A Igreja Católica Romana, que há 40 anos promove a Campanha da Fraternidade, em 2005 oferece a campanha, como o fez no ano 2000, para que seja organizada com igual responsabilidade pelas Igrejas participantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Com o tema solidariedade e paz insere-se na proposta do Conselho Mundial das Igrejas, por uma Década de luta para consolidar uma cultura de paz (2001-2010)
Trata-se de pôr em comum e partilhar, a serviço da paz, os bens que possuem, sobretudo a regra básica comum de amar ao
próximo como a si mesmo, de saber colocar-se no lugar do outro, de defender o direito alheio como defendemos o nosso.
Cada comunidade é convidada a rever ações, objetivos, modos de agir, atividades, para ser mais eficiente na promoção da solidariedade e da paz. Cada pessoa deve ver que atitudes precisa mudar, que iniciativas deve tomar, com quem precisa se reconciliar, que tipo de diálogo precisa desenvolver, que novas posturas deve cultivar… Há uma espiritualidade pessoal de solidariedade, de pacificação, de tolerância, para se chegar a formar uma cultura de paz que se torne visível nas relações internas, nas atividades conjuntas e no testemunho profético na sociedade.
As Igrejas colocam no centro de suas vidas e testemunho a preocupação e o esforço pela solidariedade e paz, cientes de que não se trata de uma obra nossa, mas de Deus. Por isso, a liturgia ocupa importante função no conjunto dos trabalhos realizados nesta campanha. Uma liturgia que, sendo memória daquele que venceu toda a violência pela prática incondicional do amor, se expresse em “sinais sensíveis” de comunhão, de inclusão e de compaixão.
Cada celebração pode ser profecia de um outro mundo possível e, pela força amorosa do Espírito, nos comprometer na prática
dos mandamentos da paz solidária:
– Saber colocar-se no lugar do outro;
– Não responder à violência com violência;
– Promover o diálogo;
– Interessar-se pela comunidade;
– Descobrir e valorizar o que há de positivo nas pessoas;
– Fazer parceria, juntar forças;
– Cuidar das causas dos problemas;
– Conhecer e usar os recursos legais;
– Não ficar em silêncio diante da injustiça;
– Cultivar a espiritualidade da esperança e da reconciliação.
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