21 de junho de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Jeremias 20,10-13; Salmo 69 (68); Romanos 5-12-15; Mateus 10,26-33
O texto do evangelho faz parte do discurso missionário e mostra que os discípulos enfrentam dificuldades, sofrimentos e perseguições, a exemplo de seu mestre Jesus. Eles são consolados e exortados por Jesus a não temer, perseverando firmes na missão a que foram chamados e enviados. A expressão “não tenham medo”, repetida três vezes (vv.26.28.31), reforça a idéia de que é preciso ter coragem para exercer a missão com fidelidade. Como no passado, ela assegura a ajuda de Deus para enfrentar os desafios da caminhada. Por isso, ao invés do medo, que paralisa e leva a abandonar a fé, os discípulos têm a tarefa de proclamar a mensagem do Reino de Deus revelada por Jesus. Eles são chamados a testemunhar a fé em Jesus Cristo de forma clara como a luz do dia, proclamando-a abertamente a todos (v.27). O projeto de Deus não pode ser destruído pelos opositores. Não há o que temer, senão o próprio medo que faz a pessoa fugir da autenticidade da vida. Deus cuida de modo especial dos que entregam a vida pela causa do seu Reino. Os que confessam Jesus Cristo o terão por defensor, por advogado diante do Pai (v.32). Jesus é solidário com aqueles que continuam sua missão, anunciando o evangelho com fé destemida e dando testemunho com a própria vida. A 1ª leitura mostra que o profeta Jeremias mantém firme sua fé e confiança em meio aos sofrimentos e perseguições. Rejeitado e abandonado por causa da missão profética de arrancar, demolir, construir, plantar (1,10), ele encontra a salvação no Deus, “que liberta a vida do pobre da mão dos perversos” (20,13). A 2ª leitura destaca a salvação de Deus derramada sobre a humanidade pecadora através de Jesus Cristo. Libertos do pecado que escraviza, somos chamados a viver a vida nova do amor e da graça de Deus em Cristo.

2. Atualizando
O medo não deve impedir a proclamação aberta da mensagem do evangelho. Como seguidores de Jesus Cristo, devemos anunciar o Reino de Deus de forma profética, procurando ser coerentes com a fé que professamos. Jeremias e os discípulos das primeiras comunidades cristãs nos ensinam a confiar na salvação de Deus e a nos tornar defensores e promotores da vida na realidade atual, que continua silenciando a voz de seus profetas.

3. A palavra de Deus na celebração
A palavra de Deus arranca de nós todo medo que nos paralisa e nos reveste de coragem e confiança no Senhor, que cuida com carinho de cada um de nós.
Celebrando o mistério da morte e ressurreição de Jesus somos fortalecidos pelo Espírito que nos confirma e fortalece no caminho do discipulado. Em comunidade reunida ao redor da mesa da palavra e da eucaristia, renovamos a missão de sermos testemunhas de Jesus Cristo no universo.

4. Dicas e sugestões
No momento das preces, rezar a ladainha dos mártires. Na homilia recordar projetos missionários, principalmente em situações de conflitos. (Outras sugestões vejam no Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades, tempo comum, Ano A, p. 131-137).

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

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Revista de Liturgia Ed 279 – No templo de suas casas: um povo sacerdotal

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