25 de outubro de 2020
1. Aprofundando os textos bíblicos: Êxodo 22,20-26; Salmo 18(17); 1Tessalonicenses 1,5c-10; Mateus 22,34-40
Os saduceus silenciam diante da proclamação da fé na ressurreição por Jesus, fundamentada num Deus vivente.
Mas os fariseus reuniram-se em grupo e a pergunta de um deles, versado na Torá – Mestre, qual é o maior
mandamento da Lei? – espera uma resposta que sirva de motivo para condenar Jesus. Os rabinos costumavam
discutir sobre o principal mandamento, pois haviam compilado a Torá em 613 preceitos (365 proibições e 248
mandamentos positivos). A observância do sábado era essencial, visto que até Deus guardava esse mandamento
na criação (Gn 2,2-3; Ex 20,8-11; Dt 5,12-15). Jesus foi acusado de relativizar o sábado, ao pôr a vida do
ser humano acima de qualquer preceito (12,1-14). O Mestre Jesus inicia sua resposta com o Shemá (Dt 6,4-9),
amor a Deus “com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente” e acrescenta “o amor ao próximo como
a si mesmo” (Lv 19,18.34) como um mandamento de igual importância. Os dois mandamentos são inseparáveis,
visto ser impossível amar a Deus sem amar os irmãos seus filhos (1Jo 3,17; 4,20). Esses dois mandamentos
estão centrados em uma relação amorosa que é a base para interpretar a Lei e os Profetas, as Escrituras
que se cumprem plenamente em Jesus (5,17). Segundo Paulo, o amor-caridade é a maior das virtudes
teologais (1Cor 13,13) e a plenitude da Lei (Rm 13,8-10). A leitura do Êxodo, tirada do
“Código da Aliança” (20,22-23,33), oferece normas concretas para praticar o amor e a compaixão em favor
dos mais necessitados: migrantes, viúvas, órfãos e pobres. O salmista proclama o amor do Senhor, rochedo
que abriga e força de salvação. Na leitura de 1Tessalonicenses, Paulo continua a ação de graças pela
comunidade cristã, que se tornou exemplo de acolhida à Palavra do Senhor com a alegria do Espírito Santo,
não obstante as tribulações.
2. A palavra na vida
A Palavra nos alerta para o perigo de uma religiosidade desprovida de compromisso com os mais necessitados.
O seguimento a Jesus implica centrar a vida no amor gratuito a Deus e aos irmãos.
3. A palavra na celebração
Esta celebração nos reúne com um Deus que está no meio dos excluídos e nos diz que a porta de entrada na
sua amizade passa pelo amor ao povo que ele ama.
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