No Brasil, muitas comunidades católicas não podem celebrar a eucaristia todos os domingos por falta de ministros ordenados. Mesmo assim, reúnem-se para escutar a palavra de Deus e para dar graças a ele pela páscoa de Jesus… E o pleno exercício do sacerdócio batismal, que dá ao povo de Deus o direito de se reunir em nome de Jesus, para proclamar as ações maravilhosas daquele que o chamou das trevas à sua luz (cf. 1Pd 2,9).
As celebrações acontecem pelo desejo e o fervor das comunidades e graças a pessoas que se consagram a seu serviço, preparando e presidindo as celebrações, gastando tempo e energia para se qualificarem, garantindo, assim, a memória da páscoa no dia do Senhor. O serviço da presidência a cargo de homens e mulheres leigas é reconhecido pela CNBB como verdadeiro ministério litúrgico e vai sendo, pouco a pouco, acolhido pelas comunidades mediante a verificação da habilidade e da fé com que estas pessoas desempenham tal serviço.
Este número de nossa Revista contempla o papel e a importância do ministério leigo da presidência nas celebrações dominicais, tendo presente a liturgia da Palavra e, sobretudo, o momento da ação de graças. Muitas comunidades fazem esta ação de graças seguida do rito da comunhão eucarística. Há outras que, mediante o desejo e conhecendo o seu direito de celebrar a ceia do Senhor, ensaiam uma refeição fraterna com ação de graças e bênção de alimentos. Nas páginas que seguem, vocês encontrarão dicas concretas de como presidir a ação de graças no dia do Senhor.
Nossa esperança é que, na Igreja, seja ultrapassado o costume de limitar o sacramento da ordem apenas a homens não
casados, para que as comunidades possam obedecer a ordem de Jesus na sua última ceia: “Façam isto em memória de mim”. Mas, enquanto isso não acontece, é importante valorizarmos o fato de existir pelo Brasil afora muita gente exercendo o ministério da presidência nas assembleias dominicais, com a aprovação de muitos bispos, presbíteros e do próprio povo. É nosso dever dar apoio e oferecer as necessárias condições para o exercício de tal ministério, a começar por uma formação litúrgica básica e específica e um acompanhamento espiritual.
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