Quem já passou pela experiência de uma doença ou mesmo quem já acompanhou alguém em seu doloroso caminho de luta
contra a enfermidade, sabe o que significa a presença das pessoas amigas e de fé nesta hora. Muitas vezes a doença não
somente debilita o corpo, mas torna frágil também o espírito. Parece colocar em evidência a parte mais frágil de nossa condição humana e nos tornamos, então, vulneráveis… Poder contar com a amizade das pessoas é, em muitos casos, a única coisa que dá alento e revigora a esperança.
A pastoral dos enfermos tem se organizado em nossas comunidades, com a missão de ser essa presença amiga e fraterna junto aos doentes. Os ministros e ministras dos enfermos não têm, em primeiro lugar, a função de ministrar os sacramentos. Exercem, antes de tudo, o ministério da visita, que se apóia na própria vinda de Jesus. Ele nos visitou, veio como Deus frágil, se fez humano e impotente como nós e tomou sobre si as nossas dores.
A oração e o sacramento podem se tornar o ponto alto desta visita e ser sinal da compaixão do nosso Deus, que se revela a nós como ternura de misericórdia na pessoa e na ação de Jesus de Nazaré. Mas isso não se dá automaticamente, passa pela ação de cada ministro ou ministra que chega até a pessoa que sofre e lhe manifesta carinho e bondade, como fez Jesus no encontro com o cego, ou com o leproso, ou com a mulher que sofria de hemorragia há doze anos…
Nossa Revista, neste número, traz alguns elementos que podem ajudar quem se dedica à pastoral dos enfermos. Trata-se de uma contribuição que nos veio das comunidades de base do Morro da Conceição e adjacências, como resultado de três dias de meditação e oração sobre a pastoral dos enfermos. O texto final foi redigido por Reginaldo Veloso que, junto com Elenita e Maria, coordena essa pastoral naquela área. Esperamos que essa partilha faça bem a todos vocês que dedicam suas vidas ao serviço da saúde e do bem-estar espiritual dos irmãos doentes.
Invocamos a força maternal do Espírito, para que vocês possam fazer isso com alegria e amor. Com certeza, no dia do juízo, quando Jesus vier dizer: “Estava doente e vocês me visitaram!”, já não vai ser surpresa. Não precisarão perguntar para ele: “Eras tu, Senhor?…”
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