Uma celebração é boa quando leva todo o povo a participar. Participação ativa, corpo inteiro, que se expressa através dom canto, das orações, das ações simbólicas, da dança e chega ao mais íntimo do coração, restabelecendo todo o ser das canseiras da vida e proporcionando uma experiência de comunhão com Deus. Supondo que as pessoas tragam consigo a sede e o desejo de encontrar o Senhor, é importante que a liturgia, em seu estilo, se aproxime do jeito das pessoas, e se organize de modo a ser lugar de encontro com o Pai, na comunhão com os irmãos e irmãs.
Para quem é cristão ou cristã e deseja aprofundar a vida de oração, uma liturgia assim é certamente uma referência importante à medida que, com seu conteúdo pascal, ensina a comunidade e cada pessoa a fazer da própria vida uma experiência contínua de passar da morte para a vida.
Com seu ritmo anual, semanal e diário, ela é uma proposta pedagógico-espiritual que orienta a comunidade a fazer seu o caminho de Jesus, nos seus diferentes aspectos. Em cada celebração, a pessoa se situa neste quadro e dele aprende a
orientar o seu caminho pessoal.
A liturgia é uma escola de oração na medida em que nos coloca numa relação de aliança, na qual o Senhor se revela a nós por meio da sua palavra e derrama sobre nós a energia do Espírito pelos sacramentos do seu amor.
A experiência do Ofício Divino das Comunidades, por exemplo, tem proporcionado às comunidades uma boa oportunidade de aprofundar a oração como relação amorosa com Deus. O grande ganho foi justamente o de ter proposto um método de oração comunitária que supõe e alimenta a oração pessoal.
Assim, a oração de cada crente prolonga e atualiza a oração que Jesus faz ao Pai, movido pelo Espírito; e mesmo se alguém reza sozinho, faz isto na comunhão de todas as pessoas que crêem em Jesus. Isto se expressa de modo objetivo e comunitário na liturgia e dela se alimenta. Que nossas celebrações sejam, de fato, cume e fonte da busca espiritual de todas pessoas que delas participam.
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