1992 é o ano comemorativo do 5º centenário da cristianização do continente latino-americano. Trata-se de um evento que envolve todos os países
da América Latina numa grande celebração que culminará na IV Conferência em Santo Domingo. O tema que perpassa todos os momentos celebrativos deste acontecimento é: uma nova evangelização para uma nova cultura.
Há muitas divergências na maneira de olhar a história dos 500 anos e no jeito de conduzir o processo preparativo, rumo a Santo Domingo. As várias tendências dentro das Igrejas aparecem também aqui.
Assumindo esse fato, é fundamental que estas comemorações representem para a Igreja dos pobres um tempo de graça a ser vivido em clima litúrgico
de conversão pascal, que nos leve a superar o colonialismo dos nossos métodos e a dar passos de qualidade na direção de uma evangelização que seja “nova no ardor, nova nos métodos e nova na expressão”.
Se é necessário rever os métodos de evangelização, o que então dizer da liturgia?
O que fazer para que esta possa ganhar um rosto novo com traços morenos, característicos dos nossos povos?
O documento preparatório não parece avançar nesta direção. No que se refere à liturgia é extremamente frágil e não chega a ter a riqueza de conteúdos que já estão presentes em Medelim e Puebla. Mesmo assim, o momento é propício para retomar e aprofundar os passos andados, justamente a partir das propostas pastorais de Medelim e Puebla que continuam válidas e necessárias para hoje.
Sem querer dar resposta a questões tão complexas, nossa revista, neste número, puxa com vocês esse assunto, que de alguma forma já vem aparecendo nas publicações anteriores. O objetivo é muito mais provocar o aprofundamento e aguçar a sensibilidade para uma Liturgia Nova que corresponda à Nova Evangelização.
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