Roteiro: Penha Carpanedo, da Congregação Discípulas do Divino Mestre (Apostolado litúrgico), membro da Rede Celebra de animação litúrgica.

Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.

1. ABERTURA

Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
– Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)

– Hoje, ó Deus da vida, vimos celebrar! (bis)
Com teus santos apóstolos, te adorar. (bis)

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)

– Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
Lembrando Pedro e Paulo, nossa louvação. (bis)

2. Recordação da vida
Neste domingo, recordamos dois grandes apóstolos, que são considerados colunas da Igreja, os mártires Pedro e Paulo. Em nossa tradição cristã, há dois motivos para fazer memória de um santo: o primeiro é recordar a sua vida e seu testemunho, para que possamos inspirar a nossa vida na vida deles; o segundo motivo, é confiar a eles nossas preces, já que eles intercedem por nós junto de Deus.
Por isso, vamos começar lembrando quem foi Pedro e quem foi Paulo que depois de dois mil anos ainda são lembrados e possuem a força de inspirar-nos no caminho de seguimento de Jesus.

Pedro, que tinha nome judaico de Simão, recebeu de Jesus o nome de Cefas que quer dizer pedra. Era pescador de Betsaida (Lc 5,3; Jo 1,44) e mais tarde se estabeleceu em Cafarnaum (Mc 1,21.29). Entrou no grupo dos discípulos do Senhor pela mediação do seu irmão André (Jo 1,42). Foi uma das primeiras testemunhas do sepulcro vazio (Jo, 6) depois das mulheres, e mereceu especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34). Depois da ascensão assumiu a direção da comunidade cristã (At 1,15.;15,7) e foi o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja a outras culturas (At 10-11), aprendendo a duras penas, este caminho espiritual (cf. MT 10,41; 14,29… Jo 13,6… At 15; Gl 2,11-14; At 6.1-12). Segundo o testemunho mais antigo de Tertuliano (século II), Pedro morreu crucificado; e segundo Orígenes, de cabeça para baixo (conforme o costume romano de crucificar os escravos). Foi martirizado no ano 67 na colina do Vaticano.

Paulo de Tarso era chamado Saulo, fariseu. De perseguidor dos cristãos, se tornou discípulo apaixonado de Jesus Cristo, ardoroso apóstolo, abrindo o evangelho a todas as nações. Fundou inúmeras comunidades e contou com a colaboração de homens e mulheres no seu ministério. Fez muitas viagens missionárias, sendo a primeira delas com Barnabé (At 13,14) de quem recebeu inestimável apoio. Também Lucas foi seu companheiro de missão. A grande paixão deste discípulo e apóstolo por Cristo, o fez superar muitas provações e dificuldades: perigos nas viagens de barco, perseguição e encarcerado (At 21,26), de onde escreveu cartas para as comunidades. Libertado no ano 63 foi de novo aprisionado e decapitado no ano 67, segundo Tertuliano, a 5 km de Roma.

Mais do que obras, a contribuição destes dois apóstolos, Pedro e Paulo está na generosidade com que viveram o discipulado de Jesus e serviram a Igreja. Como diz o ditado, o testemunho vale mais que muita pregação.
Fazendo memória dos apóstolos Pedro e Paulo, agradeçamos a Deus sua fé e empenho missionário, em comunhão com a Igreja de Roma, que, no passado, foi testemunha do seu martírio. Lembramos o papa Francisco, bispo da Igreja de Roma, todos os pastores e servidores das comunidades de todas as Igrejas cristãs.

As pessoas podem falar o que lembram sobre estes dois santos da Igreja.

3. SALMO 34 (33)
Ao cantar este salmo vamos unir nossa oração à prece de toda Igreja, neste dia, em que lembramos o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo, fiéis testemunhas de Cristo e do seu evangelho.
São Pedro e São Paulo, colunas da igreja,
fiéis companheiros em vida e missão,
seu sangue versaram na grande peleja,
regando a semente da libertação!

1. Vamos juntos dar glória ao Senhor
E ao seu nome fazer louvação.
Procurei o Senhor, me atendeu,
Me livrou de uma grande aflição.

2. Olhem todos pra ele e se alegrem,
Todo o tempo sua boca sorria.
Este pobre gritou e ele ouviu,
Fiquei livre da minha agonia.

3. Acampou na batalha seu anjo,
Defendendo seu povo e o livrando;
Provem todos, pra ver como é bom,
O Senhor que nos vai abrigando.

