DIA DO SENHOR
Domingo das bem-aventuranças
4º do Tempo Comum – Ano A
ANTES DA CELEBRAÇÃO
1. Leitura orante dos textos bíblicos
Ler, primeiro, o Evangelho, de Mateus 5,1-12a, e conversar sobre o que chamou a atenção no texto. Em seguida, ler a primeira leitura, de Sofonias 2,3; 3,12-13, o Salmo responsorial, 146(145), e a segunda leitura, de 1Coríntios 1,26-31. A partir disso, refletir: como esses textos estão combinando com o Evangelho?
2. Para ajudar na compreensão dos textos
O Evangelho desde domingo abre, de forma solene, o Sermão da Montanha (caps. 5–7) com as bem-aventuranças. Mateus descreve Jesus como o novo Moisés, que sobe à montanha para dar ao povo a nova lei. É como a constituição do novo povo de Deus, a promulgação da sua própria aliança em favor da humanidade, um verdadeiro manifesto de Boas Notícias do Reino. Ele é o primeiro bem-aventurado com um estilo de vida e de ensino que deve ser referência para seus seguidores e seguidoras (11,29). Cumpre-se a profecia de Sofonias (1ª leitura) sobre a capacidade de os humildes e pobres sobreviventes do exilio buscarem o Senhor. Deus escolhe o que o mundo considera fraco para confundir os fortes (2ª leitura).
3. Perspectiva para a homilia
O cerne do manifesto de Jesus são as oito bem-aventuranças, verdadeiro poema de valor sapiencial; não são mandamentos, são bênçãos e promessas de felicidade vinculadas a uma exigência radical. Bem no centro está a bem-aventurança da misericórdia, que mais nos aproxima do jeito de Deus, que se manifesta a nós com amor compassivo e fiel. Num mundo que produz a exclusão em massa, é importante retomarmos esse discurso de Jesus, que abre o caminho da felicidade a todos, principalmente àqueles a quem tudo é negado. Tudo pode ser orientado para que os que choram deixem de chorar, os que têm fome sejam saciados e as pessoas possam ser felizes de verdade, pois esse é o desejo mais profundo do ser humano e de toda criação de Deus. Como aquela multidão na montanha, nossa assembleia reunida no dia do Senhor recebe essa palavra como bênção que nos confirma e nos pede novas atitudes. O caminho das bem-aventuranças é certamente um programa de vida para a comunidade e a pessoa que segue Jesus. A liturgia sempre nos lembra deste programa colocando-nos diante do próprio Jesus, o bem-aventurado de Deus.
NA CELEBRAÇÃO
1. Chegada – Cantos de Taizé:
Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.
Louvarei a Deus, a vida nos conduz.
2. Canto de abertura
Procissão, com a cruz e o livro da Palavra.
“Ó Senhor salva teus filhos”. (CD Paulus: Liturgia VI)
3. Sinal da cruz e saudação
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
4. Sentido da celebração
O(a) animador(a), ou quem preside, com breves palavras introduz o sentido do domingo:
Neste domingo das bem-aventuranças, recebemos de Jesus um programa de vida para o nosso itinerário de fé, como suas discípulas e discípulos. Que sua palavra nos alcance e produza em nós frutos de vida.
Se for o caso, alguém da equipe ou a própria assembleia pode trazer lembranças de fatos marcantes da semana, como sinais da páscoa do Cristo acontecendo na história.
5. Ato penitencial
De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão.
[breve silêncio]
Senhor que vieste para salvar, não para condenar, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.
Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós. Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.
Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.
6. Glória
7. Oração
Oremos ao Senhor… (breve silêncio)
Ó Deus de ternura e misericórdia,
faze brotar em nós o desejo de comunhão contigo
e com todos os seres do universo
e ajuda-nos a ser solidários com os que sofrem.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
8. Primeira leitura – Sofonias 2,3; 3,12-13
9. Salmo responsorial – 146(145)
10. Segunda leitura – 1Coríntios 1,26-31
11. Aclamação – (CD Paulus: Liturgia VI):
“Aleluia. Meus discípulos se alegram, saltem mesmo de alegria, pois é grande a recompensa que de Deus vão ter um dia!”.
12. Evangelho – Mateus 5,1-12a
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12a Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
Palavra da Salvação.
13. Partilha da palavra
14. Creio
15. Preces
Roguemos ao Pai para que a graça das bem-aventuranças de Jesus nos alcance, e produza frutos em nossa vida e digamos:
Ouve-nos, Senhor.
– Para que a Igreja reconheça nas bem-aventuranças um caminho de vida e as anuncie com palavras e pelo testemunho, rezemos.
– Pelas pessoas que choram em consequência da fome, da insegurança, do luto e da doença, rezemos.
– Por nossa comunidade, para que se deixe julgar pela Palavra e tenha coragem de levá-la a sério.
Outras preces… Quem preside conclui:
Atende-nos ó Pai, por Jesus teu Filho, nosso irmão e Senhor. Amém.
16. Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum; onde reino o amor.
17. Ação de graças
Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
[Se houver comunhão eucarística, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar antes da ação de graças].
Quem preside faz o convite, depois diz a oração, intercalando com o canto da assembleia:
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!
Nós te damos graças, ó Deus da vida,
porque neste dia santo de domingo
nos acolhes na comunhão do teu amor
e renovas nossos corações
com a alegria da ressurreição de Jesus.
Compadecendo-se da fraqueza humana,
ele nos libertou da morte e deu-nos a vida.
Nós te damos muitas graças,
te louvamos, ó Senhor.
Esta comunidade aqui reunida
recorda a vitória de Jesus sobre a morte,
escutando a sua Palavra e dando graças,
na esperança de ver o novo céu e a nova terra,
onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,
e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.
Nós te damos muitas graças,
te louvamos, ó Senhor.
Envia sobre nós o teu Espírito,
apressa o tempo da vinda do teu reino,
e recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.
Nós te damos muitas graças,
te louvamos, ó Senhor.
Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,
por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
18. Abraço da paz
Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!
Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração [n. 20].
19. Comunhão
Se houver comunhão, quem preside diz:
Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,
nós também nos alegramos com ele em nossa mesa.
E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
Quem vem a mim nunca mais terá fome
e o que crê em mim nunca mais terá sede.
Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)…
Canto de comunhão – (CD Paulus: Liturgia VI):
“Felizes os pobres”.
20. Oração
Ó Deus dos pequeninos,
no Cristo, teu filho,
tu nos abres um caminho de vida e felicidade.
Escuta a oração dos teus pobres:
concede-nos pureza e mansidão de coração,
fortalece-nos na prática da misericórdia,
confirma-nos na luta pela paz,
aumenta nossa fome e sede de justiça,
consola-nos nas dificuldades,
para que vivamos na alegria
dos herdeiros e herdeiras do teu reino.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
21. Bênção
Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias, sempre nos liberte de todos os perigos, confirme nossos corações em seu amor e nos faça perseverar nas boas obras, hoje e sempre. Abençoe-nos, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Roteiro preparado: Penha Carpanedo
Congregação Discípulas do Divino Mestre,
Redatora da revista de liturgia
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