RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As músicas indicadas para outros momentos da celebração, são do repertório do Hinário Litúrgico, gravado pelas editora Paulus.
Atenção: as breves introduções às leituras bíblicas não são para serem lidas durante a celebração mas apenas para ajudar quem vai preparar a celebração. A CNBB tem recomendado a não fazer comentário às leituras, certamente para focar a atenção na escuta da própria Palavra, que sendo bem proclamadas, dispensam comentários.

DOMINGO DO AMOR AOS INIMIGOS E DA SANTIDADE DO PAI
7º domingo do tempo comum – ano a
23 de fevereiro de 2020

1. REFRÃO MEDITATIVO
Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.
Louvarei a Deus, a vida nos conduz.

2. CANTO DE ABERTURA – Confiei em teu amor, H 3, p. 121.
Procissão, com a cruz e o lecionário

3. SINAL-DA-CRUZ
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

4. SAUDAÇÃO
A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

5. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA
O(a) animador(a), com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo:
Acolhendo a palavra que o Senhor dirige aos seus discípulos no alto da montanha, somos chamados a amar os nossos inimigos e a ser santos como o Pai do céu é santo.
Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta na luta de todas as pessoas e grupos que testemunham um amor e um perdão sem limites para com todos e comprometem-se com a causa da justiça.
Se for o caso convida a assembleia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus na vida pessoal, na comunidade, no mundo…

6. ATO PENITENCIAL
De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão:
Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

7. GLÓRIA

8. ORAÇÃO INICIAL
Ó Deus, mãe de ternura e compaixão,
dá-nos a graça de sempre conhecer
o que é agradável aos teus olhos
e realizar a tua vontade em nossas palavras e ações.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

9. PRIMEIRA LEITURA – Levítico 19,1-2.17-18
O povo de Israel, no decorrer de sua história, foi organizando coleções de mandamentos e leis que o ajudassem a viver a aliança com Deus. Uma dessas coleções se chamava “lei de santidade”. Escutemos o que contém.

10. SALMO RESPONSORIAL 103(102) (H 3, p. 134-5)
Neste salmo, peçamos que o Espírito se una ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos e filhas de Deus.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
pois ele é bondoso e compassivo!

Bendize, ó minha alma, ao Senhor
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas,
nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.

11. SEGUNDA LEITURA – 1Coríntios 3,16-23
No trecho que vamos escutar, Paulo encerra a exposição dos motivos doutrinários que o levam a condenar a divisão da comunidade de Corinto.

12. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO – (H 3, p. 211-2)
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (bis)
Ó Senhor, tuas palavras
são espírito e vida,
as palavras que tu dizes
bem que são de eterna vida.

13. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – Mateus 5,38-48
Neste domingo, continuamos a escutar o sermão da montanha, a interpretação que Jesus faz do mandamento do “olho por olho e dente por dente” e do amor ao próximo.
O(a) leitor(a) se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós.
Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

Revista de Liturgia Ed 277 – A Palavra, uma possibilidade para a Igreja

14. HOMILIA – Dicas para preparar a homilia:
Jesus interpreta a lei, buscando e propondo aos discípulos os valores que ela defende, muito mais do que a simples execução da norma. Hoje ele se refere a dois mandamentos: a lei do dente por dente e o amor aos inimigos.
O primeiro é a lei de talião, que previa uma pena proporcional ao dano causado (Ex 21,23-24). Visava evitar vinganças exageradas, colocando um freio à espiral da violência. Jesus exorta seus seguidores a se absterem até mesmo do que é permitido pela lei, e assim interromperem totalmente o ciclo de vingança.
O segundo mandamento, sobre o amor aos inimigos, retoma a tradição conhecida em Levítico 19,17-18 que manda “não guardar rancor contra os concidadãos”. Jesus radicaliza esta tradição e propõe aos discípulos que amem não só os membros de seu grupo, mas até mesmo os inimigos. Essa nova exigência baseia-se não na natureza humana. De fato, não é fácil amar os inimigos; a tendência natural do ser humano é guardar ódio do inimigo. Por isso, não bastam motivações psicológicas; são necessárias razões teológicas: sermos bons como Deus é bom. A palavra final deste evangelho é justamente esta: “Sede perfeitos como o Pai de vocês é perfeito”.
Com estes dois mandamentos, Jesus propõe não a resignação ou a indiferença diante da violência e da injustiça, mas uma resistência ativa, não violenta. O que desarma o inimigo é o amor, não a passividade ou a indiferença. O evangelho de hoje retoma as bem-aventuranças dos que promovem a paz, recordando a nossa vocação de construtores da paz.
Não podemos buscar esta meta sozinhos(as). A comunidade é o ambiente favorável que nos lembra constantemente esta vocação. Cada um(a) de nós é responsável por criar este ambiente espiritual, no qual não serve a lógica da competição e da luta pelo poder. Imitar a integridade de Deus é justamente buscar qualidade interior e uma conduta de vida capaz de modificar o lugar onde habitamos.
Na liturgia somos a assembleia dos que foram santificados por Deus. Não porque sejamos pessoas boas, puras, perfeitas, mas porque Deus, que é perfeito, nos agraciou e nos chama a imitar a sua santidade.

