CELEBRAR EM CASA
Domingo do patrão justo
25º do Tempo Comum – ANO A
Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA – Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem não demores mais vem nos libertar. (bis) - Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
A criação inteira, o Senhor remiu. (bis) - Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis) - Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
Com todo o universo, a Deus louvação. (bis)
- RECORDAÇÃO DA VIDA
Nossa reunião é um sinal bem concreto da presença de Deus no meio de nós. Agradeçamos a Ele que nos trata, não segundo os nossos méritos, mas de acordo com a sua misericórdia.
Quem preside, convida as pessoas a retomarem a semana que passou, a lembrar fatos e situações que manifestam o reino presente no meio de nós. - SALMO 145[144]
Demos graças ao Senhor porque ele sempre se aproxima de nós e sempre nos dá provas do seu amor. Que ele nos ajude a buscar de novo andar pelos seus caminhos.
O Senhor está perto da pessoa que o invoca. - Todos os dias haverei de bendizer-te,
hei de louvar o teu nome para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores
e ninguém pode medir sua grandeza. - Misericórdia e piedade é o Senhor,
ele é amor, é paciência, é compaixão.
O Senhor é muito bom para com todos,
sua ternura abraça toda criatura. - É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente. - ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, luz que não se apaga,
tu entregaste a nós
o mandamento de te amar e amar o nosso próximo.
Dá-nos a graça de cumpri-los com alegria
e viver na plenitude de tua vida.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - REFRÃO – para acolher o evangelho
Mandai o vosso Espírito Santo,
o paráclito aos nossos corações
e fazei-nos conhecer as Escrituras,
as Escrituras que foram por ele inspiradas. - LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 20,1-16a – Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. Naquele tempo: Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse:
Por que estais aí o dia inteiro desocupados?' 7Eles responderam:
Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse:Ide vós também para a minha vinha'. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador:
Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro'. 13Então o patrão disse a um deles:
Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 4Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.’ Palavra da Salvação. - MEDITAÇÃO
- Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
A cena que aparece no evangelho deste domingo é muito parecida com o que acontece hoje em dia. Quanta gente no Brasil, em situação de desemprego forçado, espera por uma contratação de trabalho que lhe garanta o pão! No entanto, o que não é comum, nem para os ouvintes de Jesus nem para nós hoje, é a atitude do patrão, que age como nenhum patrão costuma agir. Ele é
justo, porque paga não segundo o mérito da pessoa, mas conforme a sua necessidade e dignidade.
E aí vem logo a murmuração daqueles que começaram o trabalho mais cedo e se sentem igualados aos da última hora. Esta murmuração também é uma velha conhecida nossa em nosso país. Quando o pobre ousa levantar a cabeça, logo aparece o medo de quem não quer ser igual ao pobre. Até o “Bolsa Família” causa incômodo aos que moram no andar de cima da sociedade.
Esta parábola estabelece um abismo entre a lógica de Deus, absolutamente baseada na generosidade e a lógica humana, estruturada com base no merecimento e na competição. A justiça no reino de Jesus é gratuidade voltada aos injustiçados da vida. A nossa entrada neste reino, acontece não porque merecemos, mas por pura bondade de Deus que chama a pessoa na situação em que ela se encontra e na hora que ela se deixa encontrar.
Nossa pequena reunião de oração é uma dessas escolas, onde somos, sem mérito nenhum de nossa parte, cumulados por Deus de tantos dons. Nela, os trabalhadores e trabalhadoras do reino de hoje, não importa se da primeira ou da última hora, são igualmente admitidos à comunhão. Que o Espírito de Deus que faz novas todas as coisas, nos ajude a ter uma conduta de vida, conforme a lógica de Deus, também com respeito ao meio ambiente neste tempo da criação [1/9 a 3/10].
- PRECES
Oremos confiantes a Deus que nos reúne e nos reconcilia em seu amor:
Escuta-nos, Senhor.
Senhor Jesus, nós te pedimos por todas as pessoas vítima do desemprego e do trabalho escravo.
Escuta-nos, Senhor.
Nós te pedimos pelos que detém os grandes meios de produção, para que não se sintam donos dos seus irmãos e não lhes seja permitido explorar os trabalhadores.
Escuta-nos, Senhor.
Dá Senhor, a esta nossa pequena comunidade, a graça de viver segundo a lógica de Deus nas pequenas coisas de cada dia.
Escuta-nos, Senhor.
- Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
- PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança a oração que ele nos ensinou: Pai nosso… - ORAÇÃO
Ó Deus, que revelas a todo ser vivo
teu amor incondicional
transforma a nossa vida
para que possamos ter sempre
nos lábios a palavra do teu agrado,
na mente o pensamento de tua afeição,
e trilhar, dia após dia, com o pés
os caminhos da tua justiça.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - Canto – Assim na terra como no céu
Depois da oração quem preside motiva ao canto que segue:
Com este canto encerramos a nossa celebração, alargando a tenda da nossa oração a todas as pessoas e povos, que invocam a Deus de alguma maneira. 1. Ó Pai, que habitas a imensidão, Tu que és Nosso e de toda a gente, Que venha a nós o teu Reino, ó Pai, E nosso mundo se reinvente! 2. Assim na terra como no céu Tua vontade, ó, se faça sempre, Haja o pão nosso em toda mesa, Haja o perdão entre toda a gente! 3. Ó, vem livrar-nos da tentação Do “cada um por si”, tão somente, O Amor, o Bem, a nos irmanar, De todo o mal, Pai, liberta a gente! - BÊNÇÃO
Que o Deus de toda consolação nos liberte de todos os males e disponha na sua paz os nossos dias. Amém
Abençoe-nos, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
BÊNÇÃO À MESA
Senhor Jesus, no deserto, vendo a multidão faminta, saciaste a sua fome com a partilha de cinco pães e dois peixes colocados à disposição de todos. Nós te agradecemos por esta mesa que nos reúne e por estes alimentos que recebemos de tua bondade, fruto do trabalho de tantas mãos, desde o plantio até chegar à nossa mesa. Dá aos nossos corações a alegria da partilha e firma-nos na comunhão contigo, que és Deus, com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém. - PENHA CARPANEDO
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