O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem vai fazer a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. Outas podem ser encontradas, no Dia do Senhor, volume I, editora Paulinas. Algumas tem melodias que podem ser encontradas no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’ [disponível no Youtube]. As demais melodias indicadas no roteiro refere-se ao Hinário Litúrgico da CNBB, registradas no CD Liturgia VI da Paulus.

 

Domingo do amor aos inimigos.

7º domingo do Tempo comum ano C – 24 de fevereiro de 2019

 

  1. Chegada Cantos de Taizé:

Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.

Louvarei a Deus, a vida nos conduz.

  1. Canto de abertura

Confiei em teu amor, H 3, p. 121; Oi louvai, ao Senhor, nosso Deus, ODC, p. 279; De todos os cantos viermos

x3. Sinal da cruz e saudação

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A graça e a  paz do Senhor Jesus estejam com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Sentido da celebração

O(a) animador(a), ou quem preside, com breves palavras introduz o sentido do domingo:

É bom estarmos aqui, neste dia de domingo, para reavivar nossa fé e nossa esperança na comunhão com o Ressuscitado, escutando e acolhendo a sua Palavra.

Se for o caso, alguém da equipe ou a própria assembleia pode trazer lembranças de fatos marcantes da semana, como sinais da páscoa do Cristo acontecendo na história.

  1. Ato penitencial

De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão.

[Breve silêncio]

Senhor que vieste para salvar, não para condenar, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós. Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.

Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

  1. Glória
  2. Oração

Ó Deus, de ternura e compaixão,

dá-nos a graça de sempre conhecer

o que é agradável aos teus olhos

e realizar a tua vontade em nossas vidas.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

  1. Primeira leitura – 1Samuel 26,2.7-9.12-13.22-23
  2. Salmo responsorial- 103(102) H 3, p. 170-1

Bendigamos ao Senhor que nos dá a graça de vencer o mal, não com a violência, mas com a misericórdia e o perdão.

O Senhor é bondoso e compassivo! (bis)

 

Bendize, ó minha alma, ao Senhor

e todo o meu ser, seu santo nome!

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,

não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa

e cura toda a tua enfermidade;

da sepultura ele salva a tua vida

e te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente, é favorável,

é paciente, é bondoso e compassivo.

Não nos trata como exigem nossas faltas,

nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto dista o nascente do poente,

tanto afasta para longe nossos crimes.

Como um pai se compadece de seus filhos,

o Senhor tem compaixão dos que o temem.

 

  1. Segunda leitura – 1Coríntios 15,45-49

Escutemos como o apóstolo Paulo, quase no final da Primeira Carta aos Coríntios, compara Adão e Cristo, e anuncia a dignidade de cada cristão e cristã.

 

  1. Aclamação – H 3, p. 233

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!

Eu lhes dou este novo mandamento,

nova ordem agora eu lhes dou,

que se amem vocês mutuamente,

como eu os amei, diz o Senhor!

 

  1. Evangelho – Lucas 6,27-38

Escutemos a continuação dos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos e discípulas, na planície, orientando-os a agir diante dos conflitos e em relação aos inimigos e àqueles que nos fazem o mal.

 

  1. Partilha da palavra

O amor ao próximo, em particular, o amor ao inimigo, ocupa boa parte do discurso programático de Jesus. Não se trata de leis para regular a conduta, mas de um espírito que anima a vida cristã, motivado pelo exemplo de Deus mesmo “que é generoso com ingratos e maus” (v. 35).

A proposta é radical, envolvendo afetos (amai), ações concretas (tratai bem) e a comunhão no espírito (rezai) (v. 27-28); exigindo tolerância em suportar injustiça no corpo e nas posses, como um manifesto de não violência, onde a palavra de ordem é doar sem nada esperar em troca (v. 29-30). O parâmetro para tratar os outros, especialmente o inimigo, é a maneira como gostaria de ser tratado em situação semelhante. O segredo é tomar a iniciativa no amor, sem esperar nada em troca e sem esperar ser amado primeiro. Ao mesmo tempo fica claro que o perdão dado a alguém reverte em benefício próprio (v. 37-38). A comunidade dos discípulos e discípulas é chamada por Cristo a exercer um amor sem fronteiras, deixando-se contagiar pela “medida larga” de Deus. Trata-se de superar o paradigma de vingança ou de combater a violência com mais violência. É um passo         que não depende apenas de um esforço ou de um trabalho psicológico, mas de uma comunhão profunda com o Pai misericordioso, generoso com os ingrato e maus, abrindo-se para o seu Espírito que nos faz compassivos como ele é compassivo.

