SANTÍSSIMA TRINDADE
no domingo depois de Pentecostes

ANTES DA CELEBRAÇÃO

  1. Leitura orante dos textos bíblicos
    Ler, primeiro, o Evangelho, de João 3,16-18, e conversar sobre o que chamou a atenção no texto. Em seguida, ler a primeira leitura, do Êxodo 34,4b-6.8-9, o salmo responsorial, de Daniel 3,52-56, e a segunda leitura, de 1Coríntios 13,11-13. A partir disso, observar: como esses textos estão combinando com o Evangelho? E, também, como a leitura desses textos pode ser enriquecida com os elementos verbais (aclamação ao Evangelho, orações) e não verbais, neste domingo da Santíssima Trindade?
  2. Para ajudar na compreensão dos textos
    Os versículos do evangelho deste domingo, vem depois do colóquio de Jesus com Nicodemos [v.1-17]. Nicodemos era um fariseu que se destacava por sua fidelidade à lei. Além disso era importante membro do supremo tribunal responsável pela condenação de Jesus. Nicodemos não quer que o Sinédrio condene Jesus sem andes dar-lhe chance de se defender [Jo 7,50-52]. Nicodemos respeita Jesus como igual, quando o chama de mestre, e como superior: “alguém que vem da parte de Deus”. Nicodemos vai se encontrar com Jesus à noite, que alude às trevas da morte, mas pode também ser tempo de iluminação, especialmente escutando Jesus. Para Jesus a noite é clara como o dia, e propõe a Nicodemos um novo nascimento. Aquele que nasce vê a luz.
    No evangelho de hoje [v.16-18] João apresenta uma espécie de resumo do seu Evangelho: Deus amou tanto o mundo que entregou seu filho único E Ele veio não para julgar e condenar, mas ensinar a caminhar conforme o projeto de Deus. A atitude de Deus frente ao mundo, é uma atitude de amor, a ponto de entregar tudo o que possui: seu único filho. O Deus “compassivo” manifesta sua ternura que vem das entranhas, como a mãe pelo filho (1ª leitura). Não se trata de um amor genérico à criação, mas amor concreto ao mundo dos humanos. Há uma cumplicidade no amor, entre o Pai e o Filho para que o mundo seja salvo. “Entrega” é palavra-chave, diz respeito a toda a trajetória do filho e seu destino. Quem nele crê não é condenado, que não crê se condena. Ou seja, a vida de Jesus, em seu amor, provoca um crise, exige tomada de posição. Cada pessoa julga a si própria, pela escolha que faz. Jesus deixa Nicodemos num dilema: sair da instituição que gera a morte do amor, ou aderir a Jesus.
  3. Perspectiva para a homilia
    É importante que evangelizemos nossas imagens de Deus. Isto significa, em primeiro lugar, deixar de lado todos os falsos ídolos e imagens que criamos de Deus como juiz e patrão que condena, exclui, castiga, pede sacrifícios. Mas, sobretudo, implica que entremos na relação de comunhão e amizade com ele, para participarmos deste dinamismo de ternura e compaixão. É uma opção de vida que nos marca definitivamente a nossa vida. O Filho veio viver a humanidade para mostrar como é a vida de Deus e como podemos adotar um estilo de vida inspirado na Trindade.
    A liturgia se apresenta como um caminho para estreitarmos esta amizade com Deus. Ela é, por excelência, a obra da Trindade. O Pai nos chama para a reunião em Cristo pelo Espírito que foi derramado em nossos corações. Não é sem razão que, depois do canto de abertura, a primeira frase que proclamamos é: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Nesta nossa reunião de irmãos e irmãs, somos o corpo Ressuscitado de Cristo, unido ao Pai e a seu Espírito. Renovemos nossa confiança em Deus, que nos anima a descobrir nele o jeito melhor de viver entre nós. Sem negar as nossas diferenças, que são dons de Deus, podemos cultivar atitudes que congregam e renunciar o que segrega e exclui.

