Revista de Liturgia Edição 102 – O feminino na liturgia
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CompararCampanha da Fraternidade deste ano veio certamente, fortalecer a luta e confirmar passos importantes no esforço coletivo que, nós mulheres, estamos fazendo em busca do nosso espaço nos vários níveis da vida eclesial e, sobretudo, na liturgia. É um assunto que diz respeito a todos nós, homens e mulheres, “porque não é bom que o homem esteja só” e, em matéria de liturgia,, a participação da mulher devolve à Igreja o lado feminino de Deus e da vida e restabelece o equilíbrio inicial da dança cósmica e da libertação.
Não vamos aqui estudar exaustivamente essa questão que é ampla e complexa na sua globalidade. Mas, como numa conversa entre irmãs, trazemos
as contribuições de Ana Maria Tepedino, Ione Buyst, Maria de Lourdes Zavarez e Regina Machado que estão de corpo e alma comprometidas com a causa feminina e nos ajudam a pensar a liturgia com cabeça e coração de mulher.
É uma conversa que fazemos com todas vocês que vêm encontrando muitos jeitos de abrir caminhos de participação e vêm contribuindo
efetivamente para dar às celebrações um novo rosto e um estilo diferente. E nesta conversa lembramos de muitas mulheres, como Ir. Terezinha da diocese de Chapecó, que dedicam-se à animação da vida litúrgica em suas dioceses e paróquias.
Com a percepção que lhes é própria, imprimem características novas, no modo de viver e celebrar o mistério da Páscoa do Senhor. Lembramos da Vera, Lurdes, Tânia, Edna, Fátima, Marinalva, Ilda, Gilma, Ana Lúcia, Odélia, Francisca, Ivete, Graça…
Todas as mulheres pobres que enfrentam a dureza do dia-a-dia para garantir o sustento de seus filhos e ainda têm tempo e alegria para partilhar com as irmãs e irmãos a vida e a fé em Deus.
Lembramos de Dona Luiza lá do Vale (MG), “mulher sábia e realista que ama a Deus e reza o dia inteiro”. E nela todas as rezadeiras que fortalecem nossa fé no Deus que ouve o clamor dos pobres. Lembramos de tantas matriarcas de quem recebemos os ensinamentos fundamentais de nossa crença e que nos ensinaram a rezar e a viver segundo o coração materno de Deus.
Com vocês e com todas elas, formamos uma grande ciranda para cantar os cânticos que herdamos de nossas antepassadas, os cânticos de Miriam, de Débora, de Judith, de Ana, de Maria… Cantamos porque, apesar da proibição secular, a mulher nunca deixou de exercer um papel fundamental no lembrar permanente das ações de Deus na história. E hoje, mais do que nunca, tomamos consciência dessa resistência sempre oprimida, mas jamais apagada… E sonhamos com o dia em que também a liturgia será plenamente livre…
Ano |
1990 |
---|---|
Mês |
Novembro ,Dezembro |
Tipo de Revista |
Digital |
SUMARIO
Editorial. Pág. 166
Mulheres se encontrando na liturgia,
Ione Buyst. Pág. 167
Liturgia na ética da mulher,
Ana Maria Tepediîno. Pág. 169
Uma experiência em gestação,
Maria de Lourde Zavarez. Pág. 173
Dia do Senhor, preparando a celebração,
Penha Carpanedo, Celso L. Carpenedo. Pág. 174
O simbólico no projeto de uma igreja,
Regina Machado. Pág. 190
Festejar aqui e agora o ano da libertação,
Marcelo de Barros Souza. Pág. 193
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