A doença é uma experiência constante em nossas comunidades: os mais diferentes tipos de doenças que debilitam o corpo e não raro, também o espírito. Às vezes a pessoa doente está bem assistida pelos seus, tratada com cuidado e carinho…, podendo contar com assistência médica adequada. Outras vezes, estão em situação de miséria: falta acompanhamento médico, remédio, alimento, principalmente a atenção e o carinho das pessoas, dos familiares.
A pastoral da saúde, em nossas comunidades, exerce a importante missão de prestar atenção nesta realidade, despertando também o olhar da comunidade, promovendo ações que colaborem para humanizar a situação das pessoas desamparadas… sobretudo, marcando presença junto às pessoas doentes, fazendo companhia, escutando, indo ao encontro de suas verdadeiras necessidades, como Jesus que tocava e curava os doentes. A oração e o sacramento, então, não serão uma formalidade, mas expressões da ternura do Pai e da predileção de Jesus pelos que sofrem, capaz de consolar e recobrar o ânimo.
Nossa Revista, ao lembrar o sentido do sacramento da unção dos enfermos, o situa no conjunto da pastoral da saúde e o considera parte de um trabalho mais amplo. Assim compreendido e praticado, pode ser de grande importância celebrá-lo na comunidade ou mesmo nas casas, onde muitos doentes se encontram.
O importante é que seja celebrado em clima de gratuidade e amizade, de leveza e de descontração, ao mesmo tempo, dando espaço para que as pessoas possam, se desejarem, expressar o seu sofrimento e a sua luta nesta circunstância da sua vida. Que se realize de fato e as pessoas façam a experiência daquilo que o rito significa: auxílio pela graça do Espírito de Deus, libertação dos pecados, salvação e alívio nos sofrimentos. O fato de restringir a administração da Unção dos Enfermos unicamente aos presbíteros, faz com que muitas pessoas não tenham a ocasião de receber este sacramento.
Lembrando que nos primeiros sete séculos da Igreja qualquer cristão podia ungir os doentes, seria imensamente desejável que pessoas de fé que atuam na área da saúde e ministros e ministras que atuam na pastoral da saúde ou outros serviços na comunidade, pudessem receber a faculdade de ungir os doentes pronunciando as palavras da fé descrita no rito: Por esta santa unção e pela piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos. Amém.
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