Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido de cor roxa a bíblia, a cruz, uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.

  1. ABERTURA
  • Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
  • Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
  • Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)
    glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)
  • Ao Senhor voltemos, bem de coração, (bis)
    que ele nos converta pelo seu perdão! (bis)
  1. RECORDAÇÃO DA VIDA
    A pessoa que coordena com breves palavras, introduz o sentido da celebração:
    Alegremo-nos! A Páscoa está próxima. Abandonemos tudo o que é sombra em nossas vidas. Deus é nossa luz, nele encontramos de novo o brilho do seu amor que nos iluminou no batismo e indica o caminho a seguir.
  2. SALMO 27(26)
    Cantando este salmo façamos memória da presença de Deus em nossas vidas, agradeçamos por ele nos socorrer em tantos momentos da nossa vida.
    Um homem chamado Jesus,
    Fez barro e ungiu os meus olhos.
    Eu fui me lavei e estou vendo!
    Eu fui me lavei e estou vendo!
  3. O Senhor é minha luz e salvação;
    De quem eu terei medo?
    O Senhor é a proteção da minha vida;
    Perante quem eu tremerei?
  4. Quando avançam os malvados contra mim
    Querendo devorar-me.
    São eles inimigos, opressores,
    Que tropeçam e sucumbem.
  5. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa
    E é isso que eu desejo;
    Habitar no santuário do Senhor
    Por toda a minha vida
  6. Pois um abrigo me dará sob o seu teto
    Nos dia da desgraça;
    No interior de sua tenda há de esconder-me
    E proteger-me sobre a rocha.
    Oração silenciosa e repetição
  7. ORAÇÃO DO DIA
    Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
    Ó Pai, fonte de luz e de vida,
    por teu filho Jesus Cristo,
    reconciliaste a humanidade dividida.
    Arranca de nós toda a sombra de tristeza
    e liberta-nos totalmente,
    para que caminhemos cheios de alegria
    para as festas pascais que se aproximam.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  8. LEITURA DO EVANGELHO – João 9,1-24. 35-41
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
    Naquele tempo, 1ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. 2Os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?” 3Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele. 4É necessário que nós realizemos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, em que ninguém pode trabalhar. 5Enquanto estou no mudo, eu sou a luz do mundo”. 6Dito isto, Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. 8Os vizinhos e os que costumavam ver o cego – pois ele era mendigo – diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!” 10Então lhe perguntaram: “Como é que se abriram os teus olhos?” 11Ele respondeu: “Aquele homem chamado Jesus fez lama, colocou-a nos meus olhos e disse-me: ‘Vai a Siloé e lava-te’. Então fui, lavei-me e comecei a ver”. 12Perguntaram-lhe: “Onde está ele?” Respondeu: “Não sei”. 13Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!” 16Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?” 17E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta.” 18Então, os judeus não acreditaram que ele tinha sido cego e que tinha recuperado a vista. Chamaram os pais dele 19e perguntaram-lhes: “Este é o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que ele agora está enxergando?” 20Os seus pais disseram: “Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. 21Como agora está enxergando, isso não sabemos. E quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Interrogai-o, ele é maior de idade, ele pode falar por si mesmo”. 22Os seus pais disseram isso, porque tinham medo das autoridades judaicas. De fato, os judeus já tinham combinado expulsar da comunidade quem declarasse que Jesus era o Messias. 23 Foi por isso que seus pais disseram: “É maior de idade. Interrogai-o a ele”. 24Então, os judeus chamaram de novo o homem que tinha sido cego. E expulsaram-no da comunidade. 35Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” 36Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. Exclamou ele: 38″Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus. 39Então, Jesus disse: “Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não veem, vejam, e os que veem se tornem cegos”. 40Alguns fariseus, que estavam com ele, ouviram isto e lhe disseram: “Porventura, também nós somos cegos?” 41Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece”.
  1. MEDITAÇÃO
    A tensão em que as comunidades do quarto Evangelho viviam junto às autoridades religiosas judaicas pode ter influenciado a construção desta narrativa sobre o encontro de Jesus com o cego de nascença.
    Jesus viu passar um cego de nascença. Os discípulos perguntaram: quem pecou, ele ou seus pais? “Nem ele, nem seus pais”. O olhar dos discípulos opõe-se ao olhar solidário de Jesus. Enquanto os discípulos têm sobre o cego um olhar culpabilizante, Jesus, vê na sua limitação uma oportunidade de manifestar a ação de Deus.
    A cura do cego é uma imagem da iluminação batismal que é progressiva: primeiro, o cego chama Jesus de homem; depois, de profeta; finalmente, de Senhor. O itinerário percorrido pelo cego deixa transparecer o processo iniciático da comunidade, em seu progressivo caminho de adesão a Jesus.
    No centro deste domingo da Quaresma está o tema da ILUMINAÇÃO que coincide com o itinerário de iniciação cristã que culmina no batismo. A iniciação cristã começa com um encontro com Jesus, pelo qual se chega a uma adesão de fé nele. Como na experiência do cego, há dificuldades que a pessoa deve enfrentar até proferir a fé de modo pessoal e profundo.
    O batismo é dom gratuito da parte de Deus, não depende da nossa aparência. Ao mesmo tempo não acontece sem a nossa efetiva participação, que inclui reconhecer a cegueira, até mergulhar na água e ser ungido pelo Espírito. Tampouco o batismo é um ponto de chegada; é, antes, início de um caminho, que deve evoluir, mediante a participação nos mistérios na oração da comunidade. O ato de celebrar a cada domingo nos coloca na dinâmica dessa progressiva passagem das trevas para a luz, e nos faz retomar de novo o caminho da nossa iluminação batismal, para dar frutos de bondade, justiça e verdade.
  2. Preces
    Recordando, neste domingo, a iluminação do cego, invoquemos ao Pai com toda a confiança, orando:
    Dá-nos, Senhor, a tua luz.
  • Para que as comunidades cristãs que se reúnem neste domingo tomem consciência de sua condição batismal, se deixem conduzir pela luz de Jesus e produza frutos de bondade, oremos.
  • Pelos evangelizadores e catequistas de nossas comunidades, para que o seu ensino leve as pessoas a um encontro pessoal com Jesus, oremos.
  • Para que se multipliquem as pesquisas e iniciativas em favor dos que são atingidos pela deficiência visual, oremos.
    Preces espontâneas…
    Ó Deus, que suscitaste em nós o desejo da oração comum, ilumina nossas vidas enquanto esperamos, na alegria, a santa Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  1. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
    Ó Deus do universo,
    plantaste no mais profundo de nós o teu Espírito
    Vem em nosso socorro,
    transforma nossa mesquinhez em generosidade,
    nossa esterilidade em frutos de paz e justiça.
    E o universo inteiro,
    salvo pela paixão de Cristo e renascido na sua Páscoa,
    cantará para sempre o teu amor,
    Deus Santo, forte e imortal,
    bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
  2. BÊNÇÃO
    O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a Páscoa da ressurreição. Amém.
    Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA

  • Estando todos/as em torno da mesa , quem preside faz a oração:
    Em nome do Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
    Ó Deus, nós te bendizemos pelo pão nosso de cada dia, fruto do trabalho e da generosidade da tua bondade. Faze que neste comer e beber em fraterna comunhão, experimentemos a presença de Jesus teu Filho amado e a força do Espírito que faz novas todas as coisas. A ti a glória e o louvor. Amém.

Roteiro feito por: Penha Carpanedo, pddm. Desenho: Kelly de Oliveira

Baixe os áudios que estão no roteiro

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