6 de março de 2019

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem vai fazer a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. Outas podem ser encontradas, no Dia do Senhor, volume I, editora Paulinas. Algumas tem melodias que podem ser encontradas no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’ [disponível no Youtube]. As demais melodias indicadas no roteiro refere-se ao Hinário Litúrgico da CNBB, registradas no CD Liturgia VI da Paulus.

 

BAIXAR ROTEIRO EM WORD: QUARTA DE CINZAS

 

  1. Chegada – Cantos de Taizé:

Misericordioso é Deus, sempre, sempre o cantarei.

 

  1. Abertura

Quem preside cada os versos da abertura intercalando com a repetição da assembleia, fazendo o sinal da cruz, no primeiro verso:

Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)

Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)

glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)

– Ao Senhor voltemos, bem de coração, (bis)

que ele nos converta pelo seu perdão! (bis)

 

  1. Sentido da celebração

O(a) animador(a), com breves palavras, introduz o sentido da celebração:

Com este dia de penitência, iniciamos o tempo da quaresma e a preparação próxima para a celebração anual da páscoa. Abracemos a oração, o jejum e a solidariedade (CF), como expressão da nossa conversão e de uma busca mais profunda de Deus, vencendo o mal pelo exercício do bem.

Se for o caso, alguém da equipe ou a própria assembleia, traz lembranças de acontecimentos marcantes que são sinais da páscoa do Cristo na vida do povo.

 

  1. Salmo 86(85)

ODC, p. 102, canta-se alternando as estrofes. Quem preside introduz o salmo:

Com este salmo expressemos o reconhecimento das nossas fragilidades, e nosso sincero desejo de seguir os passos de Jesus.

 

  1. Oração do dia

Oremos ao Senhor… [breve silêncio]

Ó Deus da vida,

dá-nos a graça de começar, com este dia de jejum,

o tempo da quaresma,

para que, renovados no teu amor,

possamos esperar com alegria a santa páscoa.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

As leituras encontram-se no lecionário semanal:

  1. Primeira leitura Joel 2,12-18
  2. Salmo responsorial 51(50) – CD Paulus, Liturgia, XIV, faixa 11

Reconheçamos que somos pecadores e peçamos a Deus que crie em nós um coração novo e nos dê seu Espírito de santidade.

Piedade, ó Senhor, tende piedade,

Pois pecamos contra vós!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!

Na imensidão de vosso amor, purificai-me!

Do meu pecado, todo inteiro, me lavai

e apagai completamente a minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniqüidade,

o meu pecado está sempre à minha frente.

Foi contra vós, só contra vós que eu pequei

e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Criai em mim um coração que seja puro,

dai-me de novo um espírito decidido.

Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,

nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo

e confirmai-me com espírito generoso!

Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar

e minha boca anunciará vosso louvor!

  1. Segunda leitura 2Coríntios 5,20-6,2
  2. Aclamação – CD Paulus, Liturgia, XIV faixa 1

Louvor a vós, ó Cristo rei,

rei da eterna glória, rei da eterna glória.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “não fecheis os corações como no deserto”

  1. Evangelho Mateus 6,1-6.16-18
  2. Partilha da Palavra

A esmola, o jejum e a oração sempre foram considerados nas religiões como um caminho espiritual e, por isso, faziam parte do ensinamento habitual de um mestre ao seus discípulos. Instruindo seus discípulos no sermão da montanha, Jesus não pode desconsiderar este fato. Ao mesmo tempo, tem consciência clara de que, por si só, não são suficientes para nos colocar no caminho da vida; ao contrário, podem até mesmo nos desviar do fundamental. É por isso que os reinterpreta no seu sentido profundo, centrando estas práticas no eixo da intimidade e da comunhão com o Pai, “que vê o que está escondido”. É preciso libertar-se da armadilha de “praticar a justiça só para sermos vistos pelos outros”. Daí as tantas imagens que nos convidam ao mergulho neste segredo mais íntimo: tua mão esquerda não saiba o que faz a direita, entra no quarto e fecha a porta, perfuma a cabeça e lava o rosto, etc. O que o discípulo deve esperar não é o êxito humano, mas a misericórdia e a complacência do Pai, que nos dá a sua recompensa.

