12 de outubro de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Ester 5,1b-2;7,2b-3; Salmo 45(44); Apocalipse 12,1.5.13a.15-16a; João 2,1-11
No terceiro dia houve uma festa de casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava presente. Jesus foi
convidado com seus discípulos para o casamento, símbolo da aliança entre Deus e o povo (Os 2,16-25; 49,14-16).
Os noivos nunca são identificados, pois se trata das núpcias do Messias-esposo com a humanidade. “Não têm mais
vinho”, diz a mãe de Jesus, solidária com os necessitados. Jesus se dirige à mãe, chamando-a de “mulher” como
na cruz (2,4; 19,26), expressão que evoca a esperança messiânica de salvação (Gn 3,15). “A hora de Jesus”
refere-se à sua morte-ressurreição, quando o vinho da salvação jorrará em abundância. “Fazei o que ele vos
disser” acentua a confiança da mãe de Jesus com os que esperavam o cumprimento das promessas salvíficas em
Cristo, o Filho de Deus. Jesus ordena que os servidores “encham as talhas de água” que eram “seis”, número
imperfeito, incompleto. As talhas de pedra conservam a água sempre pura e recordam as tábuas da Lei. “A água
transformada em vinho” exprime a realidade da Encarnação (1,14). Jesus é a Palavra que proporciona encher as
talhas até a borda, fazendo ressurgir uma humanidade nova pela alegria e amor gratuito. A abundância e a
qualidade do vinho é sinal dos bens messiânicos, anunciados pelos profetas (Am 9,13-14; Is 25,6; Jl 4,18) e
experimentados em Cristo. O começo dos sinais manifesta a glória de Jesus que o credencia como o Enviado do
Pai e confirma a missão dos discípulos, que “creram nele”. A leitura de Ester sublinha a resistência e a fé
da rainha, que consegue proteção para o povo dominado e ameaçado de morte (Est 3,6-13). O salmo, cântico do
casamento de um rei com uma princesa, celebra a aliança em Cristo (Ap 19,9). Na leitura do Apocalipse, a
mulher, protegida por Deus como o povo no deserto, gera o Filho Jesus como sinal de esperança para os cristãos
continuar a missão frente às perseguições causadas pelo império romano.

2. A palavra na vida
A presença de Maria, a mulher que apressa a hora de Jesus, enche de alegria os pobres pescadores que a encontram
nas águas. Que ela nos ensine a fazer sempre o que Jesus disser.

3. A palavra de Deus na celebração
Com Maria, agradecemos e louvamos ao Pai por Jesus, que se fez nosso irmãos e companheiro de jornada.

 

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidade.

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