RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há propostas de ação de graças com melodia que se encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As músicas indicadas para outros momentos da celebração, são do repertório do Hinário Litúrgico, gravado pelas editora Paulus.
Atenção: as breves introduções às leituras bíblicas não são para serem lidas durante a celebração mas apenas para ajudar quem vai preparar a celebração. A CNBB tem recomendado a não fazer comentário às leituras, certamente para focar a atenção na escuta da própria Palavra, que sendo bem proclamadas, dispensam comentários.

Revista de Liturgia Ed 278 – Noite pascal, por todo o ano esperada

3º DOMINGO DA QUARESMA – Ano A

15 DE MARÇO DE 2020

Domingo da samaritana

CHEGADA

1. REFRÃO MEDITATIVO
É bom confiar em Deus, é bom confiar,
é bom esperar sempre nos Senhor.

2. CANTO DE ABERTURA – Senhor eis aqui o teu povo, H 2, p. 190; Dizei aos cativos: “saí”, H 2, p. 132.
Procissão, levando a cruz e o lecionário.

3. Sinal-da-cruz
Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

4. SAUDAÇÃO
A paz do Senhor esteja com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

5. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA
O(a) animador(a), com breves palavras introduz o sentido do domingo:
Retomando com renovado fervor a graça de sermos filhos e filhas de Deus pelo batismo, tomemos consciência de nossas fragilidades e instabilidades e renovemos nossa confiança na misericórdia do Senhor. É ele quem nos converte e nos reconduz ao caminho, é ele que inscreve em nossos corações a lei do seu Espírito quem nos educa em toda a boa obra.
Se for o caso, alguem da equipe ou a própria assembleia pode lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus na vida do povo.

6. ATO PENITENCIAL
Terminada a recordação da vida, a cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:
Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.
Todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:
Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.
Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.
Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

Revista de Liturgia Ed 275 – A ação de Graças na Celebração dominical da Palavra

7. ORAÇÃO INICIAL
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, fonte de todo bem,
quiseste que dedicássemos este tempo quaresmal
à fraternidade, à oração e à renúncia de nós mesmos.
Olha a nossa fraqueza e converte-nos em teu amor,
para que sejamos recriados para uma vida nova.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

8. PRIMEIRA LEITURA – Êxodo 17,3-7
Escutemos este episódio da estadia do povo de Deus no deserto: o povo consegue escapar das garras do Faraó, liberto da escravidão, enfrenta a dureza do caminho rumo à liberdade e passa pela tentação de voltar atrás. Vendo como Deus se posiciona diante do seu clamor, busquemos uma palavra sobre o sentido do nosso batismo.

9. SALMO RESPONSORIAL – SALMO 95(94) (H 2, p. 62-3)
Com este salmo, peçamos a Deus que nos faça atentos à sua voz, para vencermos a tentação da acomodação e prosseguir na caminhada.

Não fecheis o coração, ouví, hoje, a voz de Deus!

Vinde, exultemos de alegria no Senhor,*
aclamemos o Rochedo que nos salva!
Ao seu encontro caminhemos com louvores,*
e com cantos de alegria o celebremos!

Vinde adoremos e prostremo-nos por terra,*
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,*
as ovelhas que conduz com sua mão.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:*
‘Não fecheis os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,*
apesar de terem visto as minhas obras’.

10. SEGUNDA LEITURA – Romanos 5,1-2.5-8
Paulo nos dá testemunho sobre em que consiste para ele o seguimento de Jesus.

11. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Honra, glória, poder e louvor
a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Na verdade, sois, Senhor, o Salvador do mundo.
Senhor, dai-me água viva a fim de eu não ter sede!

Livro Celebrando o Dia Do Senhor – Celebrando a Páscoa

12. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – João 4,5-42
Por trás deste trecho do evangelho de João que vamos escutar, situam-se alguns preconceitos existentes na sociedade do tempo de Jesus: contra o povo samaritano, considerado supersticioso; contra as mulheres, cujo testemunho não tinha valor; contra as pecadoras públicas. Vendo como Jesus se posiciona, busquemos uma palavra sobre o sentido do nosso batismo.
O(a) leitor(a) se dirige à assembleia com esta saudação:
O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.
Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…
Glória a vós, Senhor.
Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

