A Eucaristia é a celebração mais plena e mais apropriada do Dia do Senhor, mas a escassez de ministros ordenados, leva muitas comunidades a se reunirem no domingo encontrando no tesouro da tradição litúrgica a celebração da Palavra para alimento da sua fé. A Palavra é celebrada como evento pascal, “pela ação íntima do Espírito que a torna operante no coração dos fiéis” [OLM, 9]

A CNBB tem incentivado a prática da celebração dominical da Palavra, e os bispos da América Latina e Caribe reunidos em Aparecida manifestaram todo o seu apreço por tais celebrações: apreço por tais celebrações: Com profundo afeto pastoral, queremos dizer às milhares de comunidades com seus milhões de membros, que não têm oportunidade de participar da Eucaristia dominical, que também elas podem e devem viver “segundo o domingo”(…) participando da celebração dominical da Palavra, que faz presente o Mistério Pascal no amor que congrega (cf. Jo 3,14), na Palavra acolhida (cf. Jo 5,24-25) e na oração comunitária (cf. MT 18,20). [DA n. 253

Celebração da Palavra – DOMINGO DE JOÃO BATISTA
2º do advento – 4 de dezembro de 2022

ANTES DA CELEBRAÇÃO

  1. Leitura orante dos textos bíblicos:
    Ler primeiro o Evangelhos: Mateus 3,1-12 e conversar sobre o que chamou a atenção no texto. Ler a segunda leitura: Isaías 11,1-10; o Salmo 72(71)e a segunda leitura: de Romano 15,4-9Romano. Como estes textos estão combinando com o Evangelho?
  2. Para ajudar na compreensão dos textos:
    Texto deste domingo está no início do Evangelho de Mateus. Começa dizendo que João Batista apareceu no deserto, chamando o povo à conversão. João tem um aspecto de asceta como o grande profeta Elias em 2Rs 1,8. O povo o identifica com a profecia de Isaías (Is 40,3): “voz que clama no deserto”. Por seu estilo de vida e por sua atividade devidamente reconhecida, atraiu o povo e goza da credibilidade de um profeta. A ele vinham as autoridades religiosas e sociais de Israel. João se dirige a todos: judeus e não judeus, pobres e ricos… Exige arrependimento, confissão pública e a conversão como fruto. Anuncia um julgamento radical. Batiza com água para a conversão, mas anuncia alguém mais forte, que batizará no Espírito e com o fogo.
    Este Jesus que João anuncia é o cumprimento da profecia de Isaías na primeira leitura: Broto do tronco cortado, sobre o qual repousará o Espírito que vai trazer justiça para os humildes.
    E Paulo ensina a concórdia e o mútuo acolhimento entre irmãos na fé, um bom começo da mudança que queremos para o mundo.
  3. Perspectiva para a homilia
    A chave litúrgica para a leitura dos textos neste domingo, é o advento, que
    propõe para a Igreja a cada ano, retomar a dimensão da esperança, na perspectiva da vinda do Senhor. A nossa conversão não é uma condição para que Deus venha. O Senhor vem independentemente da nossa conversão e a sua chegada é tão certa como a aurora. Nossa conversão, porém, é sinal de que estamos abrindo os braços para a sua chegada. Deixemos que ecoe no coração as palavras da oração inicial: “que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro de Cristo”.

