Houve nestes últimos anos, um esforço significativo em nossas comunidades eclesiais no sentido de organizar e dar um novo impulso à Pastoral do Batismo. Tratou-se de superar uma visão sacramentalista da fé, para resgatar a sua dimensão evangelizadora. Um forte acento foi dado ao fato da pertença e da participação na comunidade como exigência do batismo e se acentuou, por esse motivo, a catequese de preparação imediata ao sacramento.
Hoje, busca-se uma interação entre as várias etapas que compõem a iniciação no caminho da fé. A Iniciação cristã passa a ser compreendida cada vez mais, como processo gradativo que engloba o ensinamento e a experiência ritual, a catequese e os vários momentos celebrativos.
Nossa Revista, traz nesta edição, alguns relatos que nos ajudam a perceber a iniciação como uma questão vital para qualquer grupo humano e levanta alguns elementos fundamentais para a Pastoral Popular da Iniciação.
Chama a atenção para o fato do distanciamento histórico entre a prática sacramental da Igreja e a religião do povo com seus sacramentais. Distância nem sempre superada pela pastoral atual. E aponta para as possibilidades de aproximação, que vem justamente das raízes comuns da fé no Deus da vida. Convida-nos a buscar na Pastoral da Iniciação a “mútua fecundação” de que fala Puebla referindo-se a liturgia e a piedade popular.
Voltaremos ao assunto no próximo número, traçando pistas mas concretas para a prática litúrgico-pastoral n0 processo de iniciação à vida de Fé.
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