4. Povo santo, adore o Senhor;
Aos que o temem, nenhum mal assalta.
Quem é rico empobrece e tem fome,
Mas a quem busca a Deus, nada falta.

5. Ó meus filhos, escutem o que eu digo
Pra aprender o temor do Senhor.
Quem de nós que não ama sua vida,
E a seus dias não quer dar valor?

6. Tua língua preserva do mal
E não deixes tua boca mentir.
Ama o bem e detesta a maldade,
Vem a paz procurar e seguir.

7. Sobre o justo, o Senhor olha sempre,
Seu ouvido se põe a escutar;
Que teus olhos se afastem dos maus,
Pois ninguém deles vai se lembrar.

8. Deus ouviu quando os justos chamaram
E livrou-os de sua aflição.
Está perto de quem se arrepende;
Ao pequeno, ele dá salvação.

9. Para o justo, há momentos amargos,
Mas vem Deus pra lhe dar proteção.
Ele guarda com amor os seus ossos;
Nenhum deles terá perdição.

10. A malícia do ímpio o liquida,
Quem persegue o inocente é arrasado.
O Senhor a seus servos liberta,
Quem se abriga em Deus é poupado.

11. Glória a Deus, Criador que nos ama,
Glória a Cristo que é nosso bem,
E ao Espírito, amor e ternura,
Desde agora e pra sempre. Amém!
– Oração silenciosa

4. ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, tu nos dás a alegria de festejar
o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
Dá-nos a graça de seguir em tudo
o ensinamento destes apóstolos
que nos deram os fundamentos da fé,
para que sejamos, nós também,
testemunhas do teu nome.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

5. REFRÃO – para acolher o evangelho
Mandai o vosso Espírito Santo,
o paráclito aos nossos corações
e fazei-nos conhecer as Escrituras,
as Escrituras que foram por ele inspiradas.

6. LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 16,13-19
– Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:

Leitura do Evangelho segundo Mateus Naquele tempo: Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

7. MEDITAÇÃO
– Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
Estes dois discípulos de Jesus, que chamamos colunas da Igreja, passaram por grande transformação. Pedro a gente conhece, teve muita dificuldade em reconhecer a identidade de Jesus e passou por dura provação até se libertar de suas ideias triunfalistas a respeito de Jesus. Paulo, era perseguidor dos cristãos, foi conivente com o martírio de Estêvão. Mas o encontro com o Filho de Deus desencadeia nele um movimento crescente de identificação com Cristo até o despojamento de toda a sua autossuficiência e intolerância. A mudança de nome de Simão para Pedro e de Saulo para Paulo, expressa esta transformação. Estes dois discípulos tão diferentes entre si, estão unidos pelo encontro com Cristo e pelo martírio.
A pergunta de Jesus no Evangelho de hoje “quem eu sou para vocês?” é mais importante que a resposta de Pedro. Porque a pergunta abre, a resposta corre sempre o perigo de fechar, de acomodar. De fato, a resposta brilhante de Pedro, só ficou completa quando ele compreendeu com a própria vida o sentido destas palavras: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.

8. PRECES
Oremos a Cristo, que edificou a Igreja sobre o alicerce dos apóstolos e dos profetas; e oremos:
Socorre-nos, Senhor.
– Senhor, tu que rezaste por Pedro para que sua fé não desfalecesse, confirma-nos na fidelidade à tua Palavra.
Socorre-nos, Senhor.
– Tu que escolheste o apóstolo Paulo para anunciar o evangelho a todas as nações, dá-nos espírito missionário para reconhecer “as sementes do Verbo” em todas as culturas.
Socorre-nos, Senhor.
– Tu que acalmaste a tempestade para que a barca dos discípulos não afundasse, vem em socorro do teu povo ameaçado de morte pela doença e pela falta de políticas a favor da vida.
Socorre-nos, Senhor.
– Preces espontâneas… Quem preside conclui convidando:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança: Pai nosso…

10. BÊNÇÃO
Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias, sempre nos liberte de todos os perigos, confirme nossos corações em seu amor e nos faça perseverar nas boas obras, hoje e sempre.
Abençoe-nos, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA
– Estando todos/as em torno da mesa , quem preside faz a oração:
Senhor Jesus, vendo a multidão cansada e abatida, mostraste toda a tua compaixão e empenhaste a tua vida a serviço da vida. Nesta hora difícil em que tantas famílias estão em grande dificuldade para ter o pão à mesa, nós te pedimos: “dá pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”.
Derrama a tua bênção sobre nós e este alimento e fortalece a união entre nós e com nossos vizinhos e amigos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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