28 de junho de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Atos dos Apóstolos 12,1-11; Salmo 34 (33); 2Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19
O evangelho destaca que Jesus é o Cristo, o ungido de Deus. Os discípulos expressam diversas opiniões a respeito de Jesus situando-o na tradição profética: João Batista, Elias, Jeremias. Mas Jesus é mais que um profeta, pois é o Filho amado de Deus (3,17). Em nome dos discípulos, Pedro proclama que “Jesus é o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16,16). Essa profissão de fé está relacionada com a finalidade essencial do evangelho de Mateus, que é a de apresentar Jesus como o Emanuel (= Deus conosco, 1,23) e o Salvador (Jesus = Deus salva, 1,25). Como ungido de Deus, Jesus realiza um messianismo de serviço e entrega (11,5), não de glória e poder. Conforme 14,33, os discípulos já haviam professado a fé em Jesus reconhecendo-o como Filho de Deus. A partir de pessoas que confessam Jesus, como Pedro, nasce a comunidade, a Igreja (16,18). Essa profissão de fé é forte como a rocha, não se deixando abalar pelas portas do inferno, ou seja, as forças hostis opostas ao projeto de Deus. Pedro recebe a missão de servir e conduzir a comunidade, fundamentada em Jesus. Com responsabilidade pastoral e amor (Jo 21,15-17), ele deve orientar os fiéis no caminho do Senhor. A 1ª leitura realça a ação de Deus que salva e liberta Pedro da prisão. A comunidade é solidária à perseguição sofrida por Pedro, permanecendo em vigília de oração. Essa forma mantém a comunidade confiante no Senhor, pois ele não abandona os que dedicam a vida pela causa do seu Reino. A 2ª leitura apresenta o ensinamento e o testemunho de Paulo como um testamento deixado à comunidade. O exemplo de Paulo, que “combateu o bom combate e guardou a fé” em meio aos sofrimentos e perseguições (vv.6-7), motivava as comunidades a perseverarem firmes na caminhada, guardando os ensinamentos recebidos.

2. Atualizando
A festa dos apóstolos Pedro e Paulo celebra duas dimensões diferentes e complementares da missão cristã. A complementaridade dos carismas dinamiza e enriquece a ação missionária das nossas comunidades. O testemunho de Cristo, que uniu esses apóstolos na vida e no martírio, orienta o nosso trabalho pastoral. Como no tempo de Pedro e Paulo, somos chamados a professar a fé em Cristo, perseverando no anúncio do evangelho.

3. A palavra de Deus na celebração
Pedro e Paulo, apóstolos que plantaram a Igreja, regando-a com o próprio sangue e beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus (antífona de entrada).
Nesta eucaristia, com Cristo, como Pedro e Paulo, entreguemos a nossa vida e a vida de tantos irmãos para ser “derramada em sacrifício agradável a Deus”.

4. Dicas e sugestões
No início, na recordação da vida, alguém pode lembrar a vida e missão de Pedro e Paulo. (Outras sugestões vejam no Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades, tempo comum, Ano A, p. 307-317).

 

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

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Revista de Liturgia Ed 279 – No templo de suas casas: um povo sacerdotal

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