Acompanhando o processo de formação e treinamento de muitas ministras e ministros que coordenam as celebrações dominicais da Palavra, temos notado que uma das maiores dificuldades neste serviço é como fazer a homilia. A referência que têm são os sermões longos e intelectuais que, em geral, predominam nas missas, e se sentem incapazes de desenvolver um discurso que corresponda a esse modelo. Mas será que homilia é isso?
A esta pergunta procuramos responder nesta edição da nossa Revista, dando continuidade ao assunto dos últimos dois números sobre celebração dominical das comunidades. Fazemos isto a partir da prática de muitos grupos que nestes últimos anos vêm redescobrindo o antigo método de ler
a Bíblia: a lectio divina ou leitura orante. Trata-se de um método baseado não no discurso sobre a Palavra, mas na força que ela própria tem de suscitar em nós a alegria da salvação e de nos conduzir pelos caminhos da misericórdia e da justiça. A homilia não é uma aula de teologia, nem catequese propriamente, e muito menos um meio para instruir sobre determinado tema. Não se trata ide passar conhecimento, mas de levar a uma atitude.
Hoje, na América Latina, lemos a Bíblia não tanto para aprender lições, mas a lemos para descobrir o Senhor que fala, que se manifesta curando, abrindo os olhos, devolvendo a vida. A homilia é a porta de entrada para o mistério da vida. Deve levar o grupo a perceber que Deus atua historicamente no Filho e na caminhada daqueles que continuam a sua missão.
Leva cada um a mergulhar nesta salvação de Deus que acontece no dia-a-dia e dentro de cada celebração.Lendo e partilhando a Palavra, vamos descobrindo Deus mesmo e o seu projeto sobre nossas vidas e nossa comunidade.
Com esse trabalho queremos oferecer mais uma ajuda para as equipes que devem preparar a celebração e coordenar a comunidade, sobretudo no momento da partilha da Palavra.
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