DIA DO SENHOR
DOMINGO DOS VINHATEIROS HOMICIDAS.
27º do tempo comum – 8 de outubro de 2023

  1. Leitura orante dos textos bíblicos
    Ler, primeiro, o Evangelho, de Mateus 21,33-43, e conversar sobre o que chamou a atenção no texto. Em seguida, ler a primeira leitura, de Isaías 5,1-7, o salmo responsorial, Sl 80(79), e a segunda leitura, de Filipenses 4,6-9. A partir disso, observar: como esses textos combinam com o Evangelho? E, também, como a leitura desses textos pode ser enriquecida com outros elementos verbais e não verbais deste domingo?
  2. Para ajudar na compreensão dos textos
    O clima em torno de Jesus em Jerusalém é de tensão crescente. A parábola é dirigida aos sacerdotes e anciãos do povo. Esta parábola comum aos três evangelhos, tem em Mateus uma característica própria. Ele organiza a narrativa de modo que os interlocutores interagem fazendo voltar contra si próprios a sentença dirigida aos vinhateiros.
    A imagem da vinha como um símbolo do próprio povo de A imagem da vinha como um símbolo do próprio povo de Deus era muito difundida: assim como era popular o cântico da vinha de Isaías (1ª leitura). No salmo, “a vinha do Senhor, é a casa de Israel”. O evangelho, em continuidade com a primeira leitura é uma releitura da história à luz da fé.
  3. Perspectiva para a homilia
    A parábola conta a história de um certo proprietário que planou uma vinha, cuidou dela, construiu um lagar para esmagar as uvas, construiu uma torre de guarda, arrendou a e viajou. No tempo da colheita o proprietário mandou empregados para recolher os frutos mas estes foram mortos vinhateiros. Depois mandou outros empregados em maior número, também estes foram mortos violentamente. Por fim mandou próprio filho. Também a este agarraram, jogaram fora da cidade e o mataram.
    Podemos, identificar os grandes momentos da história da salvação da maneira como a comunidade de Mateus a entendia: a criação do mundo [Deus criador, jardineiro]; a missão dos profetas (“enviados”) e a morte a violenta que sofreram; por fim, o envio do filho e sua condenação à morte.
    Quando terminou a parábola Jesus pergunta aos seus interlocutores: “quando o dono da vinha voltar o que fará com os vinhateiros?” A resposta: “Com certeza mandará matar de modo violento estes perversos e arrendará a vinha a outros que entregarão os frutos no tempo certo”. No jargão popular “o feitiço se voltou contra o feiticeiro”, como na parábola dos dois filhos [no domingo passado]. E Jesus aplica a eles: “O reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá fruto”. Fica então muito evidente que os vinhateiros que querem se apropriar da vinha são os próprios interlocutores a quem Jesus dirige a parábola.
    O resultado é a expulsão de tais trabalhadores e a entrega da vinha a outros agricultores que estejam dispostos a produzir frutos sem tomar posse deles.
    O tempo certo dos frutos, é o tempo de Jesus, o Verbo enviado que eles não só rejeitaram, mas mortaram, fora de Jerusalém. Deus porém, faz da rejeição humana o fundamento da história da salvação (cf. Mt 21,42). “A pedra rejeitada, ser tornou a Pedra angular”. O crucificado ressuscitado exercerá sua autoridade no “povo novo” nascido de sua Páscoa, aberto aos “pagãos” para que dê frutos de justiça.
    A Palavra neste domingo soa como uma proclamação da universalidade do Reino e denuncia um perigo permanente na comunidade cristã: quando um grupo de pessoas que desempenham funções de dirigentes [cf. Mt 21,38], tenta prevalecer sobre os demais. Em qualquer religião ou Igreja pode haver a tentação de se considerar possuidor da verdade. Mateus enfatiza a importância dos frutos. O Reino de Deus se manifesta no povo que produz frutos em defesa dos últimos ou na comunidade que se ocupa do que é verdadeiro e justo (2ª leitura). O caminho a seguir é o do próprio filho, a pedra rejeitada, que se tornou a pedra angular. Por isso, a cada domingo nos reunimos, para trazer de volta a memória do amor que venceu a morte.

