6 de janeiro de 2019

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

 

RITO DA CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA

Celebremos a manifestação do Senhor e de sua luz que ilumina todos os povos do universo. Continuamos a alegria do natal festejando o dom da graça e da ternura de Deus que se manifesta em todas as nações e culturas, simbolizadas pela visita dos três reis do oriente.

Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que lutam para vencer o racismo e todo tipo de discriminação.

“Eis que veio o Senhor dos Senhores, em suas mãos o poder e a realeza”. (Ml 3,1; 1Cr 19,12).

 

CHEGADA

  1. Refrão meditativo

Jesus de todos salvador, tua luz revela o esplendor do Pai,

Nós te cantamos bendizendo, o teu amor.

 

RITOS INICIAIS

  1. Canto de abertura

Procissão, tendo na frente a grande vela acesa e o livro da Palavra. Canto: Vimos sua estrela, H 1, p. 89; Eis que veio o Senhor, H 1, p. 12.

 

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

Que a paz do Senhor Jesus esteja com todos vocês!

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

  1. Sentido da celebração e recordação da vida

Recordação da vida e aspersão

Na recordação da vida, algumas pessoas entram com jarras de água que derramam numa vasilha maior. A pessoa que coordena diz:

 

– Hoje a Igreja se uniu a seu celeste esposo

porque Cristo lavou no Jordão seu pecado;

para as núpcias reais correm os Magos com presentes

e os convivas se alegram com a água feita vinho.

(estendendo as mãos sobre a água)

Que esta água, ó Pai, recorde para nós

a santa epifania e manifestação do Senhor

como luz de todas as nações.

E teu povo passe da morte para a vida,

e acolha a graça do teu Espírito

que manifesta a tua misericórdia,

por Cristo, nosso Senhor!

Os ministros e ministras aspergem a comunidade com a água, enquanto se canta o refrão:

Eu vi, eu vi, foi água a manar, H 3, p. 83.

 

– Glória

Glória a Deus no mais alto dos céus, H 1, p. 50; Glória, glória nas alturas, H 1, p. 51.

 

  1. Ato penitencial

Senhor, Filho de Deus, que nascido em Belém, te fizeste nosso irmão, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, Filho primogênito do Pai, que nos fazes passar da morte à vida, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, imagem da nova humanidade, que nos reconcilias com o Pai, tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.   

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados, e nos conduza à vida eterna. Amém.

O ato penitencial pode ser substituído pelo rito da aspersão, neste subsídio, p. 62

  1. Glória
  2. Oração do dia

Ó Deus de todos os povos,

guiando os magos pela estrela,

tu revelaste hoje o teu filho Jesus a toda a humanidade.

Dá a nós, teus servos e servas,

que já te conhecemos pela fé,

a graça de buscarmos sempre o teu rosto

e participarmos plenamente da tua luz.

Por Cristo, nosso Senhor! Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

  1. Primeira leitura – Isaías 60,1-6

Ao povo de Deus que voltava do cativeiro da Babilônia, e tomado pelo pessimismo diante da destruição do país e de Jerusalém, o profeta Isaías dirige esta profecia.

 

  1. Salmo de resposta – 72(71) (Melodia: H 1, p. 13)

Neste salmo, acolhamos a manifestação do Senhor em todas as culturas da terra e peçamos que ele venha como rei da justiça e da paz.

 

Eis que vem o Senhor soberano,

tendo em suas mãos poder e glória.

 

Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus!

vossa justiça ao descendente da realeza!

Com justiça ele governe o vosso povo,

com equidade ele julgue os vossos pobres.

 

Nos seus dias a justiça florirá,

e grande paz até que a lua perca o brilho!

De mar a mar estenderá o seu domínio

e desde o rio até os confins de toda a terra!

 

Os reis de Társis e das ilhas hão de vir

e oferecer-lhe seus presentes e seus dons.

Os reis de toda a terra hão de adorá-lo

e todas as nações hão de servi-lo.

