03 de novembro de 2019

Oferecemos abaixo um subsídio elaborado para auxiliar quem prepara as celebrações litúrgicas dominicais. Além do aprofundamento dos textos bíblicos, indicamos também a sua relação com a vida e o mistério celebrado.

 

Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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1. Aprofundando os textos bíblicos: Apocalipse 7,2-4.9-14; Salmo 24(23); 1João 3,1-3; Mateus 5,1-12a
Jesus proclama as bem-aventuranças como a Boa Nova do Reino ao povo sofrido, que se aproximava dele vindo de todas as regiões (4,23-25). Os pobres, os mansos, os que têm fome, expressam a missão de Jesus para os necessitados e a nova ordem inaugurada. No Messias, isto é, no Ungido, manifesta-se a Boa Notícia do Reino de Deus que consola os aflitos, os oprimidos (Is 61,1-2; Lc 4,18-19). Aos mais fracos e desvalidos, aos pobres no espírito, os “anawim” que depositam a confiança em Deus e realizam sua vontade, revela-se o cuidado especial de Cristo, o bem-aventurado por excelência. Os que se colocam a serviço com bondade e mansidão, renunciando a toda forma de dominação e violência, herdarão a terra prometida a Abraão. A fome e a sede da justiça que vem de Deus, não da justiça humana, serão saciadas. Felizes os misericordiosos, os que veem e são movidos pela compaixão, como o bom samaritano (Lc 10,33), porque alcançarão misericórdia. A pureza no coração está ligada à justiça e inclui a fidelidade à aliança, a lealdade. Os que promovem a paz, shalom, através do amor ao próximo, tornam o mundo mais reconciliado e fraterno. Os perseguidos por causa da justiça alegram-se por experimentar a mesma sorte do Mestre. A recompensa pela vida doada por causa de Jesus será a plenitude da alegria no Reino do Pai e a comunhão eterna no seu amor. Na 1ª leitura, a multidão incomparável dos 144 mil (12x12x1000) traz a marca do selo do Deus vivo, a força da vida nova recebida no batismo, para vencer as provações. Canta o hino a Deus e ao Cordeiro pela ação salvadora, que santifica e guia até a glória celeste. O salmo convida a renovar o compromisso com a aliança e a permanecer em comunhão com Deus. A 2ª leitura mostra que somos filhos de Deus a caminho da vida plena, onde contemplaremos sua face para sempre.

 

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2. Atualizando
Deus consola o povo sofrido e revela sua misericórdia infinita em Jesus, que oferece o caminho da vida plena nas bem-aventuranças. A confiança em Deus e o compromisso com a justiça do Reino levam a realizar gestos misericordiosos, como sinais do mundo novo.

 

3. A palavra de Deus na celebração
Celebramos o mistério da nossa fé e proclamamos que o Senhor é Santo. Estamos em comunhão com os membros da assembleia do céu, que já lavaram as vestes no sangue do Cordeiro. Jesus, o bem-aventurado do Pai, se faz presente no meio de nós, quando nos reunimos pelo amor. Recordar os santos e santas de Deus, nos faz renovar a palavra do Senhor: “Sede santos como Deus é santo.

 

4. Dicas e sugestões
Na procissão de abertura pode ser levado o Círio Pascal, ícone da Virgem Maria e de alguns santos, sobretudo o/a padroeiro/a, evidenciando a relação entre o mistério pascal de Cristo e os santos. Algumas pessoas podem entrar com vestes brancas e palmas na mão.

 

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