Fazer festa. Comemorar. Mas com que dinheiro?
Desculpe. Não pude visitá-lo porque não tenho dinheiro. A gente trabalha a semana toda. E preciso ganhar a vida. E no fim de semana a gente tem que descansar. Isso para aguentar a parada.
Esse mesmo tipo de conversa usamos para dizer que já não temos tempo de ir à missa. É pior ainda quando os que encontram tempo de ir, chegam lá e se encontram com uma celebração massante, pesada, de gente que parece não dar espaço para expressar a vida, as esperanças, manifestar as tensões, mas para encontrar a oportunidade de entrever um raio de sol que ilumine os conflitos.
Realmente se passa a não celebrar ou porque não tem tempo ou porque não se celebra. Apenas se fazem ritos para satisfazer a obrigação. A frustração é existencial. Neste número queremos propor uma reflexão: será que o dinheiro dos poderosos é mais importante do que a comemoração? Será que nossas celebrações devem ser necessariamente um cumprimento da lei? Será que a vida dos nossos contemporâneos está reduzida ao lucro e ao cumprimento de regras sem o sabor de VIDA?
O Atílio pede licenças para despertar os leitores num sentido de criar espaço para a comemoração entre amigos. Ao menos daquelas situações que devem estar acompanhadas de alegria, ação de graças, amizade, gratuidade. Comemorar faz parte do viver humano e solapar esta dimensão da existência é cortar o sentido do que motiva para trabalhar. Quando a vida perde sua significação, por que seguimos trabalhando?
Maucyr pretende dizer que encontramos motivos de sobra para celebrar e fazer festa. As motivações da fé e o próprio sentir solidário com determinadas situações. O que realmente se faz necessário é criar condições de unir a seriedade dos acontecimentos com o espirito de espontaneidade e de descontração. Criar ambiente de celebração é colocar as pessoas em clima de participação. Fazer festa é ter a capacidade de descobrir que a vida humana dá motivos para esperança, para consolidar os laços que nos unem. É poder soltar as rédeas de nossos sentimentos e viver, por momentos ao menos, libertado da opressão legal e do dever. É poder experimentar as dimensões da gratuidade, do partilhar, do além desejado.
Também você se informará sobre o desejo de fazer da liturgia um momento que recolhe alegrias do passado e anima as expectativas que na vida temos. Os encontros sobre Santuários, de Reflexão sobre a caminhada litúrgica, para os momentos
importantes de Formaturas querem criar espaços para festejar a fê. Vamos celebrar o Mistério de Cristo Ressuscitado, vivendo hoje entre nós.
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