em seu nome, ele estará no meio. Graças ao batismo, todo núcleo familiar, nas suas diferentes configurações, é uma comunidade de fé. Reunida em oração, torna-se sinal da presença do ressuscitado, Ele que tantas vezes se reuniu com os seus discípulos e discípulas, em suas casas como irmão e amigo.
Neste 1º domingo do advento, Jesus se revela como nosso Salvador, presente no meio das turbulências da vida, convidando-nos, à vigilância e à oração, para discernirmos os sinais da sua presença.
Levando em conta a impossibilidade de celebrações presenciais, a Revista de Liturgia, oferece um roteiro simples, para possibilitar que o domingo seja celebrado na pequena comunidade de fé em cada casa.
Preparação para celebração: Prepare um espaço com cadeiras em círculo, e no centro coloque a coroa do advento,
com quatro velas, preparada antecipadamente. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA
Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
– Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito; (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)
– Em pé, vigilantes, juntos na oração, (bis)
Vamos ao seu encontro, lâmpadas nas mãos! (bis) - RECORDAÇÃO DA VIDA
Primeiro domingo do advento, mais centrada sobre a vinda definitiva do Senhor no final dos tempos.
Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é vigiar, estar de olhos abertos, para ver
os sinais da sua presença no meio de nós.
Quem preside, convida as pessoas a lembrar de fatos que são sinais de Deus entre nós… As pessoas falam… - ACENDIMENTO
Quem preside convida para o acendimento:
Acendemos a primeira vela para reacender em nossos corações a mesma esperança que animou, durante séculos, a caminhada do povo de Deus.
Alguém acende a primeira vela da coroa e em seguida, em atitude orante, faz a oração: Jesus, desejado de todos os corações, tu és o Emanuel,
o Deus-conosco! Bendito sejas pela claridade da tua luz que ilumina os nossos passos e nos faz enxergar o tempo da tua visita entre nós.
A ti que eras, que és e que vens, nosso amor e nosso louvor para sempre! Amém. - SALMO 80(79)
Cantando este salmo, oremos de todo coração pela unidade em nosso país, que tenhamos o necessário discernimento para reconhecer os
sinais de Deus indicando o caminho em defesa da vida.
Eis que de longe vem o Senhor
Para as nações do mundo julgar
E os corações alegres ‘starão
Como nu’a noite em festa a cantar!
1.Senhor Deus, ouve, escuta:
Do teu povo és o Pastor;
De tua tenda de bondade
Faz-nos ver o esplendor,
Teu poder desperta e vem,
Vem salvar-nos, ó Senhor!
- Até quando estarás
Indignado contra a gente?
Até quando o pão da dor
Comerá amargamente
Este povo que tornaste
Dos vizinhos o joguete? - Sobre o povo que escolheste,
Tua forte mão estende;
Tua face sobre nós,
Resplender faze clemente;
Restaurar-nos vem, Senhor,
Vem salvar a tua gente! - ORAÇÃO
Ó Deus das promessas,
dá ao teu povo o firme desejo
de buscar o teu reino,
para que, acorrendo
com obras de paz e de justiça
ao Cristo que vem ao nosso encontro,
sejamos verdadeiramente
teus servidores e servidoras!
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - LEITURA DO EVANGELHO – Lucas 21,25-28.34-36
- Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
Leitura do Evangelho segundo Lucas.
Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas,
com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as
forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas
coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. 34Tomai cuidado para que
vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente
sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36Portanto, ficai atentos e orai a
todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.
Palavra da Salvação.
- MEDITAÇÃO
Pode-se fazer uma breve partilha sobre a Palavra proclamada e quem preside lê o texto abaixo concluindo a partilha:
O trecho do evangelho proclamado neste domingo é a resposta de Jesus à pergunta dos discípulos sobre o fim de Jerusalém: “Mestre,
quando acontecerá isto e qual o sinal de quando isso vai acontecer?” A destruição da cidade santa provocou uma crise terrível
no imaginário popular, a ponto de pensarem ter chegado ao fim do mundo e da história. Para Lucas, porém, o fim de Jerusalém não é
fim do mundo, mas oportunidade que o crente tem de ver a história como lugar de um novo começo. Erguer-se e levantar a cabeça
significa também “levantar os olhos” e ver o que permanece invisível: a salvação que avança em meio às tribulações históricas,
o Reino que surge por trás dos escombros da história, a promessa de Deus que permanece constante até no acúmulo das ruínas ”
na terra “(Lc 21,25). O apelo que vem da Palavra neste domingo, é vigiar e orar para evitar que os nossos corações fiquem
pesados e insensíveis, e por medo e angústia, percamos a lucidez para discernir o caminho a seguir. Esperar o Cristo, com
vigilância e oração, significa fazê-lo reinar em nosso hoje e receber força para perseverar nas tribulações e provações.
Quando nos reunimos para escutar a Palavra e dar graças a Deus, recebemos o Espírito que nos torna vigilantes e nos faz
sensíveis às exigências do evangelho. - Após a meditação
Mudarei o sertão em açude,
terra seca em olho d’água.
Assim falou o Senhor das andanças,
pra dar a teu povo a esperança. - PRECES
Invoquemos Jesus Cristo, nossa esperança e alegria, cantando:
Vem, Senhor, Jesus.
Senhor Jesus, esperado das nações, vem fortalecer as mãos cansadas e os pés vacilantes, anima os corações abatidos.
Vem, Senhor, Jesus.
Tu, que não recusaste assumir nossa natureza mortal, vem libertar-nos do medo que nos paralisa diante das turbulências do tempo presente.
Vem, Senhor, Jesus.
Dá-nos aguardar com alegria a tua vinda, e colaborar na gestação de outro mundo possível.
- Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
- PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança a oração que ele nos ensinou: Pai nosso… - ORAÇÃO
Ó Deus, promessa de paz,
olha este teu povo que começa hoje
este tempo de advento.
Firma-nos na comunhão.
com todas as pessoas que creem
em tua presença cósmica e universal
e prepara para nós uma nova terra.
Intensifica em nós o desejo de paz
e o sonho de justiça no mundo.
Renova nossa esperança pela vinda de Jesus teu Filho, por quem oramos na unidade do Espírito Santo. Amém - BÊNÇÃO
Que a voz de Deus desperte em nossos corações um profundo desejo de comunhão e de escuta. Amém.
Que disponha na sua paz os nossos dias e nos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
BÊNÇÃO À MESA
Antes de sentar-se à mesa quem preside faz a bênção:
Bendito sejas ó Cristo, pão do céu,
por esta refeição que nos reúne na amizade
e na alegria de preparar do teu natal.
Vem à nossa mesa, fortalece entre nós,
os laços de unidade e o desejo da tua Palavra.
Que sejamos como tu, servidores e servidoras do Reino,
para a glória do Pai, bendito pelos séculos. Amém.
Quem preside: Dá, Senhor, pão a quem tem fome.
Todos: E fome de justiça a quem tem pão.
Roteiro: Penha Carpanedo, pddm, redatora da Revista de Liturgia e membro da Rede Celebra.
Desenho: Kelly de Oliveira, pddm.
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A Revista de Liturgia é um serviço de formação litúrgica destinada ao povo de Deus, especialmente às pessoas que atuam na pastoral litúrgica e nos diversos ministérios dentro da celebração. Traz artigos de excelente conteúdo e de fácil leitura, sobre diversos temas, sempre em sintonia com a pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, em função da prática celebrativa das comunidade e da relação liturgia e catequese.
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