Revista de Liturgia Edição 284 – Ministérios leigos instituídos de homens e mulheres

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Descrição

Uma das grandes novidades do Concílio Vaticano II foi devolver à Igreja a consciência de si mesma como povo de Deus, peregrino com a humanidade. Participando do mesmo destino de toda a família humana, a qual Deus quer salvar, a Igreja assume a missão de mediação da salvação trazida por Jesus e renuncia à pretensão de ser, ela mesma, a fonte da salvação
e o ponto de chegada. Com base no sacerdócio batismal, comum a todos e a todas, e tendo como fundamento da sua missão o tríplice ministério, da Palavra, da liturgia e da caridade, já não se justifica, nem dividir a Igreja entre clero e leigos, nem reduzir aos ordenados o seu caráter ministerial e, muito menos, aceitar que o clericalismo se imponha. O sujeito eclesial é a comunidade dos batizados e batizadas, toda ela ministerial, que é também sujeito de missão, a serviço do Reino no mundo.

Neste novo contexto eclesial aberto pelo Vaticano II, faz muito sentido que Paulo VI, em agosto de 1972, tenha retomado os ministérios leigos de leitor e de acólito, com base na “fé e no batismo”, fazendo valer a tradição mais antiga da Igreja, modificada ao longo dos séculos, e abrindo às Conferências Episcopais a possibilidade de instituir novos ministérios de acordo com a necessidade, como os ministérios de catequista e do serviço da caridade. Contudo, a instituição de leitor e de acólito havia ficado reservada aos homens, embora as mulheres tenham tido papel preponderante nos diversos serviços litúrgicos e pastorais dentro da Igreja nestes anos pós-conciliares, e em nosso país, sobretudo após a Conferência Latino-Americana de Medellín.

Com a Carta Apostólica Spiritus Domini, de janeiro de 2021, o Papa Francisco modificou o Direito Canônico e abriu, também
para as mulheres, a instituição para o serviço estável de leitor e de acólito, mediante rito litúrgico próprio. Esse ato de inclusão tem força de reconhecimento da atuação efetiva e idônea das mulheres no serviço da Palavra e da liturgia nas comunidades eclesiais, sobretudo naquelas sustentadas na fé, em grande medida, pela celebração da Palavra. E tem também força de firmar a legitimidade que elas já gozam junto às comunidades, graças à autoridade espiritual com a qual desempenham o seu serviço.

Enfim, com estas medidas, os ministérios leigos de homens e mulheres recebem novo impulso, muito oportuno nestes tempos em que o clericalismo tende a nivelar pela base a participação de todo o povo de Deus na vida e na missão da Igreja. Uma Igreja, internamente fortalecida pela comunhão e pela participação, vivendo a igualdade na diversidade, pode voltar-se com mais credibilidade para as grandes causas da humanidade, que são causas do Evangelho, em diálogo ecumênico e inter-religioso com outras Igrejas e religiões.

Informação adicional
Peso 0,081 kg
Dimensões 27 × 20 × 2 cm
Ano

2021

Mês

Março

,

Abril

Tipo de Revista

Digital

,

Impressa

Sumário

Sumário

Ministérios leigos instituídos na Igreja
Patrick Brandão 4

Carta apostólica Spiritus Domini 8

Inspiração catecumenal e composição dos itinerários: Liturgia na Catequese 9
Domingos Ormonde 9

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo: Abençoar e
despedir no Ofício Divino das Comunidades
Dom Jerônimo Pereira 13

Memória de Marta, Maria e Lázaro:
29 de julho 19

Vocabulário litúrgico: sacramento
Daniel Carvalho da Silva e Silvia Ludovina Barroso
Quintino 20

A Oração Eucarística
Marcio Pimentel 22

Rezar na Liturgia
Papa Franciso 24

Oitava da páscoa: Leitura teológico-litúrgica a partir
das orações do dia, das orações sobre as oferendas e
das orações depois da comunhão
Davi Mendes Caixeta 26

Preparando o Dia do Senhor
Neusa Bresiani e Helena Ghiggi 29

A fraternidade humana em prol da paz mundial e da
convivência comum e
A campanha da Fraternidade Ecumênica 35

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