Jesus prometeu que onde dois ou três estejam reunidos em seu nome, ele estará no meio. Graças ao batismo, todo núcleo familiar, nas suas diferentes configurações, é uma comunidade de fé. Reunida em oração, torna-se sinal da presença do ressuscitado, Ele que tantas vezes se reuniu com os seus discípulos e discípulas, em suas casas como irmão e amigo.

Neste domingo, Ele se revela como nosso Salvador, presente no meio de nós, convidando-nos à alegria de esperar o natal de Jesus.

Levando em conta a impossibilidade de celebrações presenciais, a Revista de Liturgia, oferece um roteiro simples, para possibilitar que o domingo seja celebrado na pequena comunidade de fé em cada casa.

Preparação para celebração: Prepare um espaço com cadeiras em círculo, e no centro coloque a coroa do advento,
com quatro velas, preparada antecipadamente. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
 

  1. ABERTURA
    Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
    –Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
    –Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito; (bis)
    Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)
    –Em pé, vigilantes, juntos na oração, (bis)
    Vamos ao seu encontro, lâmpadas nas mãos! (bis
    )
  2. ACENDIMENTO
    Quem preside convida para o acendimento:
    Neste terceiro domingo da alegria, acendemos a vela para reacender em nossos corações a alegria do natal de Jesus.
    Alguém acende a terceira vela da coroa e em seguida reza em atitude orante faz a oração:
    Ó Cristo, desejado de todos os corações, tu és o Emanuel, o Deus-conosco! Bendito sejas pela claridade da tua luz que ilumina os nossos passos e nos faz enxergar o tempo da tua visita entre nós. A ti que eras, que és e que vens, nosso louvor para sempre! Amém.
  3. RECORDAÇÃO DA VIDA
    Quem coordena convida as pessoas a recordarem a semana que passou, e a identificarem os sinais da sua vinda entre nós.
  4. SALMO 85(84)
    O Senhor vem tão certo como a aurora, que estejamos com nossos ouvidos e corações atentos para ouvir a sua voz e reconhecer a sua presença em cada pessoa que encontramos, nos acontecimentos do nosso cotidiano e da vida do povo.
    Das alturas orvalhem os céus
    e as nuvens, que chovam justiça,
    que a terra se abra ao amor
    e germine o Deus Salvador.
    1.Foste amigo, antigamente,
    Desta terra que amaste,
    Deste povo que escolheste;
    Sua sorte melhoraste,
    Perdoaste seus pecados,
    Tua raiva acalmaste.

2.Escutemos suas palavras,
É de paz que vai falar;
Paz ao Povo, a seus fiéis,
A quem dele se achegar.
Está perto a salvação
E a glória vai voltar.

3.Eis: Amor, Fidelidade
Vão unidos se encontrar,
Bem assim, Justiça e Paz
Vão beijar-se e se abraçar.
Vai brotar Fidelidade
E Justiça se mostrar.

4.E virão os benefícios
Do Senhor a abençoar;
E os frutos do amor
Desta terra vão brotar,
A Justiça diante dele
E a Paz o seguirá.

5.Glória ao Deus do universo,
Ao que vem, glória e amor.
Ao Espírito cantemos;
Sua ternura se mostrou,
Ao Deus vivo celebremos
A alegria do louvor.

