RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As demais melodias indicadas no roteiro refere-se ao Hinário Litúrgico da CNBB, registradas no CD Liturgia VI da Paulus.

Há ainda no final deste roteiro o rito da aspersão que sempre pode ser usado aos domingos no lugar do ato penitencial.

 

30º Domingo do Tempo comum – B

Domingo do cego de nascença. Clamamos pelo Senhor como o cego Bartimeu e damos graças ao Pai porque, em Jesus, a luz vence as trevas e podemos enxergar o seu caminho. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que ajudam o povo a ver! Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, busca o Senhor e sua força. Procura sem cessar a sua face!   (Sl 105, 3-4)

 

 

CHEGADA

  1. Refrão meditativo

Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.

Louvarei a Deus, a vida nos conduz.

 

RITOS INICIAIS

 

  1. Canto de abertura

Exulte de alegria, H 3, p. 129.

 

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

A paz do Senhor esteja com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes,  introduz o sentido do domingo e convida a assembleia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo…

  1. Ato penitencial

Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

No lugar do ato penitencial, pode-se fazer o rito da aspersão, no final deste roteiro

  1. Glória
  2. Oração inicial

Deus de ternura,

aumenta em nós a fé, a esperança e a caridade.

Dá-nos a graça de amar os teus mandamentos

e viver na alegria de tuas promessas.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

  1. 1a leitura – Jeremias 31,7-9

Ao povo exilado no cativeiro da Babilônia, o profeta faz a memória do êxodo do Egito e nos dá uma palavra de consolação.

 

  1. Salmo de resposta 126(125) (H 3, p. 162-3)

Como o povo de volta do cativeiro e os discípulos de Jesus após a ressurreição, cantemos a alegria pelas vitórias que o Senhor nos tem dado.

 

Maravilhas fez conosco o Senhor,

exultemos de alegria!

 

Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,

parecíamos sonhar.

Encheu-se de sorriso nossa boca,

nossos lábios, de canções.

 

Entre os gentios se dizia:

maravilhas fez conosco o Senhor!

Sim, maravilhas fez conosco o Senhor:

exultemos de alegria!

 

  1. 2a leitura: Hebreus 5,1-6

Através da figura do sacerdócio, como missão recebida de Deus, e de Melquisedec, modelo bíblico do culto de comunhão e solidariedade, o autor da Carta aos Hebreus continua descrevendo a pessoa de Jesus Cristo.

 

 

  1. Aclamação ao evangelho (H 3, p. 324)

Glória, aleluia! (3x)

Eu sou a luz, e quem crer vai ser luz.

Vendo o cego, assim diz Jesus:

foi tua fé que te fez enxergar.

E ele se pôs a caminhar.

se aperfeiçoará.

 

  1. Proclamação do evangelho: Marcos 10,46-52

Jesus se aproxima de Jerusalém passando por Jericó. É visto à distância por um cego, pobre, reprimido pelo povo. É uma cena comovente. Vamos escutar e acolher o que Jesus fala por meio deste fato a cada um de nós que somos batizados em seu nome.

 

 

O(a) leitor(a) se dirige se dirige à assembléia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Anúncio da boa-nova de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui dizendo:

Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembléia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

  1. Homilia – para quem prepara a homilia

Bartimeu é pobre, cego e marginalizado pelo povo. Está à beira da estrada. O seu grito é mais um entre tantos que incomodam os que passam, mas, ouvindo falar de Jesus, ele invoca o seu nome. E Jesus escuta o seu grito. Bartimeu deixa tudo o que tem (mesmo que seja só o manto) e vai ao encontro de Jesus, que lhe dá o dom da visão redobrada. E ele segue a Jesus pelo caminho, dando testemunho de um itinerário exemplar de fé e de iluminação, de chamado e seguimento.

Bartimeu é o símbolo de toda pessoa que deseja ser discípula de Jesus. O seu grito é uma confissão messiânica: “Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Finalmente, em Jerusalém, será revelada a identidade de Jesus como messias, mas o cego já antecipa esta revelação. Sendo cego, vê quem é Jesus com mais clareza do que a multidão e os discípulos que estiveram com Jesus o tempo todo. É a única vez em todo evangelho de Marcos que alguém chama Jesus de Rabúni (“mestre”). Jesus é seu mestre, em quem ele deposita uma confiança incondicional. É essa a confiança que Jesus quer sentir nos discípulos que o seguem pelo caminho.

A celebração litúrgica é uma confissão de fé em Jesus. Por diversas vezes dirigimo-nos ao Cristo, como no glória, nas invocações do ato penitencial, na aclamação eucarística, na invocação “Cordeiro de Deus” que acompanha a fração do pão…  Em Cristo e pela força amorosa do seu Espírito, dirigimo-nos ao Pai. Que a celebração deste domingo, reacenda a luz batismal, de quem, como o cego, busca a iluminação e um seguimento mais radical.

 

  1. Creio

 

  1. Preces

C:  Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai.

Vamos nos unir à sua prece, dizendo:

T: Escuta-nos, Senhor.

– Realiza tua promessa de paz a todos os povos, que se acabem os conflitos entre nações, que não haja discórdia nas famílias.

