RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

 

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há propostas de ação de graças com melodia que se encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As músicas indicadas para outros momentos da celebração, são do repertório do Hinário Litúrgico, gravado pelas editora Paulus. 

Atenção: as breves introduções às leituras bíblicas não são para serem lidas durante a celebração mas apenas para ajudar quem vai preparar a celebração. A CNBB tem recomendado a não fazer comentário às leituras, certamente para focar a atenção na escuta da própria Palavra, que sendo bem proclamadas, dispensam comentários. 

Revista de Liturgia Ed 278 – Noite pascal, por todo o ano esperada

5º DOMINGO DA QUARESMA  – Ano A

29 DE ABRIL DE 2020

Domingo da ressurreição de Lázaro.

 

1. REFRÃO MEDITATIVO

É bom confiar em Deus, é bom confiar,

é bom esperar sempre nos Senhor.

 

RITOS INICIAIS

 

2.CANTO DE ABERTURA – Fiquei foi contente, H 2, p. 53.

Procissão, levando a cruz e o lecionário.

 

3. Sinal-da-cruz 

Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

 

4. SAUDAÇÃO

A paz do Senhor esteja com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

 

5. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA 

O(a) animador(a), com breves palavras introduz o sentido do domingo:

Entremos nesta celebração com íntima gratidão pela graça que nos acompanhou ao longo desta quaresma, purificando nossos corações e revigorando nossa fé em Jesus, na prática do evangelho.

Se for o caso,  alguem da equipe ou a própria assembleia pode  lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus na vida do povo.

 

6. ATO PENITENCIAL

Terminada a recordação da vida, a cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:

Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.

Todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:

Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

 

7. ORAÇÃO INICIAL

Oremos ao Senhor… [breve silêncio]

Senhor, nosso Deus,

dá-nos a graça de caminhar com alegria

no mesmo amor que levou teu filho

a entregar sua vida pela salvação da humanidade.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

8. PRIMEIRA LEITURA : Ezequiel 37,12-14

Os hebreus estavam exilados e viviam um grande pessimismo em relação ao futuro. Escutando a profecia de Ezequiel em meio a esta situação, procuremos uma palavra de Deus para os nossos desânimos e nossas indiferenças.

 

9. SALMO RESPONSORIAL 130(129) 

Com este salmo, gritamos a Deus das profundezas de nosso pecado, contemplando a salvação que vai-se realizando em nós gratuitamente.

No Senhor, toda graça e redenção!

Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,

escutai a minha voz!

Vossos ouvidos estejam bem atentos

ao clamor da minha prece!

Se levardes em conta nossas faltas,

quem haverá de subsistir?

Mas em vós se encontra o perdão,

eu vos temo e em vós espero.

No Senhor ponho a minha esperança,

espero em sua palavra.

A minh’alma espera no Senhor

mais que o vigia pela aurora.

Espere Israel pelo Senhor

mais que o vigia pela aurora.

Ele vem libertar a Israel

de toda a sua culpa.

 

10. SEGUNDA LEITURA : Romanos 8,8-11

Vejam como Paulo, escrevendo aos romanos, mostra que Jesus cumpriu a profecia de Ezequiel que escutamos na primeira leitura.

 

11. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

Honra, glória, poder e louvor

a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Eu sou a ressurreição, eu sou a vida.

Quem crê em mim não morrerá eternamente.

Revista de Liturgia Ed 275 – A ação de Graças na Celebração dominical da Palavra

12. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO : João 11,1-45

No tempo de Jesus, já era espalhada a crença na ressurreição dos mortos no final dos tempos. Mas ressuscitar os mortos, aqui e agora, era inesperado. Vendo a promessa e a ação de Jesus, acolhamos a boa notícia que este evangelho traz para nós.

 

O(a) leitor(a) se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

 

13. HOMILIA 

João estruturou de tal forma o seu evangelho que a narração da ressurreição de Lázaro ocupa o lugar do sétimo e último sinal onde Jesus manifesta a glória de Deus e realiza sua missão de dar vida ao mundo. As cenas estão cheias de alusões a esta passagem: dia e noite, luz do dia e luz da fé, dormir e morrer, vida e morte. O uso da frase “eu sou”, lembrando a revelação de Deus a Moisés na sarça ardente, expressa que, neste gesto de restituir a vida aos que são seus, Jesus torna-se a nova revelação do amor de Deus ao seu povo. Ao mesmo tempo, a ressurreição de Lázaro prefigura a ressurreição de Jesus. Note-se, por exemplo, o simbolismo dos panos e dos três dias. Paradoxalmente, este episódio da ressurreição de Lázaro torna-se o pretexto da morte de Jesus, tornando-se, assim, a introdução narrativa da sua paixão. O texto alcança o seu ponto alto, tal como nas narrativas da samaritana e do cego de nascença, na profissão de fé. É Marta quem se faz porta-voz de toda a comunidade dos fiéis ao proclamar: “Sim, Senho,eu creio que és o Messias, aquele que devia vir ao mundo”.