  1. ORAÇÃO
    Ó Deus do universo,
    tu vês o teu povo preparando,
    fervoroso, o natal do Senhor.
    Dá-nos a graça de trilhar com alegria
    o caminho que ele nos abriu
    e celebrar sempre o teu louvor.
    Por Cristo Jesus, nosso Senhor! Amém.
  2. LEITURA DO EVANGELHO – Lucas 3,10-18
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho segundo Lucas
    Naquele tempo: 10As multidões perguntavam a João: ‘Que devemos fazer?’ 11João respondia: ‘Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!’ 12Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: ‘Mestre, que devemos fazer?’ 13João respondeu: ‘Não cobreis mais do que foi estabelecido.’ 14Havia também soldados que perguntavam: ‘E nós, que devemos fazer?’ João respondia: ‘Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!’ 15O povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. 16Por isso, João declarou a todos: ‘Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. 17Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga.’ 18E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa-Nova. Palavra da Salvação.
  1. MEDITAÇÃO
    Pode-se fazer uma breve partilha sobre a Palavra proclamada e quem preside lê o texto abaixo concluindo a partilha:
    Lucas descreve a preparação da atividade pública de Jesus através de João Batista, o qual aparece no deserto como pregador ambulante. Lucas limita-se a realçar o que era típico em seu apostolado: pregar o batismo de conversão para remissão dos pecados aos que vinham batizar-se com ele. Mas a penitência que João impõe não é nos moldes tradicionais, como cobrir-se de cilício ou cinza. É conversão, mudança radical de prática em vista da justiça e da caridade. João não reprova os grupos que iam ter com ele, – nem as suas profissões relatadas (cobradores de imposto e soldados) pouco populares porque comprometidas com o sistema que impunha grandes sofrimentos aos pobres -, mas exige tenham senso de justiça.
    João toma o cuidado de não vincular os seguidores à sua pessoa, nem os força a um seguimento. Tinha plena consciência de que não era o Messias, mas apenas o seu precursor. Coloca-se em relação a Jesus, da mesma forma que o servo se coloca em relação ao seu senhor na obrigação de desatar os longos cordões trançados das sandálias. Seu batismo é pela água, enquanto o do Messias será no Espírito Santo e no fogo. O fogo aqui tem sentido metafórico: indica a força do Espírito Santo.
    Diante desta Palavra nós também podemos perguntar: “O que devemos fazer?”. E como seguidores daquele que veio batizar no Espírito Santo, somos chamados a retomar o nosso batismo como caminho de seguimento.
  2. APÓS A MEDITAÇÃO
    Mudarei o sertão em açude,
    terra seca em olho d’água.
    Assim falou o Senhor das andanças,
    pra dar a teu povo a esperança.
  3. PRECES
    Invoquemos Jesus Cristo, Palavra do Pai, razão da nossa alegria, cantando:
    Vem, Senhor, Jesus.
    Esperado das nações, escuta o grito do teu povo e o gemido de toda a criação que anseia pela libertação.
    Vem, Senhor, Jesus.
    Tu, és a Palavra do Pai que veio habitar a nossa humanidade, manifesta o teu amor neste mundo dividido pelo ódio e pela intolerância.
    Vem, Senhor, Jesus.
    Tu, que foste anunciado por João no deserto, converte-nos e faze-nos irradiar em nosso cotidiano, confiança e alegria.
  • Preces espontâneas… Quem preside conclui:
    Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
  1. PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
    Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança a oração que ele nos ensinou: Pai nosso…
  2. ORAÇÃO
    Ó Deus do universo, a terra já canta tua alegria e a boa nova de nossa salvação é anunciada a toda a criatura.
    Olha o teu povo que prepara animado o natal do teu Filho. Fortalece em nós o desejo de orar e trabalhar pela paz no mundo, pela unidade das Igrejas cristãs, pelo diálogo entre todas as religiões da humanidade e pela preservação da criação. Livra-nos de todo pessimismo e de tudo que atrapalha e nos desvia de centrarmos nosso coração e nossa vida em Jesus Cristo, nosso Salvador, bendito pelos séculos dos séculos!
    Amém.
  3. BÊNÇÃO
    Que a voz de Deus desperte em nossos corações um profundo desejo de comunhão e de escuta. Amém.
    Que disponha na sua paz os nossos dias e nos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

BÊNÇÃO À MESA
Antes de sentar-se à mesa quem preside faz a bênção:
Bendito sejas, Senhor Jesus, por esta refeição que nos reúne na amizade e na alegria de preparar o teu natal.
Vem à nossa mesa, fortalece entre nós os laços de unidade e o desejo da tua Palavra. Que sejamos como tu, servidores e servidoras do Reino, para a glória do Pai, bendito pelos séculos. Amém.
Quem preside: Dá, Senhor, pão a quem tem fome.
Todos: E fome de justiça a quem tem pão.

 

Roteiro: Penha Carpanedo, pddm, redatora da Revista de Liturgia e membro da Rede Celebra.

Desenho: Kelly de Oliveira, pddm.

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