Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.

  1. ABERTURA
  • Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
  • Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)
  • Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
    A criação inteira, o Senhor remiu. (bis)
  • Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
    Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)
  • Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
    Povo de sacerdotes, a Deus louvação. (bis)
  1. RECORDAÇÃO DA VIDA
    Neste domingo, de encontrar o que estava perdido e do Pai misericordioso, que o Espírito renove em nós a alegria da salvação que nos é dada gratuitamente, por pura misericórdia do Pai.
  • Quem coordena a celebração convida as pessoas a partilharem fatos da semana que passou, que são sinais da manifestação de Deus entre nós.
  1. SALMO 142 (141)
    Com esta prece de um perseguido, façamos nossa a súplica em comunhão com todos os refugiados que do mundo, com toda pessoa que vive longe de sua pátria.
    1.Ao Senhor faço ouvir meu forte grito;
    Ao Senhor, meu clamor eu faço ouvir.
    Minha queixa eu derramo diante dele,
    Quando o alento parece-me fugir.
    2.Tu conheces meus passos, meu caminho:
    Armadilha puseram na estrada.
    Volta os olhos e vê, ninguém me liga;
    Sem amparo, eu me sinto abandonada.
    3.Grito a ti, ó Senhor, a ti eu digo:
    “Meu refúgio tu és, minha porção,
    Mi’a herança és na terra dos viventes,
    De um coitado ouve atento a oração”.

4.Vem livrar-me dos meus perseguidores,
Pois são fortes, mais fortes do que eu.
Minha vida retira da cadeia,
E assim louvarei o nome teu!

5.Quem é justo se ajuntará comigo,
Quando a mim revelares teu amor!
Glória a Deus que escuta os oprimidos,
Quem do povo sofrido ouve o clamor!

  1. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Ó Deus, criador e senhor do universo,
    olha para as nossas necessidades.
    Faze-nos sentir profundamente em nossas vidas
    a força da tua misericórdia,
    para que possamos nos dedicar,
    com todas as forças,
    ao teu santo serviço
    e ter para com nossos irmãos e irmãs
    os mesmos sentimentos que tens para conosco.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  2. PARA ACOLHER O EVANGELHO
    Mandai o vosso Espírito Santo,
    paráclito aos nossos corações
    e fazei-nos conhecer as Escrituras,
    as Escrituras que foram por ele inspiradas.
  3. LEITURA DO EVANGELHO – Lucas 15,1-32
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
    Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4″Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’
    7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
    8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.
    11E Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou
    e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
    25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31 Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32 Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'”.
    Palavra da Salvação.
  1. MEDITAÇÃO
  • Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
    Hoje escutamos três parábolas de Jesus: um homem no campo e sua ovelha extraviada; uma mulher em casa e sua moeda perdida e a terceira a parábola do pai amoroso e seus dois filhos. As três parábolas, hoje proclamadas, foram contadas aos fariseus em vista de suas críticas às relações de amizade e proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e com os pecadores públicos. Através delas, Jesus quer chamar a atenção para a misericórdia do Pai, anunciando alegria a coletores e pecadores e causando mal-estar aos fariseus, bem representados na figura do filho mais velho da terceira parábola.
    Na comunidade humana, cada um é único e original, independentemente daquilo que faz ou deixa de fazer, e não pode ser excluído ou descartado. Sua falta deixa uma grande lacuna, assim como o pastor ressente a ovelha que fugiu, a dona de casa se aflige pela moeda que perdeu e o pai sofre com a ausência do filho que partiu. O filho mais velho da terceira parábola – e se esta fosse só a parábola do filho pródigo, poderia ter acabado quando o filho rebelde voltasse – tem a função de sinalizar, para todos nós, o papel que assumimos ao valorizarmos em demasia a lei e a moral, em detrimento da ternura ao necessitado, do respeito ao outro, da acolhida ao diferente.
    Estas três parábolas nos ajudam a evangelizar nossas relações, tornando nossas comunidades cristãs ícones da misericórdia, escolas de compaixão, alegres testemunhas de um Deus que possui um amor de predileção pelos pequenos e uma preocupação extravagante pela pessoa na sua individualidade.
    A celebração litúrgica, sendo lugar de reunião sem discriminação e de atenção às pessoas, é sacramento do cuidado de Deus para conosco. Nela, a ação do Espírito opera em nós a transformação de nossas atitudes de indiferença para uma atitude de adesão à Palavra e fidelidade aos mandamentos de Deus, colocada em prática na relação com aqueles e aquelas que a sociedade descartou.
  1. PRECES
    Elevemos ao Pai as nossas preces:
    R. Ouve- nos, Senhor.
  • Pela Igreja, para que seja no mundo, sinal do amor misericordioso do Pai , rezemos.
  • Pelos filhos e filhas que abandonaram suas famílias, para que descubram que só na convivência humana se encontra a verdadeira liberdade, oremos.
  • Pelas famílias, desestabilizadas pelos conflitos, pela doença e pela pobreza.
    Preces espontâneas…
  1. PAI NOSSO
  • Quem preside faz o convite:
    Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança: Pai nosso…
  1. ORAÇÃO
    Ó Deus, pai de misericórdia,
    lento na cólera e rápido no perdão,
    dá-nos um amor incondicional aos pequenos,
    abre nossas mentes e corações a todos,
    faze da misericórdia uma prática cotidiana.
    E o universo inteiro,
    enternecido por tantas manifestações da tua compaixão, proclamará tua justiça,
    por Cristo, teu filho amado, bendito para sempre. Amém.
  2. BÊNÇÃO
    Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias e nos bençoe, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA
Vem Senhor, à nossa mesa e dá-nos o vinho novo da tua presença. A nós que recebemos o dom da tua Palavra, concede a tua bênção e renove na humanidade a esperança de dias melhores. A ti a glória pelos séculos. Amém.
Em nome do Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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