6 de setembro de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Ezequiel 33,7-9; Salmo 95(94); Romanos 13,8-10; Mateus 18,15-20
O Evangelho, tirado do discurso de Jesus à comunidade (cap. 18), reflete sobre a correção fraterna e a oração comunitária. Esses elementos indicam a pertença ao Reino de Deus, sendo introduzidos pela necessidade de viver na simplicidade e confiança como as crianças (vv.1-5); de evitar escândalos que induza outros a se desviarem de Jesus (vv.6-9); do cuidado e solicitude como o Pai na procura da ovelha extraviada (vv.10-14). A comunidade cristã, composta de pessoas irmãs, empenha-se em superar os conflitos internos de convivência mediante a correção fraterna (vv.15-18). Quando há ofensas, o essencial é o diálogo e a discrição em vista da reconciliação, sem exposição e acusação pública. Se for necessário recorrer a mais irmãos (Dt 19,15), a finalidade deve ser a comunhão fraterna. Mas se o conflito persistir, a Igreja enquanto comunidade eclesial oferece meios para reintegrar as pessoas. Tratar alguém como “gentio ou publicano”, destinatários da Boa Nova de Jesus, implica acolher os que estão à margem da comunidade e juntos trilhar o caminho da contínua conversão. A oração comunitária (vv.19-20), reflexo da convivência fraterna em sintonia com o projeto de Jesus, é acolhida pelo Pai celeste. Por volta do ano 80 d.C., quando foi composta a obra de Mateus, a comunidade cristã reafirma a presença de Jesus ressuscitado como o “Emanuel, Deus conosco” (1,23; 18,20; 28,20), que assegura a eficácia da oração e da missão: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. Ezequiel, levado à Babilônia com os primeiros deportados em 597 a.C., exerce a missão profética anunciando a Palavra de Deus como uma sentinela vigilante. O salmista convida a “ouvir hoje a voz do Senhor”. Paulo, na leitura aos Romanos, ensina que somos todos devedores do “amor recíproco”, dom gratuito que se fundamenta na vida e entrega de Jesus.

2. A palavra na vida
Como comunidade, reunida ao redor de Jesus e de sua Palavra e ação, criamos espaço para viver fraternalmente como irmãos e irmãs. Caminhando em meio às nossas fragilidades, o essencial é manter-nos unidos na oração e na missão, movidos pelo Espírito de Jesus Cristo.

3. A palavra na celebração
Participando da mesa Eucarística, somos estreitamente irmanados e fortificados no amor solidário, sempre aberto à reconciliação.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

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