11 de agosto de 2019

Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

  1. Aprofundando os textos bíblicos: Sabedoria 18,6-9; Salmo 33 (32); Hebreus 11,1-2.8-19; Lucas 12,32-48

Jesus tranquiliza a pequena comunidade dos discípulos diante da grande missão: Não tenhas medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar a vós o Reino.  O compromisso radical com o Reino se manifesta na partilha dos bens e na caridade, a fim de buscar somente o tesouro guardado junto a Deus. As parábolas mostram a necessidade de permanecer na vigilância, como atitude de fidelidade no serviço e meio de perceber os sinais da salvação em cada momento.  Os servos devem estar sempre prontos para acolher o Senhor, como os que esperam vigilantes a volta do patrão da festa de casamento (12,35-38). A prontidão é simbolizada pela imagem das vestes compridas, acomodadas à cintura para facilitar o trabalho ou a viagem (Ex 12,11).  Felizes os servos que o Senhor encontrar acordados, com os rins cingidos pelo amor solidário e as lâmpadas acesas pela esperança. Os que permanecem fiéis sentam-se à mesa e são servidos pelo Senhor com o dom gratuito da salvação. A imagem do administrador sensato e fiel (12,42-43) ensina a cuidar dos bens confiados por Deus. A responsabilidade é atribuída aos líderes da comunidade, como indica a pergunta de Pedro, mas também a cada pessoa (12,41.47-48). Trata-se de corresponder à vontade do Senhor com uma atitude de espera ativa até a realização plena do Reino. Na 1ª leitura, a memória do Êxodo e da ação libertadora de Deus sustenta a fé e renova a esperança de salvação. Enquanto aguarda a realização plena das promessas feitas aos pais, o povo celebra a ceia pascal e entoa hinos, provavelmente o Hallel (Sl 113-118). O salmo ressalta que o olhar do Senhor vigia sobre quem o teme e espera na sua graça. Abraão é a grande testemunha de fé, pois abandonou as próprias seguranças para confiar somente em Deus, não hesitando em sacrificar Isaac, a promessa de uma descendência numerosa (2ª leitura).

 

  1. Atualizando

Jesus convida a assumir uma atitude de vigilância no serviço ao Reino, o tesouro que dá sentido à vida e a missão. Encorajados pelo Deus da vida e amor, somos impulsionados a manter viva a esperança, utilizando os bens sem egoísmo e dominação.

 

  1. A palavra de Deus na celebração

Neste domingo, Jesus continua instruir seus discípulos e fala sobre o verdadeiro tesouro. Este tesouro os ladrões não roubam e nem a traça corrói. É preciso centrar o coração no essencial – o Reino de Deus, pois onde está o tesouro estará também o coração. Para conseguir esta atitude é preciso constante vigilância: rins cingidos e lâmpadas acesas.

Entre irmãos e irmãs, nesta celebração repartimos o pão da vida, sacramento do tesouro que dá razão à nossa esperança em meio aos desafios da vida.

 

  1. Dicas e sugestões

Hoje é dia dos pais. Alguns pais poderiam acompanhar a procissão de abertura, com velas acesas, expressando a atitude de vigilância. Um pai pode conduzir o Evangeliário, chegando à frente coloca-o sobre o altar.

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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