Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui
no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

4º DOMINGO DA QUARESMA ANO A
22 de Maço de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: 1Samuel 16,1b.6-7.10-13a; Salmo 23 (22); Efésios 5,8-14; João 9,1-41
No evangelho, a cura do cego de nascença é um sinal que glorifica a obra do Pai mediante a ação do Filho Jesus. A cegueira, a doença não é consequência do pecado. Jesus fixa o olhar sobre o cego e o unge com barro, dando-lhe a ordem para ir lavar-se na piscina de Silóe (= enviado). Obediente à palavra, o cego mergulha na água do Enviado do Pai e renasce para uma nova existência. Os vizinhos, acostumados com o cego vivendo na mendicância, não conseguem entender a transformação. O cego, despertado pelo encontro com Jesus, assume sua própria identidade. “Fui, lavei-me e comecei a ver” (v.11). Ele progride no conhecimento e experiência de Cristo até chegar a “crer no Filho do Homem” (v.35). Por causa da profissão de fé em Cristo, o Filho de Deus, do testemunho radical do evangelho, o cego enfrenta dificuldades. Expulso da sinagoga, ele representa a situação dos cristãos, separados da comunidade judaica por volta do ano 85 d.C. No fim do século I, quando foi composto o evangelho de João, os cristãos eram perseguidos e oprimidos especialmente pelo império romano. Em meio a uma realidade de dor e exclusão, os cristãos fundamentam sua identidade em Jesus, como o Filho do Homem. O encontro com Jesus, com sua presença reveladora, ilumina o caminho da fé: “Eu creio, Senhor!”. O cego adora a Deus presente em Jesus Cristo. Quem não acolhe os sinais da salvação de Deus manifestados em Jesus, a luz do mundo, é o verdadeiro cego. Na 1ª leitura, Davi é ungido rei, embora não fosse o filho primogênito. Deus toma a iniciativa de conduzir a história, escolhendo pessoas para serem seus instrumentos, sem levar em conta os méritos. A 2ª leitura salienta a necessidade de viver como filhos da luz, produzindo frutos de bondade, justiça e verdade. Convida a despertar do sono da morte espiritual para viver uma vida nova, impregnada da luz do Senhor ressuscitado.

Revista de Liturgia Ed 277 – A Palavra, uma possibilidade para a Igreja

Revista de Liturgia Ed 278 – Noite pascal, por todo o ano esperada

 

2. Atualizando
Como o cego, é necessário percorrer o caminho para chegar à luz da fé em Cristo. É preciso mergulhar na graça, na água do Enviado do Pai, para ser testemunha autêntica do evangelho. Guiados pela presença do Senhor, não temeremos passar por vales tenebrosos, por adversidades.

3. A palavra de Deus na celebração
Hoje, juntamente com o cego de nascença, fazemos a experiência de termos os olhos ungidos e sermos curados de nossa cegueira, aprofundando sempre mais o sentido do nosso seguimento de Jesus. Ele que dá a luz ao cego, na cruz aparece “desfigurado”, nas trevas da morte, torna-se para sempre o iluminador, a Luz do mundo.
Vivamos sempre como filhos e filhas da luz, produzindo frutos de bondade, justiça e verdade.

4. Dicas e sugestões
Na procissão de entrada podem ser levadas várias velas acesas que serão colocadas ao redor da cruz. Fazer a oração de fortalecimentos dos catecúmenos. Ver sugestão no Dia do Senhor, ciclo pascal, ABC, p. 90-91.

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