NA CELEBRAÇÃO

  1. CHEGADA
    Nos dois primeiros domingos [Cantos de Taizé]:
    Por ele esperem seu dia vem,
    tenham coragem, Jesus já vem.
  2. CANTO DE ABERTURA
    Procissão, levando a cruz, as velas da coroa que já foram acesas e o livro da Palavra. Chegando a procissão, as velas acesas são colocadas na coroa.
    Cantos – CD Paulus: Eis que de longe, Liturgia IV, faixa 6. Liturgia VIII, Quando virá, senhor, o dia, faixa 1; Senhor, vem salvar teu povo, faixa 3; Alegrai-vos, ele está bem perto, faixa 5; O Senhor virá libertar o seu povo, faixa 12; Como o sol nasce da aurora, faixa 13.
  3. SINAL DA CRUZ E SAUDAÇÃO
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
    Irmãos e irmãs, o Senhor está perto! Que a sua paz esteja com vocês!
    Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
  4. ACENDIMENTO DA COROA e sENTIDO DA CELEBRAÇÃO
    Alguém acende a vela da coroa, do respectivo domingo, fazendo a seguinte oração:
    Bendito seja o Deus da vida, pela luz do Cristo, a quem esperamos com toda a ternura do coração!
    O(a) animador(a), com breves palavras introduz o sentido do domingo:
    Neste tempo nossas preces se unem ao clamor de toda a humanidade que anseia um outro mundo possível. Acendemos a lâmpada do coração na espera amorosa da vinda de Jesus, nosso salvador.
  5. ATO PENITENCIAL
    Invoquemos a Cristo Senhor, confessando a nossa fé na vitória do amor sobre o pecado e implorando a sua misericórdia.
    [breve silêncio]
    Senhor, que vieste visitar o teu povo na paz, tem piedade de nós!
    Senhor, tem piedade de nós.
    Cristo, que vieste fortalecer os fracos, tem piedade de nós!
    Cristo, tem piedade de nós.
    Senhor, que vieste criar um mundo novo, tem piedade de nós!
    Senhor, tem piedade de nós.
    O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados, e nos conduza à vida eterna. Amém.
  6. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Deus das misericórdias,
    liberta-nos de tudo o que pode impedir
    de correr ao encontro de Cristo,
    e que a tua sabedoria nos conduza e guie,
    para que participemos plenamente
    da vida que ele veio nos dar.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  7. PRIMEIRA LEITURA Isaías 11,1-10
  8. SALMO RESPONSORIAL Salmo 72(71)
  9. SEGUNDA LEITURA Romano 15,4-9
  10. ACLAMAÇÃO – CD Paulus, Liturgia IV, faixa 3
    Aleluia, aleluia!
    Voz que clama no deserto: (bis)
    “Preparai-lhe um caminho, (bis)
    uma estrada ao Senhor!” (bis)
    Aleluia, aleluia!
  11. EVANGELHO Mateus 3,1-12
  12. HOMILIA
  13. CREIO
  14. PRECES
    Apresentemos as nossas preces, ao Senhor, que quer contar com a nossa participação na realização do seu reino:
    Venha o teu reino, Senhor.
  • Para que a Igreja seja a voz no deserto do nosso tempo, reconhecendo em Cristo a Palavra, oremos.
  • Para que reconheçamos em nós a necessidade de uma profunda conversão, que nos coloque na trilha do caminho de Jesus, oremos.
  • Para que as vozes que gritam de tantas maneiras, com palavras e ações a favor da vida, encontrem eco coração do povo, oremos.
    Outras preces…
    Ó Deus, concede que tomemos a firme determinação de te acolher à tua chegada. Por Cristo nosso Senhor. Amem.
  1. COLETA FRATERNA
    É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: muito suspiro por ti, CD Paulus, liturgia VIII, faixa 10.
  2. AÇÃO DE GRAÇAS
    Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
    [Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar]. Quem preside faz o convite, depois diz a oração intercalando como o refrão da assembleia:
    O Senhor esteja com vocês.
    Ele está no meio de nós!
    Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
    É nosso dever e nossa salvação!
    É muito bom te louvar, ó Deus bondoso e fiel!
    Desde o começo do mundo, tu te revelaste
    aos antigos pais e mães da nossa fé
    como Deus santo e amigo da humanidade.
    Pelos profetas, falaste ao povo da primeira aliança
    e tua palavra se cumpriu em Jesus teu Filho amado,
    a quem esperamos.
    Vem, vem, Senhor Jesus, vem!
    Vem, bem amado Senhor!
    João Batista, lá no deserto, apontou para nós o Messias
    e deu testemunho de sua luz.
    Maria, recebendo o anúncio do anjo,
    ficou grávida do Verbo.
    Hoje, teu povo reunido em louvação
    é sinal de que teu reino está chegando.
    Acolhe nosso desejo de sermos unidos em Jesus Cristo
    e de vermos brilhar em nossa humanidade
    o esplendor da sua luz.
    Vem, vem, Senhor Jesus, vem!
    Vem, bem amado Senhor!
    Apressa o tempo da vinda do teu reino.
    Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti com as palavras que Cristo nos ensinou:
    Pai nosso… Pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
  3. ABRAÇO DA PAZ
    Saudemo-nos uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz.
    Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 19).
  4. COMUNHÃO
    Quem preside diz:
    Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,
    nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
    E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
    Assim disse Jesus: “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comigo”. (Ap 3,20). Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
    Senhor, eu não sou digno(a)…
    Canto de comunhão – CD Paulus, Liturgia IV: Vigiai, vigiai, faixa 5 Liturgia VIII: Senhor a vossa vinha, faixa 4. Ouço uma voz, H1, 34 e s p. 47; Teu corpo e sangue H1, p. 86 e ODC, p. 294;
  5. ORAÇÃO
    Deus, amigo da humanidade, pela boca do Batista anunciaste ao teu povo um tempo de graça e o convidaste a preparar os teus caminhos. Unimos nossa voa ao gemido do universo e ao clamor que se eleva de todas as criaturas à espera de redenção. Dá-nos a graça da conversão como sinal de profunda acolhida do Cristo teu filho, nosso salvador, bendito pelos séculos. Amém.
    Comunicações e avisos
  6. BÊNÇÃO
    O Deus da paz nos santifique totalmente e nos mantenha vigilantes para o dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, agora e sempre. Amém.
    Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
    Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
    Graças a Deus.

Penha Carpanedo
Congregação Discipulas do Divino Mestre,
Redatora da revista de liturgia
www.revistadeliturgia.com.br
membro da Rede Celebra.

Dia do Senhor:
Rito da Celebração da Palavra,
Paulinas Volume 1.
Contem roteiros para a
Celebração dominical da Palavra
durante todo o ano litúrgico.
www.apostoladolitúrgico.com.br

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A Revista de Liturgia é um serviço de formação litúrgica destinada ao povo de Deus, especialmente às pessoas que atuam na pastoral litúrgica e nos diversos ministérios dentro da celebração. Traz artigos de excelente conteúdo e de fácil leitura, sobre diversos temas, sempre em sintonia com a pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, em função da prática celebrativa das comunidade e da relação liturgia e catequese.

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