Esta palavra do Senhor fornece uma chave interpretativa para o caminho da quaresma, a ser percorrido, mais uma vez, como um momento para sermos instruídos por Jesus no caminho do discipulado, estreitarmos nossa relação com o Pai e intensificarmos nosso propósito de conversão e unificação do coração. Obedecendo a palavra deste evangelho, retomemos a prática da partilha como dever de justiça e como método espiritual que nos educa na solidariedade. Intensifiquemos a oração, dedicando mais tempo para escutar a palavra de Deus na bíblia e nos acontecimentos do dia a dia. Procuremos redescobrir o valor metodológico do jejum como atitude de vigília sobre nós mesmos em relação a tudo o que nos dispersa do projeto de Deus e como caminho de solidariedade.

As cinzas lembram nossa pobreza fundamental – somos pó e ao pó voltaremos – e nossa incapacidade de, apenas por nossas forças, conseguirmos trilhar o caminho de Jesus. Ao mesmo tempo, querem marcar a unificação do nosso coração diante da ambiguidade que carregamos, para que, livres da vaidade de “praticar a justiça só para sermos vistos pelos outros”, vivamos esta quaresma como tempo de volta ao primeiro amor e realizemos em nossa vida o que São Bento exortava aos seus monges: “Com a alegria do Espírito Santo e cheios do desejo espiritual, esperemos a santa páscoa”.

 

  1. Rito da penitência

Depois da homilia, diante do pote com cinza, quem preside faz o convite à oração:

Irmãos e irmãs, oremos para que Deus nos abençoe com a sua graça, ao recebermos em nossas cabeças estas cinzas, como sinal da nossa  conversão.

Silêncio

Ó Deus, tu que sempre te deixas comover

com quem se volta a ti,

escuta as súplicas do teu povo,

reunido no início desta quaresma.

Reconduze ao caminho de Jesus,

todos nós que vamos receber estas cinzas,

para que, renovados no teu amor

e no amor dos irmãos e irmãs,

possamos celebrar a santa páscoa

na pureza e na verdade.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Colocando a cinza, sobre a cabeça de cada pessoa:

Converta-se e creia no evangelho.

Cantos:

O vosso coração de pedra, CD Paulus Liturgia XIII, faixa 5  Eis o tempo de conversão, CD Paulus Liturgia XIV, faixa 6.

  1. Preces

Neste tempo da nossa conversão, peçamos ao Senhor a graça de uma verdadeira renovação da nossa vida batismal. Cantemos:

Cristo Filho do Deus vivo,

tem piedade de nós.

– Ó Cristo, dá à tua Igreja a graça de voltar-se à tua Palavra, afasta do meio de nossas comunidades todo sentimento de discórdia e divisão e converte-nos para uma vida de amor e compaixão.

– Dá aos que sofrem em razão das adversidades e dureza da vida, humilde confiança no teu amor e a graça de descobrir luz no meio da escuridão.

– Ouve o clamor dos presos e dos perseguidos por causa de sua luta pelos direitos humanos; faze prevalecer no mundo a justiça e a paz.

Preces espontâneas…. Quem preside conclui:

Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino e ensina-nos a rezar:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Oração

Oremos ao Senhor… [breve silêncio]

Senhor, nosso Deus, pela força da tua palavra

dá-nos a graça de iniciar com prontidão e empenho

o caminho que tu nos propões nesta quaresma.

Guia-nos em teus caminhos.

Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Comunicações e avisos

  1. Bênção

O Deus da paz nos santifique totalmente, guarda-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.

Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

Graças a Deus.

 

 

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