CELEBRAR EM CASA

Domingo do fariseu e do publicano.
30º do Tempo Comum – Ano C – 2022

Prepare um espaço com cadeiras em círculo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.

  1. ABERTURA
  • Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
  • Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)
  • Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
    A criação inteira, o Senhor remiu. (bis)
  • Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
    Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)
  • Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
    Povo de sacerdotes, a Deus louvação. (bis)
  1. RECORDAÇÃO DA VIDA
    Neste domingo da humilde oração do publicano, ofertemos nossas preces com toda confiança, alargando nosso coração ao clamor do povo que anseia por um país inclusivo, sem ódio e que vive em paz.
  • Quem coordena a celebração convida as pessoas a partilharem fatos da semana que passou, que são sinais da manifestação de Deus entre nós.
  1. SALMO 121 (120)
    Como os antigos peregrinos em suas romarias a Jerusalém, peçamos ao Senhor que no caminho nos guarde e nos acompanhe.
  2. Eu levanto meus olhos pros montes:
    Onde está quem me ajuda, adonde?
    Meu socorro está no Senhor,
    Que os céus e a terra formou!
  3. Tu não vais tropeçar nas estradas,
    Acordado está quem te guarda!
    Um cochilo tirar pode não
    O vigia da santa nação!
  4. O Senhor fica sempre a teu lado,
    Te guardando com todo cuidado!
    Que o fogo do sol não te açoite,
    Nem a lua te ofenda de noite!
  5. Ele vai te livrar dos desastres,
    Ele sempre te afasta dos males:
    Te protege no ir, no voltar,
    Toda hora sem nunca faltar!
  6. A Deus Pai seja todo louvor,
    E a seu Filho, Jesus, Salvador,
    E ao Espírito Santo também,
    Na sequência dos tempos. Amém!
  7. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Deus, mãe de ternura,
    aumenta em nós a fé, a esperança e a caridade.
    Dá-nos a graça de amar os teus mandamentos
    e viver na alegria de tuas promessas.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  8. PARA ACOLHER O EVANGELHO
    Mandai o vosso Espírito Santo,
    paráclito aos nossos corações
    e fazei-nos conhecer as Escrituras,
    as Escrituras que foram por ele inspiradas.
  9. LEITURA DO EVANGELHO – Lucas 18,9-14
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
    Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10″Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ 14 Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”. Palavra da Salvação.
  1. MEDITAÇÃO
  • Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
    O evangelho de hoje, na mesma linha do domingo anterior, é um ensinamento sobre a oração e a relação com Deus, tendo como exemplo, dois personagens profundamente diferentes: o fariseu e o publicano.
    O farisaísmo, palavra que quer dizer “separado”, surgiu cerca de trezentos anos antes de Jesus e constituiu-se em um movimento de renovação profunda no judaísmo, pelo resgate da palavra de Deus na vida concreta das pessoas. Visto que a lei exprimia a vontade de Deus, ele não só a estudava nos mínimos detalhes, como a observava minuciosamente, escrupulosamente, todos os mandamentos e proibições, e até mais do que estava prescrito. O fariseu representa o justo, reconhecido como tal no judaísmo, não sendo egoísta nem preocupado consigo mesmo, mas atento ao futuro e às necessidades do povo.
    Os publicanos ou coletores de imposto surgiram quando da dominação romana na Palestina e estão a serviço deste mesmo poder. São eles que coletam os impostos a serem enviados a Roma como forma de tributação. Eram considerados, pelos habitantes locais, como traidores do povo, com fama de ambiciosos e desonestos.
    A conclusão da parábola, ao contar que o publicano, reconhecendo-se pecador, voltou justificado para a sua casa, e não o fariseu, quer ensinar que a oração e a relação com Deus não dependem dos nossos méritos e erros, mas da autenticidade e transparência com que conseguimos articulá-los. O publicano reconheceu sua pequenez e fez de sua própria pobreza a sua prece e uma entrega ao mistério de Deus, enquanto o fariseu, apesar de todos os seus méritos, tornou sua oração uma justificação de si mesmo.
    Este gesto do publicano diante de Deus se atualiza em nossa celebração ao reconhecermos nossa fragilidade diante dele, ao escutar e acolher a Palavra que nos desvela e nos converte. A oração litúrgica nos educa a uma constante abertura ao mistério de Deus e a uma atenta vigilância, para que não nos fechemos em nós mesmos. Só Deus é justo e capaz de nos justificar diante dele. A salvação não depende da nossa santidade, mas da sua misericórdia.
  1. PRECES
    Elevemos a Deus a nossa prece com a humildade do publicano, reconhecendo-nos pobres, diante da sua pobreza, e oremos:
    Ouve, Senhor o nosso clamor.
  • Pela Igreja, para que, com sua palavra e seu testemunho de vida anuncie Jesus como único salvador, , oremos.
  • Pela nossa frágil humanidade, para que iluminada pela Palavra, possamos nos conhecer e reconhecer a necessidade da misericórdia de Deus, oremos.
    Que esse momento de nossa oração seja um ato de fé sincero, naquele que tudo pode, oremos.
    Preces espontâneas
    Ó Deus, que exaltas os humildes e depõe os arrogantes, escuta a prece desta pequena Igreja, unida em oração. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  1. PAI NOSSO
  • Quem preside faz o convite:
    Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança: Pai nosso…
  1. ORAÇÃO
    Ó Deus do universo,
    tu amas todas as criaturas com igual amor
    e todas te são caras: desde os pequenos animais
    aos grandes astros, passando
    por todos os povos da terra.
    Recebe, hoje, nosso louvor e nossa prece.
    Dá-nos a graça de ter a mesma atenção
    e cuidado para com todos e um amor sem fronteiras.
    Livra-nos de toda autossuficiência e ambição.
    Recebe o nosso louvor e de todos quantos,
    de todos os lugares da terra,
    invocam o teu nome, bendito para sempre. Amém.
  2. BÊNÇÃO
    Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias e nos bençoe, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA

Vem Senhor, à nossa mesa e dá-nos o vinho novo da tua presença. A nós que recebemos o dom da tua Palavra, concede a tua bênção e renove na humanidade a esperança de dias melhores. A ti a glória pelos séculos. Amém.
Em nome do Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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