Revista de Liturgia Edição 238 – Liturgia, uma Fonte no Caminho

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Revista de Liturgia Edição 238
Julho / Agosto de 2013
36 Páginas

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Descrição

O ano da fé é uma oportunidade para revisitarmos o que constitui a porta de entrada da vida cristã. De fato, a primeira pergunta que se faz para quem busca o seguimento de Jesus na comunidade – O que pedes à Igreja de Deus? – sugere uma resposta essencial: “a fé”. E o que é a fé? Adesão a Jesus Cristo, o Filho de Deus. Sem esta base, tudo o mais é apenas construção sobre areia. Por isso é tão fundamental para a vida da Igreja o itinerário catecumenal no qual a pessoa se torna cristã mediante a adesão e a participação na vida Jesus.

Trata-se de percorrer um caminho de três trilhos: o ensino-escuta da Palavra, a participação no mistério de Jesus expresso na liturgia (ritos catecumenais) e o exercício da vida nova segundo o ensino e a celebração. Com efeito, o cristianismo não é somente uma doutrina para entender. É, antes de tudo, um encontro pessoal com o mistério do amor celebrado e testemunhado na vida. A Carta Apostólica Porta Fidei de Bento XVI afirma que este ano é “ocasião propícia para intensificar a celebração da fé na liturgia. (…) Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada” (n. 9).

À consciência da igreja retorna a unidade entre as três colunas que sustentam o mundo segundo a tradição judaica (Palavra, liturgia e obras de misericórdia). Esta unidade, mantida no cristianismo primitivo (ensino dos apóstolos, partilha fraterna e fração do pão/oração) e interrompida na Igreja durante séculos, foi retomada no Concílio Vaticano II no contexto de uma nova eclesiologia (LG): a escuta da Palavra, o Verbo de Deus (Dei Verbum); a celebração do seu mistério na Palavra /sacramentos (Sacrosanctum Concilium); o testemunho do seu reino mundo (Gaudium et Spes).

A liturgia que sobreviveu desconectada da Palavra e da vida cristã, por séculos, assume de novo o seu lugar de “guardiã da fé” que a Igreja expressa na teologia/catequese e no testemunho. Ela supõe a fé (iniciação) e constantemente educa para que esta não fique no nível da doutrina ou das ideias. Torna-se o lugar comunitário no qual os fiéis, fazendo experiência “por ritos e preces” (SC 48) podem ser sujeitos da fé cristã e têm a possibilidade de progredir na fé.

Para isto é preciso cuidar das celebrações, levar a sério o rito, superando a perspectiva jurídica, legalista, superficial, em atenção à força performativa da palavra no contexto ritual, ao poder da linguagem não verbal em função da vida espiritual. É preciso cultivar a arte de celebrar para que possamos repetir com santo Ambrósio de Milão: “Desejas crer como creem os cristãos? Então reze como rezam os cristãos” ou como sugere o rito de ordenação: “imita o que fazes”. E assim reaprenderemos a liturgia como regra da fé e da conduta cristã.

Informação adicional
Peso 0,081 kg
Dimensões 27 × 20 × 2 cm
Ano

2013

Mês

Julho

,

Agosto

Tipo de Revista

Digital

,

Impressa

Sumário

Sumário

A liturgia, cume e fonte da vida espiritual cristã

Primeira parte
Dom Jerônimo Pereira Silva

Bênção e aspersão da água
Edmar Peron

Espiritualidade Litúrgica X
Maucyr Gibin

Ritos diferentes

A leitura da torá, parasha e haftará
Judite Paulina

Liturgia e vida

Caminho de espiritualidade, jovens e adultos
Domingos Ormonde e equipe

A liturgia, cume e fonte

Origem e sentido de um tema conciliar
Dom Armando Bucciol

Celebração inter-religiosa no Dia Nacional dos Doadores de órgãos

“Para contribuir efetivamente por uma causa é preciso se doar”
Pe. Carlos Gustavo Haas

Proteção ou inspiração
Reginaldo Veloso

Preparando o Dia do Senhor
Veronice Fernandes e Helena Ghiggi

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