Estamos acompanhando um novo movimento que envolve a humanidade inteira, em busca dos “direitos da terra”. O “senhor progresso” havia pensado que poderia “substituir a mãe-terra na nobre tarefa de sustentar a vida. Mas agora, bem representado pelos países do primeiro mundo, responsável por quase metade da poluição do planeta, ele está sendo obrigado a reconhecer as trágicas consequências desta mesquinha pretensão.
A ECO 92 é um sinal deste reconhecimento. E sem querer ser otimistas demais, esperamos que esse evento marque de fato, passo significativo no processo de luta pela preservação da terra.
A liturgia não pode ficar alheia a essa realidade. Em sua missão de apontar os sinais da páscoa do Senhor acontecendo na história, celebra com alegria esse fato e inclui em suas memórias, sobretudo, os esforços extra-oficiais representados pela conferência “Forum Global Rio 92″, bem como pelas Igrejas cristãs e por todas as religiões que estão envolvidas nesta luta.
A liturgia é, por natureza, ecológica porque tem profunda relação com a terra e o céu, com o tempo e o espaço, com a morte e a vida. Se realiza sempre para afirmar que a vida vence a morte. E fazendo isso ela nos chama a sermos colaboradores na criação em processo de re-criação.
Teimando em usar os símbolos da natureza, na era da urbanização e da técnica, a liturgia lembra a ação de Deus que transformou o caos em universo
organizado e evoca a cidade futura, descrita como jardim, onde haverá perfeitas condições de vida, efetivamente ao alcance de todos, homens e mulheres, de norte a sul, de qualquer idade e de qualquer raça, agora e no futuro, em harmonia com todos os seres da criação.
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