15. CREIO

16. PRECES
Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai. Vamos nos unir à sua prece, dizendo:

Escuta-nos, Senhor.
– Ó Cristo, renova as comunidades cristãs na força do teu Espírito, para que testemunhem no mundo a paz e a unidade.
– Ó Cristo, amigo dos pobres, reúne os que estão dispersos e sem orientação, sustenta os abandonados, nós te pedimos.
– Liberta, Senhor, os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas, ouve o clamor do teu povo que sofre.
Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende, as nossas preces e guia-nos em teus caminhos, tu que és nosso irmão e nosso Salvador. Amém.

16. COLETA FRATERNA
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta:
Onde reina o amor, fraterno amor, / onde reina o amor, Deus aí está.
Ou:
Quem disse que não somos nada,
que não temos nada para oferecer:
repare nossas mãos abertas,
trazendo as ofertas do nosso viver.

17. AÇÃO DE GRAÇAS
Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
[Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

Quem preside, faz a oração intercalando com o canto da assembleia [ou canta a que está no final deste roteiro]:

Nós te damos graças, ó Deus da vida,
porque neste dia santo de domingo
nos acolhes na comunhão do teu amor
e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus.

Nós te damos muitas graças, de rogamos, ó Senhor.

Esta comunidade aqui reunida
recorda a vitória de Jesus sobre a morte,
escutando a sua Palavra e dando graças,
na esperança de ver o novo céu e a nova terra,
onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,
e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

Nós te damos muitas graças, de rogamos, ó Senhor.

Com Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus
para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,
nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

Nós te damos muitas graças, de rogamos, ó Senhor.

Envia sobre nós o teu Espírito,
apressa o tempo da vinda do teu reino,
e recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,
por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

18. ABRAÇO DA PAZ

Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!
Não havendo comunhão, passa-se daqui para a oração final, n. 20.

19. RITO DA COMUNHÃO
Quem preside tomando nas mãos o prato com as hóstias diz:
Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede”.
Mostrando o pão consagrado:
Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)…
Se amam somente quem ama a vocês, H 3, p. 248-9; Se eu não tiver amor, H 3, p. 370.
Silêncio… quem preside conclui com a oração:

20. ORAÇÃO FINAL
Recebemos, Senhor, tua misericórdia
em cada momento da celebração.
Que ela se estenda por toda esta semana que se inicia
para que possamos renovar nossas relações,
e sermos, em toda a verdade,
santos e misericordiosos como tu.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

21. COMUNICAÇÕES

22. BÊNÇÃO
O Senhor nos abençoe e nos guarde. Amém.
O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos seja favorável. Amém.
O Senhor dirija para nós o seu rosto e nos dê a paz. Amém.
Abençoe-nos o Pai, e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
A alegria do Senhor seja a nossa força. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
Graças a Deus.

Livro Dia do Senhor Rito da Celebração da Palavra

ANEXO
ACÃO DE GRAÇAS
CD comep ação de graças no Dia do Senhor – faixa 18
Este canto substitui a oração de ação de graças n. 17

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

1. Para nós é um prazer
bendizer-te, ó Senhor,
celebrar o teu amor
por Jesus teu bem-querer!

2. Te louvamos, ó Senhor,
pelo céu e pelos mares,
Pela terra e pelos ares,
criação do eterno amor!

3. Te louvamos, ó Senhor,
pela nossa humana história,
que revela tua glória,
teu poder libertador. (bis)

4. Te louvamos, ó Senhor,
por Jesus teu Filho amado
Entre nós ressuscitado
do Reino servidor.

5. Teu Espírito congregue
tudo quanto está disperso;
tua Igreja em vida e verso
o teu reino manifeste!

6.Finalmente a nossa boca,
inspirada por teu Filho,
e seguindo o seu ensino,
o teu santo nome invoca:
T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

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