 

Libertará o indigente que suplica

e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.

Terá pena do indigente e do infeliz

e a vida dos humildes salvará.

 

  1. Segunda leitura – Efésios 3,2-6

Escutemos este trecho da Carta aos Efésios, fruto da longa meditação que Paulo fez com a comunidade sobre o sentido da vinda de Jesus Cristo, prometido e esperado desde o começo do mundo e, agora, revelado também aos pagãos.

 

  1. Aclamação ao evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!

Grande luz sobre a terra se estende,

ao Senhor, vinde, adorai!

 

  1. Proclamação do evangelho – Mt 2,1-12

Vendo como Mateus conta os acontecimentos da infância de Jesus à luz das profecias antigas, procuremos ver qual a boa notícia que este evangelho traz para nós sobre a pessoa de Jesus.

O(a) leitor(a), da estante da Palavra,  se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

– Anúncio da Páscoa

Depois da proclamação do evangelho, antes da meditação e da partilha da palavra, faz-se o anúncio da páscoa. O coordenador, ou outra liderança, à mesa da Palavra, pode proclamar ou cantar:

 

Irmãos caríssimos,

a glória do Senhor se manifestou

e sempre há de manifestar-se no meio de nós,

até a sua vinda no fim dos tempos.

Nos ritmos e nas variações do tempo,

recordamos e vivemos os mistérios da salvação.

O centro de todo ano litúrgico

é o tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado,

que culminará no domingo da páscoa, este ano no dia 8 de abril

Em cada domingo, páscoa semanal,

a Igreja torna presente este grande acontecimento,

no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte.

Da páscoa derivam todos os dias santos:

as cinzas, início da quaresma, no dia 22 de fevereiro;

a ascensão do Senhor, no dia 20 de maio;

a festa de Pentecostes, no dia 27 de maio;

o primeiro domingo do advento, no dia 2 de dezembro……….

Também nas festas da Santa Mãe de Deus,

dos apóstolos, dos santos e santas

e na comemoração dos fiéis defuntos,

a Igreja, peregrina sobre a terra,

proclama a páscoa do Senhor.

A Cristo que era, que é e que há de vir,

Senhor do tempo e da história,

louvor e glória pelos séculos dos séculos.

Amém.

Pode-se cantar algum refrão de aclamação a Cristo, como: Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo para sempre, amém. Ou outro semelhante.

 

  1. Homilia – Sugestão:

Mateus continua a descrever os acontecimentos da infância, mas alarga o quadro, mostrando que os pagãos são atraídos pela luz de Jesus Rei. O episódio está centrado no tema da realeza. Herodes, chamado o grande, estrangeiro, é rei da Judeia, nomeado e protegido pelo senado romano e visto pela população como ilegítimo. Jesus nasce na cidade de Davi, como descendente de Davi, potencialmente sucessor legítimo. Para Herodes, é um rival perigoso. Uns magos orientais acorrem a render homenagem ao presumido herdeiro, tratando-o com o título de Rei dos judeus. A astúcia de Herodes é vencida pelo milagre da estrela e pela fidelidade dos visitantes. Os magos trazem o tributo dos pagãos ao rei menino e voltam por outro caminho.

O texto também indica um itinerário da fé: a busca dos sinais de Deus e o deixar-se conduzir por eles; a experiência de fé que transfigura as inquietações em uma grande alegria; a adoração e o reconhecimento do Deus da vida, caracterizados pela abertura dos tesouros dos magos; enfim, a transformação da existência cotidiana, sinalizada pela volta dos magos por outro caminho.

A festa da epifania retoma o natal de Jesus celebrando a sua humanidade manifestada a todos os povos e não apenas ao povo judeu.  Traz consigo a mística da universalidade da salvação: “Levanta-te e brilha, Jerusalém, olha o horizonte e vê.  Sobre todas as nações brilha a glória do Senhor” (Is 60,1). Da mesma forma, Santo Agostinho: “A palavra grega, epifania, significa manifestação. Hoje, portanto, manifesta-se o redentor de todos os povos e faz deste dia a festa de todas as nações.”