NA CELEBRAÇÃO

  1. Chegada Cantos de Taizé
    Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
  2. Canto de abertura
    Procissão com a cruz e o livro da Palavra.
    Canto: CD Paulus, Festas I: Bendito sejas tu, faixa 5.
  3. Sinal da cruz e saudação
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
    A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com vocês.
    Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
  4. Sentido da celebração
    Quem quem preside, com breves palavras, lembra o sentido do domingo:
    Sempre em nossa oração comunitária oramos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Se hoje dedicamos uma atenção especial a este mistério da Trindade, é justamente para que tomemos maior consciência de que a Trindade habita em nós.
  5. Ato penitencial – CD Paulus, festas II, faixa 16.
    Inclinemos o nosso coração, invoquemos a compaixão do Cristo e imploremos sobre nós o seu perdão. [breve silêncio]
  • Senhor, tem piedade dos corações arrependidos.
    Tem piedade de nós, tem piedade de nós [bis].
  • Cristo, tem piedade dos pecadores humilhados! …
  • Senhor, tem piedade dos que tem sede de justiça. …
    Deus de terna compaixão, tenha piedade de nós, nos dê seu perdão e a sua paz. Amém.
  1. Glória – CD Paulus, partes fixas 9-14.
  2. Oração do dia
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Ó Deus de compaixão e misericórdia,
    enviaste o teu Filho Jesus ao mundo
    e derramaste sobre nós o Espírito Santo.
    Dá-nos a graça de crer e adorar
    o teu mistério de comunhão
    e fazer de nossa vida uma busca de unidade e paz.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  3. Leituras bíblicas
    Êxodo 34,4b-6.8-9
    Salmo [Dn 3]
    A vós louvor, honra e glória eternamente!
    Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
    Sede bendito, nome santo e glorioso.
    No templo santo onde refulge a vossa glória.
    E em vosso trono de poder vitorioso.
    Sede bendito que sondais as profundezas.
    E superior aos querubins vos assentais.
    Sede bendito no celeste firmamento.

2Coríntios 13,11-13;
João 3,16-18

  1. Aclamação – CD Paulus, festas I: faixa 18
    Aleluia. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Divino.
    Ao Deus que é, que era e que vem pelos séculos. Amém.
  2. Homilia
  3. Creio
  4. Preces
    Glorifiquemos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, orando com confiança:
    Glória a ti, Trindade Santa.
    Pela Igreja para que o Espírito de Deus venha em auxílio de sua fraqueza, para que dê testemunho de oração e de serviço, oremos.
    Pelas famílias, em suas diferentes configurações, para que testemunhe o amor, na prática do diálogo e da concórdia, oremos.
    Por nossa comunidade, para que saibamos dar as razões da nossa fé, como o agir do Espírito em nossas vidas, oremos.
    Preces espontâneas…
    Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
  5. Cantos – CD Paulus: Festas litúrgicas I
  6. Coleta fraterna
    É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta. CD Paulus, festas I: Ó Trindade imensa, faixa 19.
  7. Ação de graças
    Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
    [Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].
    Quem preside, faz a oração intercalando com a assembleia:
    O Senhor esteja com vocês.
    Ele está no meio de nós!
    Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
    É nosso dever e nossa salvação!
    Ó Deus, Pai de bondade,
    graças te damos por Jesus, teu Filho,
    que escolheste e consagraste
    com a força do Espírito Santo.
    Ressuscitado, ele deu a todos nós este mesmo Espírito,
    que vem em auxílio da nossa fraqueza
    para interceder por nós junto de ti.
    Nós te damos graças, nosso Deus.
    Na força do mesmo Espírito,
    nós te adoramos e te bendizemos,
    Pai, Filho e Espírito Santo,
    com o intimo desejo de fazer
    de nossa comunidade e de nossa família
    um sinal deste mistério de amor e de unidade.
    Nós te damos graças, nosso Deus.
    O universo inteiro te bendiz e a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou: Pai nosso…, pois vosso é o reino…
  8. Abraço da paz
    Saudemo-nos, com o sinal da reconciliação e da paz!
    Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 17).
  9. Comunhão
    Quem preside diz:
    Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,
    nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
    E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
    Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
    Senhor, eu não sou digno(a)…
    Comunhão: “Bendito seja Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo”
  10. Oração
    Ó Deus, fonte de amor e de graça,
    o alimento que recebemos nesta celebração
    ajude-nos a viver a mesma comunhão de amor que há em Ti.
    Bendito sejas, Trindade santa, agora e sempre! Amém.
    Comunicações e avisos
  11. Bênção
    O Deus da vida que se fez comunhão na Trindade nos renove na alegria do seu amor e nos abençoe, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Roteiro preparado: Penha Carpanedo
Congregação Discípulas do Divino Mestre,
Redatora da revista de liturgia
www.revistadeliturgia.com.br
membro da Rede Celebra

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