– Envia a força renovadora do teu Espírito sobre todas as Igrejas cristãs, para que testemunhem no mundo a alegria da ressurreição.

– Ouve, Senhor, o clamor do teu povo que sofre a humilhação do desemprego e da miséria.

– Liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas.

Preces espontâneas…

C: Deus, nossa força e proteção, atende as nossas preces e guia-nos em teus caminhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

  1. Partilha fraterna

É o momento também de trazer donativos para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta. Terminada a coleta, todos/as se levantam, os ministros trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproxima-se, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

Se não houver comunhão, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

Onde reina o amor, fraterno amor, / onde reina o amor, Deus aí está.

Ou:

Quem disse que não somos nada,

que não temos nada para oferecer:

repare nossas mãos abertas,

trazendo as ofertas do nosso viver.

 

AÇÃO DE GRAÇAS
  1. Convite à ação de graças

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

  1. Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a) proclama a oração intercalando com o canto da assembléia:

Nós te damos graças, ó Deus da vida,

porque neste dia santo de domingo

nos acolhes na comunhão do teu amor

e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Esta comunidade aqui reunida

recorda a vitória de Jesus sobre a morte,

escutando a sua Palavra e dando graças,    

na esperança de ver o novo céu e a nova terra,

onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,

e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Envia sobre nós o teu Espírito,

apressa o tempo da vinda do teu reino,

e recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!

21 Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede”.

Mostrando o pão consagrado:

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Canto de comunhão

Distribuição da comunhão acompanhado do canto, seguido de um tempo de  silêncio…

Desejamos, ó Mestre, enxergar, H 3, p. 272; O Senhor é meu pastor, ODC, p. 40.

 

  1. Oração final

Quem preside:.

Pai santo, nesta celebração,

tu atendeste nossa súplica

e manifestaste tua compaixão e carinho por nós.

Mantém sempre, pela energia de vida

que hoje recebemos, a tua luz em nossos corações,

como lâmpada que ilumina nossos passos

e nos conduz pela estrada da vida.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

 

RITOS FINAIS

 

  1. Comunicações
  2. Bênção

C: O Deus da paz, que nos deu a alegria de celebrar este domingo,

guarde-nos em seus caminhos, e nos abençoe,

ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

 

 

A: Vamos em paz e,

ao longo de toda esta semana,

bendigamos ao Senhor.

T: Graças a Deus.

 

suplemento

Canto de ação de graças

( CD comep ação de graças no Dia do Senhor – faixa 18)

Este canto substitui a oração de ação de graças (cf. n. 18-19 acima):

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação! 

  1. Para nós é um prazer

bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor

por Jesus teu bem-querer!

  1. Te louvamos, ó Senhor,

pelo céu e pelos mares,

Pela terra e pelos ares,

criação do eterno amor!

  1. Te louvamos, ó Senhor,

pela nossa humana história,

que revela tua glória,

teu poder libertador. (bis)

  1. Te louvamos, ó Senhor,

por Jesus teu Filho amado

Entre nós ressuscitado

do Reino servidor.

Se houver comunhão ou partilha de alimentos, acrescente-se:

Dando graças relembramos,

de Jesus em tantas ceias,

e com ele em nossa mesa

nós também nos alegramos

 

  1. Teu Espírito congregue

tudo quanto está disperso;

tua Igreja em vida e verso

o teu reino manifeste!

 

  1. Finalmente a nossa boca,

inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino,

o teu santo nome invoca:

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

RITO DA ASPERSÃO DA ÁGUA

 

Junto à pia batismal, de pé, a pessoa que coordena convida a comunidade:

Irmãos e irmãs bendigamos ao Deus da vida por esta água e peçamos que ele renove em nossa vida a graça do santo batismo, para permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos.

Todos rezam em silêncio. O(a) coordenador(a) faz a oração:

Deus de bondade e compaixão,

tu nos deste a irmã água, fonte de toda vida,

e quiseste que, por ela, recebêssemos

o batismo que nos consagra a ti.

Nós te bendizemos pela água benfazeja!

Renova, no mais profundo

de cada um (cada uma) de nós,

a fonte viva de tua graça,

para que, livres de todos os males,

possamos caminhar sempre em tuas estradas

e praticar aquilo que é agradável aos teus olhos.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Aspersão dos fiéis enquanto se canta (no tempo comum e Pentecostes)

Lavados na fonte viva, / do lado aberto de Cristo,

transpomos, vitoriosos, / as portas do paraíso! (bis)

Aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia!              

Ao terminar a aspersão, quem preside conclui:

Que Deus, em sua misericórdia, nos liberte de todo o pecado, e nos conceda vida eterna. Amém.

Segue o ‘Senhor tem piedade de nós’ (podendo, neste caso, omitir o glória):

Senhor tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Cristo tem piedade de nós.

Cristo tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

 

Se não tiver comunhão e sim partilha de alimentos:

 

1. Depois da partilha fraterna, apresenta-se alimentos, em vez do pão consagrado.

2. Substitui-se o rito de comunhão pelo que segue:

 Como Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos na partilha destes alimentos.

 E tomando nas mãos a bandeira com os alimentos quem preside faz o convite:

Vocês que tem sede e fome de justiça, venham e comam. E o Deus da paz esteja entre nós.

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