RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há propostas de ação de graças com melodia que se encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As músicas indicadas para outros momentos da celebração, são do repertório do Hinário Litúrgico, gravado pelas editora Paulus.
Atenção: as breves introduções às leituras bíblicas não são para serem lidas durante a celebração mas apenas para ajudar quem vai preparar a celebração. A CNBB tem recomendado a não fazer comentário às leituras, certamente para focar a atenção na escuta da própria Palavra, que sendo bem proclamadas, dispensam comentários.

2º DOMINGO DA QUARESMA – Ano A
08 de março de 2020

Domingo da transfiguração do Senhor.

1. REFRÃO MEDITATIVO
É bom confiar em Deus, é bom confiar,
é bom esperar sempre nos Senhor.

RITOS INICIAIS

2. CANTO DE ABERTURA – Dizei aos cativos: “saí”, H2, p. 132; Peregrino nas estradas, H 2, p. 180-1.
Procissão, levando a cruz e o lecionário.

3. Sinal-da-cruz
Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

4. SAUDAÇÃO
A paz do Senhor esteja com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Revista de Liturgia Ed 275 – A ação de Graças na Celebração dominical da Palavra

 

5. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA
O(a) animador(a), com breves palavras introduz o sentido do domingo:
Neste domingo da transfiguração do Senhor, prosseguindo nosso itinerário para a páscoa, renovemos nossa adesão e confiança no Filho amado do Pai, com ouvido inclinado e coração atento à sua Palavra. Que Ele manifeste a nós o seu rosto e se faça luz para os nossos passos.
Se for o caso, alguém da equipe ou a própria assembleia pode lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus na vida do povo.

6. ATO PENITENCIAL
Terminada a recordação da vida, a cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:
Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.
Todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:

Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.
Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

7. ORAÇÃO INICIAL
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, Senhor do universo,
que nos mandaste ouvir o teu Filho amado,
sustenta-nos sempre com a tua palavra,
para que, com fé firme e pura,
tenhamos nossa alegria na glória de Cristo,
por quem te pedimos,
na unidade do Espírito Santo. Amém.

8. PRIMEIRA LEITURA – Gênesis 12,1-4a
Continuando a fazer a memória dos momentos-chaves da história da salvação, escutamos hoje o relato da vocação de Abraão.

9. SALMO RESPONSORIAL SALMO 33(32) (H 2, p. 62-3)
Com este salmo, agradeçamos ao Senhor pelo seu amor manifestado a Abraão e façamos chegar até ele nossa confiança em sua palavra.
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
venha a vossa salvação!
Pois reta é a palavra do Senhor
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.

O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e confirma, esperando em seu amor,
para, da morte, libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós, venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

10. SEGUNDA LEITURA 2Timóteo 1,8b-10
Paulo, preso e prestes a enfrentar o martírio, escrevendo a Timóteo, coordenador da comunidade de Éfeso, muito abatido com o que estava sucedendo ao apóstolo, deixa-nos esta palavra sobre a vocação dos discípulos e das discípulas de Jesus.

11. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Honra, glória, poder e louvor
a Jesus nosso Deus e Senhor.
Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai:
“Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós”.

12. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – Mateus 17,1-9
Com o simbolismo das manifestações de Deus no Antigo Testamento – a montanha, a nuvem, o trovão, a tenda -, Mateus nos revela a identidade profunda de Jesus de Nazaré.
O(a) leitor(a) se dirige à assembleia com esta saudação:
O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.
Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…
Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

