Nos dias 15 a 19 de julho de 97, a cidade de São Luís, ilha de Upaon-Açu, ilha de rebeldia e amor, terra de poetas e mártires, recebeu com muito carinho, começando já nas estradas do Maranhão até a calorosa acolhida nas famílias, cerca de cinco mil participantes para o 9º Intereclesial. Eram leigos e leigas, padres, religiosas, bispos, irmãos e irmãs de Igrejas evangélicas, companheiros e companheiras de outros países da América Latina e do Caribe, representantes de 33 povos indígenas, assessores e assessoras, irmãos e irmãs solidários, vindos do mundo inteiro…
“É hoje o dia da alegria e a tristeza não pode pensar em chegar ” Este refrão, entoado pelo cantor, marcou o início do encontro. Os participantes, divididos em seis blocos — catolicismo popular, religiões afro-brasileiras, pentecostalismo, excluídos e movimentos populares, cultura de massa e povos indígenas —, partilharam, refletiram e celebraram as lutas, os problemas, as conquistas e propostas frente ao grande desafio das massas. O clima gostoso, alegre e descontraído foi garantido também pela organização e dedicação de homens e mulheres, voluntários, que serviam a todos com muita simpatia e prontidão.
Com o salmista podemos cantar: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria…”. Sim, são tantas as maravilhas: a beleza e o encanto da cidade, a festa, a fraternidade, a organização, a dança, o louvor, o silêncio, a comida, a música, os dons colocados a serviço para a edificação de todos, a descoberta intercultural, macroecumênica e inter-religiosa da liturgia…
E por falar em liturgia, vale lembrar que os momentos celebrativos, principalmente os da grande assembléia, como em todos os intereclesiais, marcaram positivamente. Vimos que é possível celebrar com a massa, suscitar uma autêntica participação através de gestos e ações simbólicas bem preparados e realizados com criatividade, bom gosto, animação, arte, ritmo, interiorização… Foram inúmeras as experiências, reflexões e momentos celebrativos, em cada bloco e no encontro como um
todo.
Neste número de nossa revista, vamos compartilhar com vocês algumas destas experiências, certamente sinais de amadurecimento e crescimento de nossas comunidades eclesiais. Que a experiência realizada na ilha de São Luís contagie nossas comunidades; com fé e coragem prossigamos gerando “vida e esperança nas massas” e edificando incansavelmente “novos céus e nova terra”.
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