Livro Dia Do Senhor Páscoa anos ABC

13. HOMILIA
A história dos patriarcas e de suas lutas pela sobrevivência no meio do deserto serve de horizonte para João narrar este encontro de Jesus com a samaritana. Tal como os pais da fé, que ergueram poços e cisternas no deserto e tornaram a vida possível, Jesus é apresentado como o portador de um dom tão precioso como a água. Mas o texto usa, igualmente, outros simbolismos bíblicos, tal como a mulher infiel anunciada pelo profeta Oséias (Os 2), figura do sincretismo e da idolatria religiosa da Samaria, ou as imagens da semeadura e da colheita como figuras do reino de Deus. Tudo isso culmina na profissão de fé que encerra o texto – “Nós cremos e conhecemos que este é realmente o Salvador do mundo” -, onde “crer” e “conhecer” têm a dimensão de experiência profunda de fé.
A samaritana torna-se, assim, símbolo do(a) catecúmeno(a) e do(a) discípulo(a) de Jesus, de quem aceita o dom que o Senhor oferece, e que realiza em seu itinerário aquilo que o Senhor profetiza: aquele que beber da água que eu lhe darei nunca mais terá sede, e a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna. O discípulo torna-se o adorador em espírito e verdade e, exatamente por isso, detentor de um dinamismo missionário e evangelizador, tal como a mulher samaritana que dizia para todos: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz: será que ele não é o Cristo?”. Esta mulher, no início do evangelho, evoca a pessoa de Maria Madalena, que, na manhã da ressurreição, trará para o mundo a boa notícia da páscoa de Cristo.
O batismo, neste domingo, nos é apresentado, não como algo acabado, mas como uma relação a ser construída, tal como o diálogo vivido entre Jesus e a samaritana, que se estende a muitos. Por isso, é melhor dizer que somos batizados, mais do que fomos batizados. Toda celebração que participamos, seja molhando nossas mãos na pia de água benta, seja participando de um rito de aspersão, deixamos que o símbolo da água nos conduza para dentro do mistério do nosso batismo. Ela nos aponta para o espírito que deve animar continuamente a nossa existência batismal: lembremos que, tal como a água, o espírito é derramado. Mergulhados na água – e a palavra “batismo” significa “imersão” e “mergulho” -, somos mergulhados no Cristo, em sua morte e ressurreição, celebrada e realizada em nós em cada assembléia litúrgica.

14. CREIO

15. PRECES

Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:
Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.
– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.
– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.
– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.
Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

16. COLETA FRATERNA
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta – CD Paulus, Liturgia XIV: Eis o tempo de conversão, faixa 6; Todo o povo sofredor, faixa 13.

 

17. AÇÃO DE GRAÇAS
Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
[Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].
Quem preside, faz o convite e em seguida diz a oração intercalando com o refrão da assembleia:

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

É prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar
Pois nos dás a cada ano,
a graça de esperar com alegria a santa páscoa.
Tu reabres para nós, nesta quaresma,
a estrada do Êxodo, para que tomemos consciência
de nossa vocação de povo da aliança,
consagrado pelo batismo,
a serviço do teu reino no mundo.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

De coração purificado, entregues à oração
e à prática do amor fraterno,
preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,
que nos deram vida nova
e nos tornaram teus filhos e filhas.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

Derrama sobre nós o teu Espírito,
recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.
Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.
Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus
por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

18. ABRAÇO DA PAZ
Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.
Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 20).

19. COMUNHÃO
Quem preside diz:
Relembrando de Jesus que, muitas vezes,
reuniu-se com os seus para comer e beber,
revelando que o teu reino havia chegado,
nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
Quem vem a mim nunca mais terá fome
e o que crê em mim nunca mais terá sede.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)...
– Canto (partilha do pão)
Pelo deserto, H 2, p. 172-3; Feliz aquele a quem Deus perdoa, H 2, p. 29.

20. ORAÇÃO FINAL
Ó Deus das promessas,
nesta celebração de irmãos e irmãs,
tua bondade generosa se derramou sobre nós.
Pela energia amorosa do teu Espírito,
guia-nos e conduze-nos nesta terceira semana da quaresma,
para que bebamos sempre da água que é Cristo,
fonte que jorra para a vida plena,
e o anunciemos por nossa vida e palavras.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

21. COMUNICAÇÕES

22. BÊNÇÃO
O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.
Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
Graças a Deus.

ANEXOS:
AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!
O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,
celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

2. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história
que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

3. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,
de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

4. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,
nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

6. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,
e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)
T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

LOUVAÇÂO – QUARESMA (CD-DS faixa 10)
O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!
É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.
1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.
2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.
3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.
4. Pois Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.
5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.
6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.
7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.
Quem preside conclui recitando:
Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:
Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

LOUVAÇÂO – QUARESMA (CD-DS faixa 12)
O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!
Quem coordena canta, e a assembleia repete:
É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!
1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!
2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!
3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!
4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!
5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!
6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!
7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!
8. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!
9. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!
Quem preside conclui, recitando:
Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

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