14/06/2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Êxodo 19,2-6a; Salmo 100 (99); Romanos 5,6-11; Mateus 9,36-10,8
O evangelho está situado no final de uma parte narrativa, que mostra as ações de Jesus como sinais do Reino (8 e 9), e no início do discurso missionário (10). Começa descrevendo a compaixão de Jesus pelo povo, comparado como ovelhas sem pastor (9,36). Como no passado, Jesus constata que faltavam lideranças comprometidas com o Reino para conduzir o povo no caminho da justiça, amor e solidariedade. A necessidade do trabalho missionário é realçada através da imagem da colheita abundante que precisa de muitos trabalhadores (9,37). A comunidade é convidada a rezar antes de empreender a tarefa de anunciar o evangelho (9,38). Jesus chama doze discípulos (10,1), ou apóstolos (10,2 = enviado) para a missão, completando o grupo que já havia iniciado (4,18-22; 9,9). O número doze é símbolo de totalidade, pois recorda o povo organizado nas doze tribos da aliança. Indica que todos são chamados a evangelizar. Os discípulos são enviados com a autoridade de Jesus para expulsar as forças do mal e curar as enfermidades do povo. Eles são motivados a trabalhar com amor desinteressado, com gratuidade: “De graça recebestes, de graça deveis dar” (10,8). A 1ª leitura realça a gratuidade do amor e da graça de Deus, pois ele toma a iniciativa de realizar uma aliança com seu povo no Sinai. Deus conduz o povo ao longo da história, carregando-o sobre suas asas como uma águia (v.4). O povo é propriedade pessoal de Deus, reino sacerdotal, nação santa, na medida em que vive em comunhão com ele mediante sua palavra e serviço (vv.5-6). A 2ª leitura destaca que o amor gratuito de Deus foi manifestado de modo especial através da vida, morte e ressurreição de Cristo. Reconciliados e salvos em Cristo, os cristãos são chamados a realizar a missão com esperança, testemunhando a

2. Atualizando
Como no tempo de Jesus, a realidade de hoje mostra que há multidões abatidas como ovelhas sem pastor. Alicerçados pela palavra e exemplo de Cristo, somos chamados a exercer a missão com misericórdia e compaixão, colaborando na restauração da dignidade, da vida plena das pessoas. Transformados pelo amor e graça de Deus, formamos um povo sacerdotal e santo, destinado a proclamar o Reino pelo testemunho, palavras e ações concretas.

3. A palavra de Deus na celebração
Por Cristo, Deus nos chama das trevas à luz incomparável e nos faz passar do pecado e da morte à glória de sermos sacerdócio régio e nação santa (prefácio tempo comum, I). Nele somos um povo sacerdotal que oferece ao Pai o sacrifício de adoração e louvor e manifesta às multidões cansadas e abatidas, a compaixão de Deus.

4. Dicas e sugestões
Pode ser realizada a renovação das promessas batismais, reafirmando o compromisso profético, sacerdotal e real. (Outras sugestões vejam no Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades, tempo comum, Ano A, p. 123-129).

 

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

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Revista de Liturgia Edição 279 – No templo de suas casas: um povo sacerdotal

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