A ressurreição de Lázaro é parábola do caminho catecumenal e, consequentemente, da vida do discípulo(a), chamado(a) a passar do medo da morte para a liberdade de filho e filha de Deus. Não se trata apenas de um caminho intelectual ou de uma crença, mas de uma passagem total e de uma mudança de condição. A vida do batizado implica rupturas e mudanças radicais com determinadas práticas de vida, ao mesmo tempo em que ele é inserido numa nova comunidade de vida. A figura de Lázaro, preso dentro do sepulcro e amarrado em faixas, torna-se, assim, o protótipo do discípulo que, ao chamado de Jesus, precisa sair do seu mundo – e o sepulcro é uma imagem muito forte disto – para ganhar a vida. Neste processo, intervêm dois atores fundamentais. Em primeiro lugar, é claro, o próprio Cristo, que age e intercede junto do Pai e que, ao seu chamado, traz o morto para a vida. Mas também a comunidade, que avisa o Senhor do acontecido, que professa sua fé e que, por fim, desamarra o próprio Lázaro. Este último gesto é sinal da ação comunitária que contribui na caminhada de conversão e mudança dos seus membros.

Esta passagem da morte à vida – e Jesus é bem claro ao responder a Marta, que sua promessa de ressurreição é para hoje – se cumpre no aqui e no agora da vida da comunidade reunida na liturgia. A ressurreição e a vida não são apenas esperanças que portamos para o futuro, mas realidades que atuam em nossas vidas e relações, das quais participamos desde agora. A celebração deste quinto domingo da quaresma, onde, por antiga tradição, se procede à última purificação daqueles que receberão os sacramentos da iniciação na páscoa, é ela mesma um sinal desta ação de Jesus que intercede ao Pai e nos chama à vida. Ao mesmo tempo, a comunidade dos crentes, retomando a profissão de fé de Marta, torna-se também ela um sinal sacramental da ressurreição de Jesus, preparando-se, todavia, para celebrar a paixão do Senhor.

 

14. CREIO 

 

15. PRECES

Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:

Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.

– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.

– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.

– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

Livro Celebrando o Dia Do Senhor – Celebrando a Páscoa

16.  COLETA FRATERNA 

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta – CD Paulus, Liturgia XIV: Eis o tempo de conversão, faixa 6; Todo o povo sofredor, faixa 13.

 

17. AÇÃO DE GRAÇAS

Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

[Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].

Quem preside, faz o convite e em seguida diz a oração intercalando com o refrão da assembleia:

 

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

 

É prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar

Pois nos dás a cada ano,

a graça de esperar com alegria a santa páscoa.

Tu reabres para nós, nesta quaresma,

a estrada do Êxodo, para que tomemos consciência

de nossa vocação de povo da aliança,

consagrado pelo batismo,

a serviço do teu reino no mundo.

 

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

 

De coração purificado, entregues à oração

e à prática do amor fraterno,

preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,

que nos deram vida nova

e nos tornaram teus filhos e filhas.

 

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

 

Derrama sobre nós o teu Espírito,

recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

 

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

 

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

18. ABRAÇO DA PAZ

Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 20).

Livro Dia Do Senhor Páscoa anos ABC

19. COMUNHÃO

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes,

reuniu-se com os seus para comer e beber,

revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

 

– Canto (partilha do pão)

Eu vim para que todos tenham vida, H 2, p. 142.

 

20. ORAÇÃO FINAL

Deus da vida,

que, nesta celebração,

nos arrancaste das forças da morte

e nos colocaste no caminho da vida,

dá-nos a graça de prosseguirmos com firmeza

nossa caminhada pascal,

para que sejamos contados

entre os membros de Cristo.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

21. COMUNICAÇÕES 

 

22. BÊNÇÃO

O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.

Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

Graças a Deus.

 

ANEXOS

AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

2. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história

que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

3. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,

de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

4. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,

nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

6. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA    (CD-DS faixa 10)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!

É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.

1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.

2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.

3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.

4. Pois  Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.

5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.

6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.

7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.

Quem preside conclui recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA  (CD-DS faixa 12)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!

Quem coordena canta, e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!

1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!

2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!

3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!

4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!

5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!

6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!

7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!

6. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!

7. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!

Quem preside conclui, recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

 

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