Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA
- Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem não demores mais vem nos libertar. (bis) - Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
A criação inteira, o Senhor remiu. (bis) - Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis) - Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
Com todo o universo, a Deus louvação. (bis)
- RECORDAÇÃO DA VIDA
Recordando o memorial da Páscoa de Jesus Cristo, louvamos o Pai por sua grande misericórdia em nos dar, por meio dele, o perdão que nos reconcilia e nos põe no caminho da justiça.
Quem preside, convida as pessoas a retomarem a semana que passou, a lembrar fatos e situações que manifestam o reino presente no meio de nós. - SALMO 103[102]
O Senhor é bondoso e compassivo, - Bendize, ó minh’alma, ao Senhor
E todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minh’alma, ao Senhor,
Não te esqueças de nenhum de teus favores. - Pois ele te perdoa toda a culpa
E cura toda a tua enfermidade;
Da sepultura ele salva a tua vida
E te cerca de carinho e compaixão. - Não nos trata como exigem nossas faltas
Nem nos pune em proporção às nossas culpas.
Tanto os céus por sobre a terra se elevam,
Tanto é grande o seu amor aos que o temem. - ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, criador e senhor do universo,
olha para as nossas necessidades.
Faze-nos sentir profundamente em nossas vidas
a força da tua misericórdia,
para que possamos nos dedicar,
com todas as forças,
ao teu santo serviço
e ter para com nossos irmãos e irmãs
os mesmos sentimentos que tens para conosco.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - REFRÃO – para acolher o evangelho
Mandai o vosso Espírito Santo,
o paráclito aos nossos corações
e fazei-nos conhecer as Escrituras,
as Escrituras que foram por ele inspiradas. - LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 18,21-35
- Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo: 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ 22Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava:Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.’ Palavra da Salvação.
- MEDITAÇÃO
- Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
O evangelho que escutamos no domingo passado, tratou da correção fraterna do irmão ou irmã, que comete uma falta grave contra a comunidade. Hoje o assunto é sobre as ofensas pessoais entre irmãos.
Á pergunta de Pedro sobre quantas vezes devemos perdoar a quem nos ofende, Jesus responde contrapondo as “sete vezes” de Pedro, “setenta vezes sete”, para dizer sem medida.
A parábola aponta dois grandes motivos para o perdão. O primeiro está ligado consciência que cada pessoa tem de si mesma. Quem de nós, já não cometeu algum deslize no trato com os irmãos e irmãs da comunidade? Esta consciência da nossa própria fragilidade pode vir em nosso socorro na hora de relevar uma ofensa recebida. Quem se conhece profundamente é mais lento em julgar os outros.
O segundo motivo, é a consciência do olhar de compaixão de Deus sobre nós. Deus não contabiliza nossas faltas e está sempre à nossa procura. Jesus é a encarnação do perdão de Deus, Ele em quem não havia falsidade, que jamais pagou o mal com o mal e foi capaz de perdoar os que o crucificaram [1Pedro 2,21-25]. Devemos a nossa pertença à comunidade de fé, à gratuidade do amor de Deus em Jesus.
A nossa reunião de oração, é sinal da misericórdia de Deus sobre nós e de reconciliação entre nós. É neste lugar da oração comum e da escuta da Palavra, que o Espírito nos renova no desejo de carregar com gratidão o fardo da convivência fraterna. Oremos também neste tempo da criação [1/9 a 3/10] para que a humanidade escutem o grito da terra e de todos os seres que a habitam.
- PRECES
Oremos confiantes a Deus que nos reúne e nos reconcilia em seu amor:
Escuta-nos, Senhor
Senhor Jesus, inunda de paz a tua Igreja, para que viva a fraternidade no perdão e no serviço mútuo, a serviço do reino.
Escuta-nos, Senhor
Cura Senhor, a humanidade, para que proteja a terra e seja semeadores de esperança para as futuras gerações.
Escuta-nos, Senhor
Ensina-nos a descobrir o valor de cada coisa e a reconhecer que estamos profundamente unidos a todas as criaturas em nosso caminho para a tua luz infinita.
Escuta-nos, Senhor.
- Escuta, Senhor, a prece de todas as pessoas que sofrem pela doença, pela pobreza, pela solidão e pelo exilio. Rezemos ao Senhor.
Escuta-nos, Senhor. - Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
- PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança a oração que ele nos ensinou: Pai nosso… - ORAÇÃO
Ó Deus das misericórdias,
lento na cólera, rápido no perdão,
tu enviaste teu filho Jesus
para nos acolher como nós somos.
Atende nossas preces
e ensina-nos a fazer o mesmo que ele fez.
Firma-nos no diálogo
com quem é diferente de nós,
fortalece-nos no perdão a quem nos magoou
e sustenta-nos na caridade com os teus pequeninos.
Sobretudo, dá-nos força para lutar
pela perdão de todas as dívidas e
pela distribuição das terras improdutivas,
para que o universo inteiro, transformado por teu amor, seja um sinal de tua paz.
Por Cristo, teu filho amado, bendito para sempre. Amém. - Canto: Assim na terra como no céu
Depois da oração quem preside motiva ao canto que segue:
Com este canto encerramos a nossa celebração, alargando a tenda da nossa oração a todas as pessoas e povos, que invocam a Deus de alguma maneira. - Ó Pai, que habitas a imensidão,
Tu que és Nosso e de toda a gente,
Que venha a nós o teu Reino, ó Pai,
E nosso mundo se reinvente! - Assim na terra como no céu
Tua vontade, ó, se faça sempre,
Haja o pão nosso em toda mesa,
Haja o perdão entre toda a gente! - Ó, vem livrar-nos da tentação
Do “cada um por si”, tão somente,
O Amor, o Bem, a nos irmanar,
De todo o mal, Pai, liberta a gente! - BÊNÇÃO
Que o Deus de toda consolação nos liberte de todos os males e disponha na sua paz os nossos dias. Amém
Abençoe-nos, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
BÊNÇÃO À MESA
Senhor Jesus, no deserto, vendo a multidão faminta, saciaste a sua fome com a partilha de cinco pães e dois peixes colocados à disposição de todos. Nós te agradecemos por esta mesa que nos reúne e por estes alimentos que recebemos de tua bondade, fruto do trabalho de tantas mãos, desde o plantio até chegar à nossa mesa. Dá aos nossos corações a alegria da partilha e firma-nos na comunhão contigo, que és Deus, com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém.
PENHA CARPANEDO
www.revistadeliturgia.com.br
ASSINE A REVISTA DE LITURGIA!
A Revista de Liturgia é um serviço de formação litúrgica destinada ao povo de Deus, especialmente às pessoas que atuam na pastoral litúrgica e nos diversos ministérios dentro da celebração. Traz artigos de excelente conteúdo e de fácil leitura, sobre diversos temas, sempre em sintonia com a pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, em função da prática celebrativa das comunidade e da relação liturgia e catequese.
-
Agenda Litúrgica 2024R$12,00
-
Assinatura Semestral ImpressaR$37,50 para 6 meses
-
Assinatura Anual DigitalR$30,00 para 1 ano
-
Assinatura Anual ImpressaR$80,00 para 1 ano