A alegria de celebrar os 20 anos da promulgação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia (SACROSANCTUM CONCILIUM) reuniu em Roma, a convite da S.C. para o Culto Divino, cerca de 200 Presidentes e Secretários das Comissões Nacionais de Liturgia. Nossa revista selecionou alguns documentos que enriquecem nossa reflexão. Os artigos publicados aqui trazem elementos para o avanço da Liturgia. Deixam a sensação de ainda estarmos caminhando na renovação litúrgica, em comunhão com a Igreja universal.
Os testemunhos de pastores e a reflexão de consultores especializados, além dos relatórios das realidades, fazem ver como passos reais foram dados na renovação e ao mesmo tempo revelam a necessidade de nos dedicarmos ao estudo e à aplicação dos princípios contidos nos documentos conciliares e do após Vaticano II para a “atualização” da Liturgia. Mostram, sobretudo, como as diversas culturas estão sentindo a urgência de Adaptações mais profundas. Um primeiro bloco de nossa Revista traz dois discursos que mostram um espírito novo na Congregação para o Culto Divino. O pró-prefeito Arcebispo Mayer e o Secretário, Arcebispo Virgílio Noé, abriram pistas para que o Congresso fosse voz autorizada diante das necessidades sentidas nas diferentes regiões do mundo e mostraram que o momento marcaria um novo caminhar das celebrações. A monotonia dos relatórios apresentados, baseados em 4 perguntas iguais, seriam ocasião para verificar as convergências e disparidade de aspirações. A própria generalização dos resumos daria oportunidade de tematizar o congresso.
Também se encontrarão as 3 exposições de consultores da Congregação, abordando temas essenciais, como: “A função dos leigos na liturgia”, apresentado pelo Pe. Pierre Marie Gy, op; “Adaptação — índole e tradições dos vários povos”, pelo Pe. Ansgar J. Chupungo, osb, filipino; e “Pastoral Litúrgica”, do Pe. Gaston Fontaine, cric.
Essas exposições situaram os temas mais importantes e ofereceram bases para a análise dos relatórios. Fundamentam os estudos dos congressistas, realizados em grupos linguísticos. Num desejo de oferecer material de reflexão, trazemos um resumo dos relatórios das diversas regiões e também, de modo mais completo, o relatório do Brasil referente às questões vindas de Roma para a preparação do Congresso e que foi amplamente difundido por todas nossas dioceses. Mesmo escassas, as respostas dão um panorama de nossa situação.
Como pauta de referência, o leitor encontrará as Conclusões dos Consultores e dos diversos grupos linguísticos. Seguramente servirão como pontos de referência para as conclusões a que deverão chegar nossas Comissões Nacional, Regionais e Diocesanas de Liturgia nos próximos anos, a fim de levar à prática em nossas comunidades uma resposta fundamentada e
adequada.
Dois pastores eméritos, Cardeais Marty e Cordeiro, respectivamente de Paris e Karachi, expuseram suas expectativas, temores e sugestões a respeito de uma liturgia que realmente se torne mais e mais, um serviço em favor da comunidade celebrante. Ambos nos ajudarão a perceber como a renovação litúrgica deu grandes passos mas ainda está no início da pista de corrida para “uma liturgia viva e vivida”, adaptada à diversidade de culturas existentes nos povos que possuem os textos de oração da Igreja em 345 línguas ou unidades linguísticas distintas.
A título de exemplo transcrevemos algumas intervenções em debates com especial significação para nós.
Os discursos finais do pró-prefeito e do Secretário da S.C. para o Culto Divino, mostram em que clima foi concluído o histórico Congresso.
Esperamos estar prestando mais um serviço aos professores de liturgia e seus alunos, comunidades paroquiais e CEBs. Enfim a todos quantos, unidos na mesma fé celebramos o mistério da Salvação, nesta peregrinação do Povo de Deus.
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