Para as Igrejas do Brasil, o ponto alto do jubileu 2000 foi, sem dúvida, o 10o Encontro Intereclesial das Comunidades de Base realizado em Ilhéus, na Bahia, nos dias 11 a 15 de julho. Um momento intenso, longamente preparado, em muitas igrejas locais verdadeiros sínodos, pela mobilização e envolvimento das pessoas e comunidades. Um encontro que reuniu 10 mil pessoas nas celebrações de abertura e encerramento e 4 mil participantes durante o encontro, entre delegados, assessores, observadores, convidados, imprensa… Numa cidade que deu para quem lá esteve um testemunho verdadeiro de acolhida e hospitalidade… O Décimo foi fortemente marcado pela presença dos povos indígenas. 65 participantes adultos, além dos filhos e filhas que acompanharam seus pais e mães, de várias nações e diferentes lugares do Brasil, com pleno direito de participação. Em Ilhéus os irmãos indígenas puderam, de fato, assinalar que precisamos de outros 500 anos para conquistar a terra sem males, como não tiveram oportunidade de fazer em Porto seguro. As comunidades eclesiais de base de todo o Brasil receberam um banho de cultura indígena, puderam viver a alegria de compartilhar a força mística dessas culturas e aprenderam um pouco mais a se aproximar e a criar laços de solidariedade. Vinte e cinco anos de encontros intereclesiais desde o 1o em 1975! Uma ocasião para acordar a memória e não deixar morrer o sonho. A liturgia nos ensina a não esquecer a história e a manter viva a esperança. Em Ilhéus aprendemos a ampliar o horizonte do nosso olhar bem mais além da nossa história, para enxergar a milenar trajetória de tantos povos com suas construções e impérios fatalmente destruídos e, hoje, minorias ainda ameaçadas. Acordar a memória nos fará estender o nosso abraço a todos os povos indígenas, marcados pelos sofrimentos de uma história de massacres de ontem e de hoje. E se não podemos, como diz Paulo Suess, nos colocar no lugar do outro, nem substituir o seu olhar carregado das experiências que são suas, podemos ao menos mudar o olhar frio e distante pelo olhar amoroso e solidário. Como em todos os intereclesiais, as celebrações é que caracterizaram o encontro com a palavra e a escuta, o símbolo e a dança, com a memória da vida e da morte, com o louvor e o lamento… As celebrações do Décimo vêm firmar a busca das comunidades por uma liturgia com raízes na terra, sem perder de vista a promessa do céu, uma liturgia com jeito afro e indígena, amorosamente expressão da fé dos pobres, de toda pessoa que busca a Deus e sua justiça. Queremos compartilhar com vocês algo dessas celebrações e o que elas significam em termos de amadurecimento de nossas comunidades. Amém! Axé! Auêre! Aleluia!
Revista de Liturgia Ed 161 – A Liturgia do 10º Interclesial – Gesto e Palavra – A Celebração dos 500 Anos
R$3,00
Revista de Liturgia Edição 161
Setembro / Outubro de 2000
36 Páginas
SKU:
ED161
Categoria: Revista de Liturgia Edições
Tags: 2000, 500 anos, CEBs, Celebração, Interclesial, liturgia, revista
Descrição
Informação adicional
Peso | 0.081 kg |
---|---|
Dimensões | 27 × 20 × 0.5 cm |
Ano |
2000 |
Mês |
Setembro, Outubro |
Tipo de Revista |
Digital, Impressa |
Sumário
Sumário
A liturgia da 10º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base
José Ariovaldo da Silva e Veronice Fernandes
Ecumenismo
Humberto Kircheim
Dia do Senhor
Penha Carpanedo e Marcelo Guimarães
Canto e música na liturgia
Joaquim Fonseca
Celebrar com símbolos
Ione Buyst
A Santíssima Trindade e a Liturgia
Gregório Lutz
Notícias
Equipe editorial
Oração em casa e na comunidade
Cecília Toseli
Dizer o nome de quem vai fazer a leitura da missa?
José Ariovaldo da Silva
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