Livro Celebrando o Dia Do Senhor – Celebrando a Páscoa

13. HOMILIA
Escrito sobre o pano de fundo do relato da conclusão da aliança no Sinai (Ex 24,1-18), no qual aparece o símbolo da shekiná para designar a presença e a habitação de Deus junto ao seu povo, o relato da transfiguração foi organizado para mostrar que Jesus, por sua paixão e ressurreição, é a nova shekiná, tenda e morada de Deus para os seus discípulos. Daí o jogo simbólico com o qual se tece o texto: Jesus resplende de luz; a nuvem cobre o monte tal como antes invadia a tenda da reunião; Moisés e Elias, figuras-símbolo da lei e dos profetas, se fazem presentes para atestar que Jesus veio completar a história da salvação. Mateus apresenta plasticamente aquilo que João, mais tarde, iria expressar poeticamente: “A palavra se fez carne, armou sua tenda entre nós e nós vimos sua glória” (Jo 1,14).
Como uma espécie de anúncio pascal antecipado, revelando e confirmando a identidade profunda de Jesus, o filho amado de Deus, o fato da transfiguração antecipa aos olhos dos discípulos a glória do Cristo e os encoraja em sua missão, mas não tira nada da radicalidade do seguimento. Jesus é servo e sua glória passa pela cruz. A palavra de ordem é seguir e ouvir. Neste caminho, há exigências radicais, envolvendo a entrega da própria vida. O relato da transfiguração aponta para o nosso destino vitorioso e nos ensina a não ter medo e a não fugir dos sofrimentos que a nossa missão exige. A glória revelada está em estreita conexão com a obediência à palavra. Escutar a sua palavra passa a ser a forma suprema de adorá-lo e reverenciá-lo. O caminho cristão é um caminho de seguimento e identidade com Jesus, de aprender com ele, de ser filhos no Filho. O discípulo, iluminado pela palavra do Cristo, torna-se um ícone vivo e permanente da glória do Senhor.
Na tradição das Igrejas, os catecúmenos são chamado de “iluminandos”, isto é, os que se deixam transfigurar pela luz que vem de Deus. Paulo aos romanos (Rm 13,11), assumindo este simbolismo batismal, fala da armadura luminosa que o discípulo deve vestir. Não é à toa que, na celebração do batismo, o(a) batizado(a) recebe a luz de Cristo. O símbolo da luz, presente em todas as celebrações da comunidade, aponta para este aspecto de nossa identidade cristã: em Jesus nos tornamos filhos e filhas da luz, para a glória de Deus Pai.

14. CREIO

15. PRECES
Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:
Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.

– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.
– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.
– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

16. COLETA FRATERNA
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta – CD Paulus, Liturgia XIV: Eis o tempo de conversão, faixa 6; Todo o povo sofredor, faixa 13.

17. AÇÃO DE GRAÇAS
Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
[Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].

Quem preside, faz o convite e em seguida diz a oração intercalando com o refrão da assembleia:
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

É prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar
Pois nos dás a cada ano,
a graça de esperar com alegria a santa páscoa.
Tu reabres para nós, nesta quaresma,
a estrada do Êxodo, para que tomemos consciência
de nossa vocação de povo da aliança,
consagrado pelo batismo,
a serviço do teu reino no mundo.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

De coração purificado, entregues à oração
e à prática do amor fraterno,
preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,
que nos deram vida nova
e nos tornaram teus filhos e filhas.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

Derrama sobre nós o teu Espírito,
recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus
por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

18. ABRAÇO DA PAZ
Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.
Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 20).

19. COMUNHÃO
Quem preside diz:
Relembrando de Jesus que, muitas vezes,
reuniu-se com os seus para comer e beber,
revelando que o teu reino havia chegado,
nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
Quem vem a mim nunca mais terá fome
e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)…
– Canto (partilha do pão)
Eis o tempo de conversão, estrofes 1 e 3, H 2, p. 135.

20. ORAÇÃO FINAL
Deus, mãe carinhosa,
em nossa reunião de irmãos e irmãs,
no anúncio da tua palavra
e na partilha da mesma mesa,
revelaste a glória de Jesus.
Assim transfigurados, possamos,
no caminho desta segunda semana da quaresma,
praticar o que nos mandou o Pai
e escutar atentamente a palavra de Cristo,
por quem te pedimos,
na unidade do Espírito Santo. Amém.

21. COMUNICAÇÕES

22. BÊNÇÃO
O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.
Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
Graças a Deus.

Revista de Liturgia Ed 277 – A Palavra, uma possibilidade para a Igreja

Revista de Liturgia Ed 278 – Noite pascal, por todo o ano esperada

Anexos:
AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,
celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

2. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história
que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

3. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,
de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

4. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,
nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

6. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,
e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

Livro Dia Do Senhor Páscoa anos ABC

LOUVAÇÃO – QUARESMA (CD-DS faixa 10)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!

É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.

1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.

2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.

3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.

4. Pois Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.

5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.

6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.

7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.
Quem preside conclui recitando:
Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

LOUVAÇÃO – QUARESMA (CD-DS faixa 12)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!
Quem coordena canta, e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!

1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!

2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!

3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!

4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!

5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!

6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!

7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!

8. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!

9. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!
Quem preside conclui, recitando:
Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

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