Nossa assembléia, com sua pluralidade e diversidade é sinal desta universalidade da salvação que é dada a todos os povos. Nele repercute a mesma alegria que tomou conta dos magos ao rever a estrela – e não é assim que nos sentimos à cada domingo quando no encontramos para escutar a Palavra e cantar os seus louvores? Ela é hoje para nós e para nossos irmãos e irmãs o sinal que nos é dado para sermos conduzidos até ele, experienciarmos o encontro que nos transfigura e trilharmos novos caminhos.

 

  1. Creio
  2. Preces

Neste dia em que Jesus foi manifestado aos humildes de todas as nações, elevemos a ele nossos pedidos:

Guia nossos passos no caminho da paz!

– Ó Cristo, estrela do oriente, que brilhaste nos caminhos dos magos, ilumina os que estão na escuridão e revela a todos os povos, a tua misericórdia!

– Ó Cristo, reconhecido e adorado pelos magos, recebe neste dia a reverência de todas as pessoas que te procuram e o louvor do universo.

– Ó Verbo de Deus, manifestado em nossa humanidade, dá às Igrejas cristãs paz, unidade e perseverança no anúncio do evangelho.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Recebe, Senhor, as nossas preces, tu que intercedes por nós junto do Pai e és nosso Salvador. Amém.

  1. Partilha dos bens

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: escolher no livro de canto.

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

Se não houver comunhão, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

 

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças

Quem coordena, convida a assembleia a dar graças:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação! 

  1. Oração de ação de graças

Depois proclama a oração intercalando com o canto da assembleia:

É um prazer para nós te louvar, Deus do universo.

Antes que nos aproximássemos de ti,

tu te fizeste próximo de nós,

igual a nós, para nos fazer participar da tua glória,

por Cristo teu servo e nosso salvador.

Glória a ti Senhor, graças e louvor.

Hoje revelaste o mistério do teu filho como luz

para iluminar todos os povos no caminho da salvação.

Pelo Cristo que se manifestou em nossa carne mortal,

tu nos recriaste na luz eterna da sua divindade.

Glória a ti Senhor, graças e louvor!

Bendito sejas, pelos sinais de tua bondade nas diferentes culturas.

Como iluminaste os magos com a estrela de Belém,

ilumina o caminho de todos os povos e de todas as pessoas que te buscam.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor!

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

 

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

C: Saudemo-nos uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 21).

  1. Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão acompanhado do canto:

Reis e nações, H 1, p. 6; Os devotos do Divino; Ó Deus, salve o oratório.

Silêncio…

Quem preside faz a oração que segue:

 

  1. Oração final

Senhor, nosso Deus,

como a estrela que orientou os magos na busca do Senhor,

esta celebração nos aqueceu com teu calor

e nos deu um rumo na caminhada.

Firma nossos passos e ilumina nossos olhos

no caminho que nos conduz à tua comunhão.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

RITOS FINAIS

  1. Comunicações
  2. Bênção

O Deus de toda a claridade nos ilumine com a luz de Jesus Cristo e nos faça caminhar como filhos e filhas da luz, agora e sempre! Amém.

Abençoe-nos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe. Graças a Deus.

Ação de graças alternativa:

 

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito, / um canto novo, um louvor!

  1. Ao Deus que se fez Menino, / o Emanuel chegou!
  2. O céu se junta com a terra, / Deus com o homem se igualou!
  3. Jesus nasceu em Belém, / meia-noite o sol raiou!
  4. Uma revoada de anjos, / a notícia espalhou!
  5. Pastores chegam depressa, / reconhecem seu Pastor!
  6. Lá nos céus do oriente, / a estrela guia brilhou!
  7. Os reis vieram de longe / adorar seu rei Senhor!
  8. A Igreja, em cantos de festas, / Louva e bendiz o Senhor!

Quem preside conclui recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou: Pai nosso…

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