Hoje, vivemos a alegria de ver em nossas comunidades uma participação cada vez mais significativa de mulheres e homens leigos, atuando em diferentes ministérios e exercendo, dessa maneira, sua vocação sacerdotal, recebida no batismo. São ministérios ligados à causa maior, que é a justiça de Deus neste mundo, e são ministérios ligados à vida interna da Igreja. Neste número de nossa Revista, vamos nos deter sobre os ministérios leigos exercidos na liturgia especificamente. É um assunto pouco discutido, mas da maior importância para a vida das comunidades.
Foi o tema da 7º semana de Liturgia, realizada em outubro passado pelo Centro de Liturgia da Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Os participantes da semana, em número de 60 pessoas, refletiram sobre os vários aspectos da questão, a saber: ministério como serviço à vida; ministério como caminho de discipulado; as tensões entre a estrutura clerical e a realidade ministerial emergente; os ministérios litúrgicos da mulher; trabalho em conjunto; escolha, formação e espiritualidade; se é possível reconhecer como “litúrgicos” os ministérios do catolicismo popular. Partindo do material produzido na semana, privilegiamos nesta edição alguns desses aspectos, com o desejo de provocar no meio das equipes de liturgia uma conversa sobre o assunto.
Numa Igreja de comunhão e participação como a nossa, valorizar e reconhecer o papel dos leigos é certamente uma questão de inculturação da própria fé e sua expressão. Por isso é importante que, além da prática, cuidemos da reflexão que nos ajuda a enfrentar impasses e a avançar na caminhada.
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