Com este número de nossa Revista estamos abrindo, de uma maneira quase informal, o assunto sobre vestes litúrgicas para ministras e ministros leigos.
Por vários motivos pouco se tem falado nisso até agora. A veste, em função dos ministérios leigos não esteve presente entre as preocupações da renovação pós-conciliar, que se caracterizou por uma tendência mais intelectual e menos simbólica. Os ministros extraordinários da comunhão foram os únicos que receberam uma veste especial. Nestes últimos anos, reconhecido
este limite da renovação litúrgica, há toda uma busca no sentido de unir o racional e o afetivo, o verbal e o simbólico e vai se firmando pouco a pouco um estilo mais ritual em nossas celebrações.
É dentro deste quadro que se coloca a questão da veste litúrgica. Não para revestir a pessoa com um caráter sacerdotal do AT, ou para reforçar o ritualismo e o clericalismo. Também não se trata de impor uma veste, como se esta fosse essencial ao ministério. A opção pela veste é uma questão de comunicação e de sacramentalidade, própria de qualquer ação litúrgica. A veste tem a função de reforçar e apoiar o serviço da pessoa, de tornar sensível aos olhos, o ministério que todo homem e toda mulher têm por força do seu batismo e confirmação (doc 43, nº 100).
Nesta edição estamos apenas iniciando a conversa sobre o assunto. Partimos de duas propostas que já existem. Talvez sirvam de sugestão para quem procura uma alternativa e de incentivo para as comunidades que já têm em sua prática o uso da veste. Mas convidamos vocês a participarem com suas experiências e reflexões em um futuro número, mais aprofundado e enriquecido. Teremos imenso prazer de publicar nesta revista, fotos, modelos e, sobretudo, algum relato onde se reflete a experiência.
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