NA CELEBRAÇÃO

  1. CHEGADA – Cantos de Taizé:
    Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.
    Louvarei a Deus, a vida nos conduz.
  2. CANTO DE ABERTURA (CD Paulus: Liturgia VII):
    “Senhor, escuta as preces”.
    Procissão, com a cruz e o livro da Palavra.
  3. SINAL DA CRUZ E SAUDAÇÃO
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
    A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com vocês.
    Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
  4. SENTIDO DA CELEBRAÇÃO
    O(a) animador(a), ou quem preside, com breves palavras introduz o sentido do domingo:
    Deus nos reúne em seu amor generoso e gratuito, e nós atendemos ao seu convite, estamos aqui com imensa gratidão e desejo de bem.
    Se for o caso, alguém da equipe ou a própria assembleia pode trazer lembranças de fatos marcantes da semana, como sinais da Páscoa do Cristo acontecendo na história.
  5. ATO PENITENCIAL
    De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão.
    [breve silêncio]
    Senhor que vieste para salvar, não para condenar, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.
    Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós. Cristo, tem piedade de nós.
    Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.
    Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.
  6. GLÓRIA
  7. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… (breve silêncio)
    Ó Deus, parceiro fiel da aliança,
    tu cumulas de um amor sem fim
    aqueles e aquelas que te imploram.
    Derrama sobre nós tua misericórdia,
    liberta-nos de todas as nossas preocupações
    e atende-nos em todas as nossas necessidades.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  8. PRIMEIRA LEITURA – Isaías 5, 1-7
  9. SALMO RESPONSORIAL, Sl 80(79)
  10. SEGUNDA LEITURA – Filipenses 4, 6-9
  11. ACLAMAÇÃO – (CD Paulus: Liturgia VI)
    Aleluia.
    Eu sou a videira, vocês são os ramos,
    um fruto abundante vocês hão de dar.
    Ligados em mim e eu em vocês,
    se assim permanecem, bem muito será!
  12. EVANGELHO – Mateus 21, 33-34
  13. PARTILHA DA PALAVRA
  14. CREIO
  15. PRECES
    Peçamos a Deus fidelidade a seu serviço, para que sejamos dignos da sua eleição e do seu amor, e oremos:
    Escuta-nos, Senhor.
  • Por todas as Igrejas cristãs, para que sejam vinha fecunda de muitos frutos a favor da vida, oremos ao Senhor.
  • Pelos pastores e pastoras de todas as Igrejas, por todas as pessoas que exercem função de liderança nos diversos movimentos, que jamais se apropriem dos frutos do seu trabalho, oremos ao Senhor.
  • Para que cresçam em nós atitudes de cuidado com a casa comum, que cessem as queimadas e os desmatamentos, que as águas se mantenham limpas e jamais sejam privatizadas, oremos ao Senhor.
  • Preces espontâneas… Quem preside conclui:
    Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
  1. COLETA FRATERNA
    É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum; onde reino o amor.
  2. AÇÃO DE GRAÇAS
    Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
    [Se houver comunhão eucarística, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar antes da ação de graças].
    Quem preside faz o convite, depois diz a oração, intercalando com o canto da assembleia:
    O Senhor esteja com vocês.
    Ele está no meio de nós!
    Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
    É nosso dever e nossa salvação!
    Nós te damos graças, ó Deus da vida,
    porque neste dia santo de domingo
    nos acolhes na comunhão do teu amor
    e renovas nossos corações
    com a alegria da ressurreição de Jesus.
    Compadecendo-se da fraqueza humana,
    ele nos libertou da morte e deu-nos a vida.
    Nós te damos muitas graças,
    te louvamos, ó Senhor.
    Esta comunidade aqui reunida
    recorda a vitória de Jesus sobre a morte,
    escutando a sua Palavra e dando graças,
    na esperança de ver o novo céu e a nova terra,
    onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,
    e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.
    Nós te damos muitas graças…
    Envia sobre nós o teu Espírito,
    apressa o tempo da vinda do teu reino,
    e recebe o louvor de todo o universo
    e de todas as pessoas que te buscam.
    Nós te damos muitas graças…
    Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,
    por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
    Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
  3. ABRAÇO DA PAZ
    Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!
    Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração [n. 20].
  4. COMUNHÃO
    Se houver comunhão, quem preside diz:
    Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos com ele em nossa mesa.
    E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
    Quem vem a mim nunca mais terá fome
    e o que crê em mim nunca mais terá sede.
    Eis o Cordeiro de Deus,
    que tira o pecado do mundo!
    Senhor, eu não sou digno(a)…
    Canto: CD Paulus Liturgia VII
    “Ó Pai, somos nós esta vinha”.
  5. ORAÇÃO
    Ó Deus de todos os povos,
    tu plantaste em nossa vida o teu imenso amor de pai.
    Nós te pedimos por todos e todas que te pertencem e fazem parte do teu povo:
    todos os que confessam que Jesus é o Senhor,
    todos os que te buscam nas diversas religiões,
    todos os que te procuram de coração sincero.
    Fortalece os laços que nos unem a eles e elas.
    Derrama sobre nós a tua misericórdia,
    para que possamos fazer sempre a tua vontade
    e produzir frutos de paz e justiça.
    E o universo inteiro,
    transformado por teu amor,
    bendirá sempre o teu nome,
    por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  6. BÊNÇÃO
    Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias, sempre nos liberte de todos os perigos, confirme nossos corações em seu amor e nos faça perseverar nas boas obras, hoje e sempre. Abençoe-nos, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

PENHA CARPANEDO, PDDM
Assine a Revista de Liturgia!!
www.revistadeliturgia.com.br
e adquira a agenda comemorativa dos jubileu da Revista!

   ASSINE A REVISTA DE LITURGIA!
A Revista de Liturgia é um serviço de formação litúrgica destinada ao povo de Deus, especialmente às pessoas que atuam na pastoral litúrgica e nos diversos ministérios dentro da celebração. Traz artigos de excelente conteúdo e de fácil leitura, sobre diversos temas, sempre em sintonia com a pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, em função da prática celebrativa das comunidade e da relação liturgia e catequese.

Deixe um comentário