Revista de Liturgia Edição 130 – Comemos e bebemos com Ele – II
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CompararA Campanha da Fraternidade, neste ano, provoca em nós per
guntas sérias, com relação à nossa vivência enquanto Igreja,
que fez opção pelos pobres e que assiste agora ao emergir de
massas excluídas, produto de uma lógica que tende a excluir
cada vez mais. As Igrejas se perguntam sobre o que fazer
para assumir uma posição que as situe do lado dos sofredores.
É fácil perceber o quanto os nossos planos de pastoral, com suas muitas
atividades, estão longe de serem o exercício da misericórdia de Deus,
vivida por Jesus com relação aos famintos do seu tempo.
E a liturgia, mais especificamente a ceia do Senhor, onde se apóia para
cumprir sua função de “expressar a vida”? Ou, pelo menos, como pode
ser um espaço onde os pobres mais pobres encontrem a acolhida que
lhes permita derramar diante de Deus a sua dor e trazer suas vivências e
o sentido que ainda os mantém de pé? Oxalá nossas celebrações
realizem para o pobre o sinal que ele espera receber de Deus, como
prova de seu amor fiel e de sua consolação diante dos opressores
(Cf. Salmo 86, 17).
No número anterior desta Revista, meditamos sobre o sentido da
Eucaristia, chamando a atenção para o desafio de uma prática celebrativa
que se apóie na convivência com os marginalizados e
excluídos. Lembrando que a ceia é o sinal maior da unidade no corpo do
Senhor e que é, por sua natureza, lugar de comunhão e de participação.
Sabemos que, na liturgia, o SENTIDO TEOLÓGICO passa pelo FAZER
RITUAL, que inclui palavras, gestos corporais e atitude interior. Por
isso, neste número, continuando o anterior, a insistência recai sobre o
COMO realizamos a ceia de Jesus. É um convite a levarmos a sério o
que
fazemos em nossas celebrações. O modo como realizamos determinado
gesto, ou como recitamos um texto, é o que realmente faz a diferença.
Às vezes, precisamos ir a procura de um texto que seja mais adequado,
ou vamos encontrando um jeito mais brasileiro para fazer aquele
determinado rito. Mas o fundamental é que assembléia e ministros
façam de tal maneira cada gesto, e de tal maneira se realize em cada
gesto a sua fé, que a liturgia possa, de fato, comunicar o que ela significa.
Ano |
1995 |
---|---|
Mês |
Junho ,Agosto |
Tipo de Revista |
Digital |
SUMARIO
Editorial, Pág. 3
A Eucaristia sinal de unidade, Pag. 4
Pesquisa sobre participação na Eucaristia, Pag. 6
O Senhor é meu pastor!, Pag. 8
Dia do Senhor, Pag. 11
A ceia do Senhor presidida por mulheres, Pag. 23
O ato de se reunir, Pag. 25
Bendito Eucarístico, Pag. 27
Lembretes para revitalizar a liturgia eucarística, pag. 29
Sinais do Pão e do Vinho, Pg. 35
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