CELEBRAR EM CASA
Domingo da expulsão dos vendilhões
3º da quaresma, Ano B
Prepare um espaço com cadeiras em círculo, coloque no centro sobre um tecido de cor roxa a bíblia, a cruz, uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA
- Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis) - Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)
glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis) - Ao Senhor voltemos, bem de coração, (bis)
que ele nos converta pelo seu perdão! (bis)
- RECORDAÇÃO DA VIDA
A pessoa que coordena com breves palavras, introduz o sentido da celebração:
Retomando com renovado fervor a graça de sermos filhos e filhas de Deus pelo batismo, tomemos consciência de nossas fragilidades e instabilidades e renovemos nossa confiança na misericórdia do Senhor. É ele quem nos converte e nos reconduz ao caminho, é ele que inscreve em nossos corações a lei do seu Espírito que nos educa em toda a boa obra.
Quem coordena pode trazer lembranças de acontecimentos marcantes que são sinais da vitória do Cristo na vida do povo e convidar as pessoas a lembrarem outros fatos. - SALMO 86[85]
Cantando este salmo, oremos em união com Cristo, que durante sua vida terrena, fez orações e súplicas a Deus, em voz alta e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte (Hebreus 5,7). - Senhor, me escuta e responde,
sou fraco e necessitado,
me salva, sou teu amigo,
teu servo em ti confiado. - Tu és meu Deus, tem piedade,
o dia todo te invoco,
alegra meu coração,
pra ti, Senhor, eu me volto. - Tu és perdão e bondade,
acolhes aos que te imploram,
atende agora esta prece,
no meu sofrer me consola. - Na angústia chamo por ti,
pois tu respondes, Senhor.
Que deus faria o que fazes?
Ninguém te iguala em amor. - Os povos todos virão
louvar a tua majestade;
tu fazes grandes prodígios,
só tu és Deus de verdade. - Me ensina o caminho certo,
pra andar em tua verdade,
reúne meu coração,
que siga tua vontade. - De coração agradeço
tão grande amor tens por mim,
tiraste-me do abismo,
assim te louvo, sem fim. - Furiosos se levantaram,
querendo me derrubar;
contigo não se incomodam,
altivos querem matar. - Mas tu, Senhor de ternura,
paciente, cheio de amor,
de mim tem pena, ó Deus,
atento a teu servidor. - Me dá tua força, Senhor,
teu servo vem libertar,
e aqueles que me odeiam
calados hão de ficar. - Ao Pai do céu demos glória,
a Jesus Cristo também,
a quem dos dois é o Amor
Se louve pra sempre. Amém!
Oração silenciosa e repetição - ORAÇÃO DO DIA
Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
Ó Deus, fonte de todo bem,
quiseste que dedicássemos este tempo quaresmal
à fraternidade, à oração e à renúncia de nós mesmos,
para que, fazendo morrer o pecado em nós,
fôssemos, por tua misericórdia, recriados para uma vida nova.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - LEITURA DO EVANGELHO – João 2,13-25
- Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
Leitura do evangelho de Jesus Cristo segundo João
13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: ‘Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’ 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: ‘O zelo por tua casa me consumirá’. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: ‘Que sinal nos mostras para agir assim?’ 19Ele respondeu: ‘Destruí, este Templo, e em três dias o levantarei.’ 20Os judeus disseram: ‘Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?’ 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. 23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. 24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; 25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro. Palavra da Salvação.
- MEDITAÇÃO
- Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
A proximidade da Páscoa, com o seu grande consumo de animais, fazia com que o átrio do templo de Jerusalém se convertesse em um estábulo. Além disso, para o tributo do templo, o povo tinha que trocar dinheiro. Neste contexto e contra esses abusos, Jesus, continuando a tradição dos grandes profetas do povo de Israel, desde Natã até Jeremias, de crítica profética ao templo, realizou uma ação simbólica para expressar um oráculo e uma palavra de Deus. Assim, ele cumpriu a profecia de Zc 14,21, que anunciava o dia em que não haveria mais mercadores no templo do Senhor. O gesto de Jesus é apresentado como o anúncio da superação do templo e da introdução de uma nova compreensão de culto a Deus, baseado na obediência ao Pai. O lugar da verdadeira adoração de Deus não será mais o templo de Jerusalém, comprometido com os poderes do mundo, mas o templo do seu corpo martirizado e glorificado.
O(a) discípulo(a) de Jesus é convidado(a), na quaresma, a retomar este núcleo central da relação com Deus, a aliança com o Cristo, nova morada de Deus no meio do seu povo. A prática de seus ensinamentos, em continuidade com o anunciado no domingo passado (“Este é meu filho amado, escutem o que ele diz!”), torna-se a nova forma de adorarmos a Deus e constitui a essência do culto cristão.
Dessa forma, a comunidade dos que creem em Jesus, como corpo de Cristo, é o novo templo de Deus. E a nossa reunião de oração torna-se o lugar de realização desta adoração em espírito e verdade, onde ressoa a palavra do evangelho e onde se faz a memória subversiva da prática de Jesus, que não se apegou à sua vida, mas se deu em serviço de amor a seus irmãos.
- PRECES
Neste tempo favorável, peçamos ao Senhor a graça de uma verdadeira renovação da nossa vida batismal. Cantemos:
Cristo Filho do Deus vivo, piedade de nós.
- Que a Igreja seja para o mundo Casa de Deus, lugar de acolhimento e de encontro, rezemos ao Senhor.
- Que não nos contentemos na observância material da lei, mas entremos no espírito da aliança e correspondamos às suas exigências, rezemos ao Senhor.
- Pelos teólogos e teólogas, para que iluminados pelo Espírito na difícil tarefa de não confundir a mensagem do evangelho com a cultura do consumismo, rezemos ao Senhor…
Preces espontâneas…. Quem preside conclui:
Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino e ensina-nos a rezar:
Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
- ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
Deus das misericórdias, no Cristo Jesus, revelaste tua glória.
Vem em nosso auxílio e escuta as nossas preces:
nesta quaresma, renova no mais profundo de nós
a disposição em praticar o seu evangelho
e viver como seus discípulos e suas discípulas.
A prática da justiça, o empenho pela paz,
a solidariedade para com os pequenos e pobres
sejam nosso jeito de adorar e reverenciar
o esplendor do Cristo Jesus, teu filho amado e nosso Senhor,
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - BÊNÇÃO
O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a Páscoa da ressurreição. Amém.
Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
ORAÇÃO À MESA
- Estando todos/as em torno da mesa , quem preside faz a oração:
Nós te damos graças, ó Deus da Vida, por este alimento que nos fortalece na preparação e no desejo da santa Páscoa. Sustenta nosso corpo e sacia-nos com tua santa Palavra, para que andemos sempre em teus caminhos.
Por Cristo, nosso Senhor! Amém.
Bendigamos ao Senhor. Demos graças a Deus.
PENHA CARPANEDO
da congregação Discipulas do Divino Mestre,
membro da Rede Celebra.
www.revistadeliturgia.com.br
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