Como os ouvintes de Jesus na planície, em nossa reunião litúrgica acolhemos a força sacramental desta palavra que soa para nós, não como uma ordem ou uma obrigação, mas como uma esperança. A ordem pode gerar disciplina, mas não uma mudança profunda de vida. Essa palavra se propõe para nós como um exercício e uma esperança. Chegar a amar o inimigo é prova de maturidade humana e sinal de que somos habitados pelo Espírito de Deus, um ponto de chegada importante na vida. Talvez não sejamos ainda capazes disso, mas nesta palavra de hoje é uma promessa de que podemos chegar lá, por uma determinação interior e, sobretudo, pela graça de Deus.

 

  1. Creio
  2. Preces

Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai. Vamos nos unir à sua prece, dizendo:

Escuta-nos, Senhor.

– Ó Cristo, renova as comunidades cristãs na força do teu Espírito, para que testemunhem no mundo a paz e a unidade.

– Ó Cristo, amigo dos pobres, reúne os que estão dispersos e sem orientação, sustenta os abandonados, nós te pedimos.

– Liberta, Senhor, os prisioneiros, acolhe os órfãos e as viúvas, ouve o clamor de todos os que sofrem.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Ó Deus, tu que és bom para com os ingratos e maus, atende nossas preces pelas pessoas que ainda não amamos e derrama tua misericórdia sobre o teu povo. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

  1. Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum; onde reino o amor.

  1. Ação de graças

Trazendo o pão consagrado, demos graças ao nosso Deus que em Jesus nos renova em seu amor e faz crescer em nosso íntimo a compaixão e a bondade. Que esta partilha nos confirme nesta atitude nova de perdão e de misericórdia com as pessoas que se opõem a nós.

Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

[Se houver comunhão eucarística, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar antes da ação de graças].

Quem preside faz o convite, depois diz a oração, intercalando com o canto da assembleia:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

Nós te damos graças, ó Deus da vida,

porque neste dia santo de domingo

nos acolhes na comunhão do teu amor

e renovas nossos corações

com a alegria da ressurreição de Jesus.

Compadecendo-se da fraqueza humana,

ele nos libertou da morte e deu-nos a vida.

Nós te damos muitas graças,

te louvamos, ó Senhor.

Esta comunidade aqui reunida

recorda a vitória de Jesus sobre a morte,

escutando a sua Palavra e dando graças,

na esperança de ver o novo céu e a nova terra,

onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,

e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

Nós te damos muitas graças,

te louvamos, ó Senhor.

Envia sobre nós o teu Espírito,

apressa o tempo da vinda do teu reino,

e recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

Nós te damos muitas graças,

te louvamos, ó Senhor.

Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. ABRAÇO DA PAZ

Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração [n. 20].

  1. COMUNHÃO

Se houver comunhão, quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele em nossa mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus,

que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Senhor, tu nos mandas amar, H 3, p. 278-9; De Cristo o novo mandamento, H 3, p. 350; Se eu não tiver amor H3, p. 370 .

 

  1. Oração

Recebemos, Senhor, tua misericórdia

em cada momento desta celebração.

Que ela se estenda por toda esta semana

que se inicia e que possamos construir relações novas,

baseadas no respeito e na dignidade de cada pessoa.

Por Cristo, nosso Senhor.

Amém.

Comunicações e avisos

– Canto (partilha do pão)

Senhor, tu nos mandas amar, H 3, p. 278-9; De Cristo o novo mandamento, H 3, p. 350; Se eu não tiver amor H3, p. 370 .

 

  1. Bênção

O Senhor nos seja favorável, dirija para nós o seu rosto

e nos dê a paz. Amém.

Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

A alegria do Senhor seja a nossa força. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

Graças a Deus.

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