DIA DO SENHOR

DOMINGO DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS


2º da Quaresma – 5 de março 2023 2º DOMINGO DA QUARESMA – Ano A

ANTES DA CELEBRAÇÃO

  1. Leitura orante dos textos bíblicos
    Ler, primeiro, o Evangelho, de Mateus 17,1-9, e conversar sobre o que chamou a atenção no texto. Em seguida, ler a primeira leitura, de Gênesis 12,1-4a, o salmo responsorial, Sl 33(32), e a segunda leitura, de 2Timóteo 1,8b-10. A partir disso, observar: como esses textos estão combinando com o Evangelho? E, também, como essa leitura pode ser enriquecida com os elementos verbais (aclamação ao evangelho, orações, cantos) e não verbais da celebração deste 2º domingo da Quaresma do ano A?
  2. Para ajudar na compreensão dos textos
    Após o primeiro anúncio da paixão (16,21), Jesus leva Pedro, Tiago e João a uma alta montanha e se transfigura diante deles. O pano de fundo deste relato é a aliança no Sinai (Êxodo 24,1-18), com o que se pretende mostrar que Jesus, por sua encarnação, é a nova tenda de Deus. Daí o jogo simbólico com o qual se tece o texto: Jesus resplende de luz; a nuvem cobre o monte tal como invadia, no deserto, a tenda da reunião; a presença de Moisés e Elias, figuras-símbolos da lei e dos profetas. No centro da transfiguração escuta-se uma voz que pede escuta e obediência a Jesus. O temor dos discípulos diante dessa voz é um chamado a sair da casa e dos lugares comuns para iniciar um caminho novo, que teve início com a obediência de Abraão (1ª leitura), e prossegue nos tempos da Igreja (2ª leitura). A experiência da transfiguração de Jesus envolve os sentidos: eles escutam, veem, são tocados por Jesus (Mt 17,7), possibilitando ao corpo ser sujeito da experiência espiritual.
  3. Perspectiva para a homilia
    O fato da transfiguração, como uma espécie de anúncio pascal, revela e confirma a identidade profunda do Filho Amado, antecipando, aos olhos dos discípulos, a sua glória. Contudo, nada tira da radicalidade do seguimento. Jesus é servo e sua glória passa pela cruz. A palavra de ordem é seguir e ouvir. A glória revelada está em estreita conexão com a obediência do Filho. Escutar a sua palavra passa a ser a forma suprema de adorá-lo e reverenciá-lo. O caminho cristão é um caminho de seguimento, de aprender a ser filhos e filhas no Filho.
    Na tradição das Igrejas, os catecúmenos e catecúmenas percorrem o caminho da iluminação, deixando-se transfigurar pela luz que vem da Palavra. Paulo aos romanos (Rm 13,11), assumindo esse simbolismo batismal, fala da armadura luminosa que o discípulo deve vestir. Não é à toa que, na celebração do batismo, o batizado e a batizada recebem a luz de Cristo. Para os fiéis, o símbolo da luz, presente em todas as celebrações, aponta para esse aspecto de identidade cristã: filhos e filhas da luz, para a glória de Deus Pai.
    NA CELEBRAÇÃO
  4. REFRÃO MEDITATIVO
    É bom confiar em Deus, é bom confiar,
    é bom esperar sempre nos Senhor.
  5. CANTO DE ABERTURA
  6. Sinal-da-cruz
    Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.
  7. SAUDAÇÃO
    A paz do Senhor esteja com vocês.
    Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
  8. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA
    O(a) animador(a), com breves palavras introduz o sentido do domingo:
    Neste domingo da transfiguração do Senhor, prosseguindo nosso itinerário para a Páscoa, renovemos nossa adesão e confiança no Filho amado do Pai, com ouvido inclinado e coração atento à sua Palavra. Que Ele manifeste a nós o seu rosto e se faça luz em nossos passos.
    Se for o caso, alguem da equipe ou a própria assembleia pode lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus na vida do povo.
  9. ATO PENITENCIAL
    Terminada a recordação da vida, a cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:
    Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.
    Todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:
    Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.
    Senhor, tem piedade de nós.
    Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.
    Senhor, tem piedade de nós.
    Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.
    Cristo, tem piedade de nós.
    O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.
  10. ORAÇÃO INICIAL
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Ó Deus, Senhor do universo,
    que nos mandaste ouvir o teu Filho amado,
    sustenta-nos sempre com a tua palavra,
    para que, com fé firme e pura,
    tenhamos nossa alegria na glória de Cristo,
    por quem te pedimos,
    na unidade do Espírito Santo. Amém.
    1. PRIMEIRA LEITURA – Gênesis 12,1-4a
      Continuando a fazer a memória dos momentos-chaves da história da salvação, escutamos hoje o relato da vocação de Abraão.
    2. SALMO RESPONSORIAL SALMO 33(32) (H 2, p. 62-3)
      Com este salmo, agradeçamos ao Senhor pelo seu amor manifestado a Abraão e façamos chegar até ele nossa confiança em sua palavra.
      Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
      venha a vossa salvação!
      Pois reta é a palavra do Senhor
      e tudo o que ele faz merece fé.
      Deus ama o direito e a justiça,
      transborda em toda a terra a sua graça.
      O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
      e confirma, esperando em seu amor,
      para, da morte, libertar as suas vidas
      e alimentá-los quando é tempo de penúria.
      No Senhor nós esperamos confiantes,
      porque ele é nosso auxílio e proteção!
      Sobre nós, venha, Senhor, a vossa graça,
      da mesma forma que em vós nós esperamos!
    3. SEGUNDA LEITURA 2Timóteo 1,8b-10
      Paulo, preso e prestes a enfrentar o martírio, escrevendo a Timóteo, coordenador da comunidade de Éfeso, muito abatido com o que estava sucedendo ao apóstolo, deixa-nos esta palavra sobre a vocação dos discípulos e das discípulas de Jesus.
    4. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
      Honra, glória, poder e louvor
      a Jesus nosso Deus e Senhor.
      Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai:
      “Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós”.
    1. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – Mateus 17,1-9
      Com o simbolismo das manifestações de Deus no Antigo Testamento – a montanha, a nuvem, o trovão, a tenda -, Mateus nos revela a identidade profunda de Jesus de Nazaré.
      O(a) leitor(a) se dirige à assembleia com esta saudação:
      O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.
      Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
      Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…
      Glória a vós, Senhor.
      Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:
      Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
      Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.
    2. HOMILIA
  11. CREIO
  12. PRECES
    Com o coração agradecido e cheio de confiança, invoquemos ao Pai, dizendo:
    Escuta-nos, Senhor!
  • Para que a catequese de iniciação à vida cristã conduza a pessoa a um encontro pessoal com Jesus e a responder-lhe na fé de Abraão e dos apóstolos, oremos.
  • Para que tenhamos a lucidez de acolher a cruz como preço do amor que é fonte da alegria verdadeira, oremos.
  • Pelas pessoas refugiadas em vários países do mundo, e por todas as organizações que oferecem abrigo e chance de recomeçar, oremos.
    Preces espontâneas…
    Deus de Abrão, Deus de Jesus, sustenta nossa esperança no meio das provações da vida, dando-nos a íntima certeza da tua presença em nossas vidas. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
  1. COLETA FRATERNA
    É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta – CD Paulus, Liturgia XIV: Eis o tempo de conversão, faixa 6; Todo o povo sofredor, faixa 13.
  2. AÇÃO DE GRAÇAS
    Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças cantada conforme versão no final deste roteiro, ou recitada como a seguir:
    [Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].
    Quem preside, faz o convite e em seguida diz a oração intercalando com o refrão da assembleia:
    O Senhor esteja com vocês.
    Ele está no meio de nós!
    Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
    É nosso dever e nossa salvação!
    É prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar
    Pois nos dás a cada ano,
    a graça de esperar com alegria a santa páscoa.
    Tu reabres para nós, nesta quaresma,
    a estrada do Êxodo, para que tomemos consciência
    de nossa vocação de povo da aliança,
    consagrado pelo batismo,
    a serviço do teu reino no mundo.
    Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.
    De coração purificado, entregues à oração
    e à prática do amor fraterno,
    preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,
    que nos deram vida nova
    e nos tornaram teus filhos e filhas.
    Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.
    Derrama sobre nós o teu Espírito,
    recebe o louvor de todo o universo
    e de todas as pessoas que te buscam.
    Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.
    Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus
    por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
    Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
  3. ABRAÇO DA PAZ
    Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.
    Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 20).
  4. COMUNHÃO
    Quem preside diz:
    Relembrando de Jesus que, muitas vezes,
    reuniu-se com os seus para comer e beber,
    revelando que o teu reino havia chegado,
    nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
    E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
    Quem vem a mim nunca mais terá fome
    e o que crê em mim nunca mais terá sede.
    Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
    Senhor, eu não sou digno(a)…
    1. ORAÇÃO FINAL
      Deus, mãe carinhosa,
      em nossa reunião de irmãos e irmãs,
      no anúncio da tua palavra
      e na partilha da mesma mesa,
      revelaste a glória de Jesus.
      Assim transfigurados, possamos,
      no caminho desta segunda semana da quaresma,
      praticar o que nos mandou o Pai
      e escutar atentamente a palavra de Cristo,
      por quem te pedimos,
      na unidade do Espírito Santo. Amém.
  5. COMUNICAÇÕES
  6. BÊNÇÃO
    O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.
    Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
    Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
    Graças a Deus.

CANTOS – CD Paulus: Liturgia XIII.

  • Entrada: “Tende piedade, piedade de mim, ó Senhor” (ODC, p. 46).
    • Aclamação ao Evangelho: “Louvor a vós, ó Cristo Rei, rei da eterna glória, rei da eterna glória.
      Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meus Filho muito amando, escutai-o, todos vós”.
  • Comunhão:

Anexos:
AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – pecador agora é tempo (CD-DS faixa 8)
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!
O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

  1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,
    celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)
  2. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história
    que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)
  3. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,
    de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)
  4. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,
    nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)
  5. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,
    e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)
    T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

Roteiro preparado: Penha Carpanedo
Congregação Discípulas do Divino Mestre,
Redatora da revista de liturgia
www.revistadeliturgia.com.br
membro da Rede Celebra

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Desenho: Claudio Pastro

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